Manoel de Barros

“Fotógrafo oficial” de Manoel de Barros passou a registrar o mundo

“Fotógrafo oficial” de Manoel de Barros passou a registrar o mundo

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site Campo Grande News em 4 de março de 2014. Por Anny Malagolini Hoje com 51 anos, o fotografo Marcelo Buainain carrega na profissão prêmios e muitos elogios, mas uma das preciosidades que ganhou na vida foi a sorte de ter como vizinho o poeta Manoel de Barros. Hoje, no Rio Grande do Norte, bem distante do Pantanal de nosso poeta, Marcelo fala da vida e lembra do vizinho que o intimidava quando morou na Rua Manoel Seco Tomé, no bairro Jardim dos Estados, há 20 anos. Havia uma janela na casa de Manoel, voltada para o jardim da família Buainain. Sem nunca ter visto quem morava ao lado, o temor de ser uma pessoa estranha fez aquela parte da residência ser menos usada, diz o fotógrafo. “Perdi a privacidade por conta da janela, mas depois descobri a inocência dela”
Um ano sem Manoel de Barros: TVE exibe especiais no fim de semana

Um ano sem Manoel de Barros: TVE exibe especiais no fim de semana

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site Folha MS em 11 de novembro de 2015. Por Erik Silva Sexta-feira completa um ano da morte do poeta Manoel de Barros. Para rememorar, a TV Educativa exibe, sábado e domingo, programas especiais com menções sobre o poeta, que morreu aos 97 anos, no dia 13 de novembro do ano passado. No sábado, às 14h, a TVE exibe o filme Caramujo Flor, de Joel Pizzini, e entrevista realizada pelo jornalista Bosco Martins, amigo e confidente do poeta, um dos maiores escritores que o mundo literário conheceu. Domingo, também às 14h, será exibido o documentário “O poeta é um ser que lambe as palavras e se alucina”, de Arlindo Fernandes. A entrevista mediada pelo jornalista Bosco Martins, realizada em 2006, quando o poeta completou 90 anos, traz reflexões sobre poesia, políti
Dono de acervo, jornalista pede exposição nacional das obras de Manoel de Barros

Dono de acervo, jornalista pede exposição nacional das obras de Manoel de Barros

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site Campo Grande News em 19 de novembro de 2015. Por Thiago de Souza O jornalista e ex-diretor da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul Pedro Spíndola deve se encontrar com o presidente dos Correios, Giovanni Queiroz, na noite de hoje (19), para reforçar o pedido de uma exposição itinerante sobre a obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros. O presidente dos Correios está em Campo Grande e acompanha o ministro das Comunicações, André Figueiredo. Spíndola diz ter o maior acervo sobre Manoel de Barros, falecido em 2014. São fotos raras, manuscritos, e entre outras coisas, todos os documentários produzidos sobre o poeta. “Ano que vem completa 100 anos do nascimento de Manoel de Barros, por isso temos de fazer essa homenagem ao poeta”, explicou. A ideia
Despedida ao poeta Manoel de Barros

Despedida ao poeta Manoel de Barros

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em 14 de novembro de 2014. O coração do poeta das coisas e pessoas desimportantes deixou de bater por voltas das 8 horas desta quinta-feira, dia 13/11. Há meses Manoel de Barros estava acamado e se mantinha recluso em casa, em Campo Grande/MS. Maneu, como era conhecido pela família e pelos amigos, já havia dito que não lhe interessava mais viver. Acamado, sem poder ler, e muito menos escrever, o poeta das coisas e dos seres desimportantes já sabia que não precisava do fim para chegar, do lugar de onde estava já tinha ido embora. E nesta quinta-feira (13), por volta das 8 horas da manhã, o coração já fragilizado parou de bater. Há quase dois anos, Manoel de Barros, estava recluso em casa. Não receb
Com a vida e versos de Manoel de Barros, Afonso Pena ganha a feição da poesia

Com a vida e versos de Manoel de Barros, Afonso Pena ganha a feição da poesia

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site Campo Grande News em 1º de novembro de 2016. Por Paula Maciulevicius "Meu quintal é maior que o mundo". Manoel de Barros veste de poesia os altos da Avenida Afonso Pena. A comemoração do centenário do nascimento do poeta começa a dar às caras na Capital. Entre a vida e os versos, 25 painéis contam pelas palavras de quem pensava renovar o homem usando borboletas, a simplicidade de Manoel. A iniciativa é do Sesc, que ainda nesta semana, o Sesc lança a programação completa em comemoração aos 100 anos do poeta. Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em 1916, em Cuiabá. "Ao nascer eu não estava acordado, de forma que não vi a hora. Isso faz tempo".  Em cada trecho do canteiro, vida e versos se encontram através de ilustrações assinadas por Rafael Mareco, Lya
Centenário de Manoel de Barros tem homenagens lá fora, mas nada certo por aqui

Centenário de Manoel de Barros tem homenagens lá fora, mas nada certo por aqui

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site Campo Grande News em 31 de março de 2016. Por Naiane Mesquita Manoel de Barros completaria 100 anos de nascimento em 19 dezembro de 2016. Em homenagem ao legado, livros serão reeditados e lançados de novo em todo o País. Pouco, talvez, para tudo que o escritor deixou para trás durante sua caminhada em terras do Centro-Oeste, principalmente, em Campo Grande, onde escolheu morar até o fim da vida. Aqui, ainda não há nada programado para homenagear o poeta. A Sectei (Secretaria de Cultura, Turismo e Empreendedorismo) por meio da assessoria informou que as celebrações devem ser realizadas no segundo semestre, mais próximo do aniversário de Manoel. Mas a secretaria não detalha nada planejado para a data. Já a Prefeitura Municipal admite que não tem nada no cale
Manoel de Barros: Três momentos com um gênio

Manoel de Barros: Três momentos com um gênio

Manoel de Barros
Entrevista publicada na edição 117 de Caros Amigos, em 2008, uma das raras vezes em que o poeta recebeu jornalistas em sua casa – em geral, preferia responder às entrevistas por escrito. Por Bosco Martins, Cláudia Trimarco e Douglas Diegues “Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens” O mito se encontrava apoiado na balaustrada da embarcação, olhando andorinhas que se dirigiam ao pôr-do-sol. A cena se passa na década de 40 e o encontro se deu num barco no “mar paraguaio” do Pantanal sul-mato-grossense. Transbordando encantamento, o rapaz franzino se aproxima do grande escritor, que todo aristocrático se abanava num leque. “Andorinhas encurtam o dia.” Ao fazer o verso de improviso, iniciou-se naquele momento a amizade entre o poeta e o seu mito. As semelhanças entre Guimarã
Manoel de Barros: O inventor da língua de brincar

Manoel de Barros: O inventor da língua de brincar

Manoel de Barros
Trechos da reportagem publicada originalmente no site da Revista Caros Amigos, em 23 de dezembro de 2014, por Bosco Martins “Sou um cara que ama brincar com palavras. Eu me criei no mato moda ave. O lugar onde me criei tinha só árvore, água e passarinhos. O lugar me inventou para fazer brinquedos. palavras, eu batizava elas a meu gosto. Sou hoje um cidadão, inventor da língua de brincar. E me comunico em livros na língua de brincar. Não há nisso metafísica?” Assim Manoel de Barros gostaria de ser lembrado. Em 19 de dezembro Manoel completaria 98 anos!! Pouco mais de um mês antes, em 13 de novembro, ele se foi. Virou passarinho, como disse uma de suas netas. O Pantanal, lugar em que Manoel de Barros inspirou a sua poesia, não vestiu luto. Bernardo, seu inesquecível personagem/amigo, nã
Caramujo-flor: Manoel de Barros e o legado da ternura pelo desprezível

Caramujo-flor: Manoel de Barros e o legado da ternura pelo desprezível

Manoel de Barros
Matéria publicada originalmente no site CampoGrandeNews em 13 de novembro de 2014 Caramujo-flor. O desconcerto da imagem, título de um filme visto na escola, foi o convite para conhecer o mundo das grandezas do chão. O anfitrião era Manoel de Barros, que mais parecia um menino que andava plantando bananeira do que o senhor já de cabelos brancos. A ótica invertida, de quem vê no chão horizonte, fez brotar em mim a ternura pelo desprezível, uma simpatia velada pelas latas jogadas fora, pelas estradas esquecidas, pelos caramujos com vocação para flor, pelos loucos que arrastam estrelas. No universo das pequenezas, o poeta se esmera na busca pela infância das palavras. Parece que as vê nascendo, ouve seus primeiros “ais”, adivinha seus murmúrios e as transportas, docemente, na pontinha do
Bosco Martins*: “Manoel de Barros, um ser letrado”

Bosco Martins*: “Manoel de Barros, um ser letrado”

Manoel de Barros
Artigo publicado originalmente no site do jornal Correio do Estado em 15 de novembro de 2014 * Bosco Martins é jornalista e diretor-presidente da Rádio, TV e Portal da Educativa – Deixa o Manoel partir, meu pai,  ele tem o “dão”. O  Manoel sempre  que  contava essa história abria um largo  sorriso.  Lembrava da sensibilidade do irmão mais “simplão”   que decretou sua sina poética. Na fazenda do Pantanal o pai ainda imaginava o que seria daquele menino sempre “avoado das coisas e do lugar”. O conselho do irmão mais velho foi quem deu senha para que o menino do mato fosse estudar  em colégio interno Stella, o único amor de sua vida, sinalizou  ao telefone inconformada que o poeta não estava bem:“anda muito fraquinho. Não é justo o que tá acontecendo com ele Bosco”, se quei