MORTE NA CIDADEZINHA QUALQUER
A morte do comerciante silencia,
subitamente a cidadezinha
A notícia corre de casa em casa
Os homens
as mulheres
saem às ruas,
cabisbaixos
o comerciante era pessoa de bem
Em poucos minutos
ruas de medo cruzam a cidadezinha
os olhares se tornam cúmplices
A morte assombra as almas das pessoas
Perto dali,
uma criança ri
Um rádio ligado,
toca um chamamé.
Por Bosco Martins, à Drummond de Andrade
Assista também à pílula 36 do Prosa e Segredos: Documento Regional – Poesia Total I e II, com Bosco Martins. O "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 36,