Dia de Finados: chuva atrapalha e movimento no cemitério de Bonito fica para última hora

A chuva forte, acompanhada de rajadas de ventos e até granizo, acabou atrapalhando o movimento de Dia de Finados no Cemitério Municipal de Bonito. O fluxo de visitantes só aumentou no fim do dia, quando o temporal deu trégua, mas mesmo assim, não foi suficiente para impulsionar a venda de flores e velas dos ambulantes.

As artesãs Pit Belline, 42, e Albertina Orbem, 64, aproveitam a data para aumentar a renda, vendendo flores permanentes na entrada principal do cemitério, mas neste ano, boa parte da mercadoria teve que voltar para a casa. “A gente veio cedinho, antes das 5 horas, mas tivemos que ir embora no meio da manhã por causa da chuva forte. Voltamos agora, pouco depois da 16 horas, quando o tempo abriu. As vendas estão bem ruins, normalmente nesse horário não temos mais nada”, explicou Pit.

Já a florista Juçara Albuquerque, 67, ficou na barraca durante o dia todo e destacou que além da chuva, o vento forte dificultou o trabalho. “Teve hora que voou tudo, mas por sorte todo mundo ajudou e conseguimos salvar as mercadorias”.

Ainda segundo a comerciante, o mau tempo não foi o fator determinante nas vendas. Ela defende que a situação financeira da população, agravada pela crise política, é que altera o cenário significativamente. “A chuva atrapalha, claro, porque diminui o movimento, mas a crise é pior, porque as pessoas não tem segurança para gastar. A gente até tentou diminuir os custos, incluir flores permanentes ao estoque, mas ainda sim, está bem difícil”, explicou Juçara.

O zelador do cemitério, seu Silvado Pessoa, 65, trabalha no local há 16 anos e disse que o movimento no Dia dos Finados é intenso durante todo o dia, principalmente durante a manhã, por causa da missa. “Esse ano, como já estava chovendo, o padre teve que rezar a missa na Capela e lá é muito pequeno, então quem não conseguiu entrar já foi embora”, contou ao acrescentar que geralmente passam em torno de mil pessoas apenas durante a primeira parte do dia.

Ainda segundo seu Silvado, o movimento mais significativo ficou para o final da tarde, quando a chuva parou. “As pessoas não deixam de vir né, porque tem gente que vem de longe para visitar os familiares que estavam aqui. Isso também acontece no Dia das Mães e dos Pais. Nessas datas a  gente fica mais sensível né”, finalizou o zelador.

Autora: Kemila Pellin/Portal da Educativa

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