01 Abr 2019

Bolsonaro recua em Jerusalém

O presidente Jair Bolsonaro visitará, hoje à tarde, o Muro das Lamentações, acompanhado do premiê israelense Benjamim Netanyahu. Embora seja uma visita comum de chefes de Estado, costumam fazê-la sozinhos — a praxe é não caracterizar como visita de Estado. Em sua visita a Israel, o presidente não insistiu na transferência da Embaixada para Jerusalém. Mas abrirá um escritório de negócios na Cidade Santa, simbolizando um avanço. É a mesma estrutura que o Brasil tem em Taiwan e em Ramallah, na Palestina, locais onde não pode ter oficialmente embaixadas. A embaixada não foi transferida após um apelo da agroindústria, que teme perder exportações para o mundo árabe. Mas talvez não tenha sido suficiente. A Autoridade Palestina convocou de volta seu embaixador no Brasil. Por enquanto ainda não há reação de outras nações árabes. (Globo)

A conta do presidente no Twitter, @jairbolsonaro, tem mais de 4 milhões de seguidores. Mas são 5.743 perfis os responsáveis por quatro de cada dez posts a respeito das três principais hashtags bolsonaristas: #EstadaoMentiu, #IlonaNao e #BolsonaroOrgulhaOBrasil. Além de sugerir ação coordenada, alguns destes perfis, segundo especialistas, têm comportamento de robôs. (Globo)

É… Os ataques do presidente no Twitter, diga-se, atraem mais apoios do que os anúncios de feitos do governo. (Folha)

O número dois do MEC, talvez agora enfim definido, é o tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira. Na esplanada, a definição foi encarada como vitória do núcleo militar do governo, e uma derrota do olavista. No Planalto, mais de uma pessoa próxima ao presidente já afirmou que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez está de saída. Para os generais, Machado Vieira é o candidato certo para substituí-lo. Eles têm, no entanto, a oposição de evangélicos. (Folha)

COTIDIANO DIGITAL

Mark Zuckerberg foi ao Washington Post pedir maior regulação governamental das empresas de internet. Ele pede regras claras em quatro áreas: conteúdo que pode causar danos, como propaganda terrorista e discurso de ódio; integridade eleitoral, principalmente clareza de regras sobre o que pode; privacidade e proteção de dados, área em que ele gostaria de ter uma regra global; e portabilidade de dados. A garantia de que, tendo posto seu conteúdo em nuvem, pode mudar de fornecedor levando o que é seu.

O Spotify está mudando seus algoritmos. As listas feitas com curadoria passavam apenas pela avaliação de especialistas do app. Isto vai mudar e algoritmos vão intervir em algumas para torna-las mais personalizadas ao ouvinte. Tem motivo: um terço das músicas ouvidos no serviço vêm das listas oficiais. E três quartos das músicas, hoje, são ouvidas por streaming. O Spotify é o maior. O resultado é que as gravadoras têm se queixado de ter pouco espaço nestas grandes listas. Por enquanto, o sistema não diz em qual listas está mexendo.

VIVER

Um novo estudo da Universidade de Chicago aponta que rever séries favoritas provoca sensação de bem-estar. Em suma: assistir pela terceira vez a trajetória de um publicitário bem-sucedido nos anos 50/60, mas em conflito com sua própria identidade, é como jantar no seu restaurante favorito. O título do artigo é rebuscado — A dinâmica temporal e focal do reconsumo volitivo: uma investigação da experiência hedônica repetida — mas confirma aquilo que fãs já sabem: ele compara a sensação que temos ao rever nossos programas de TV favoritos ao mesmo sentimento que experimentamos ao reler livros que gostamos ou visitar locais que frequentamos. “Os consumidores obtêm insights mais ricos e profundos sobre o objeto de reconsumo em si, mas também uma maior conscientização de que o conhecimento sobre aquilo é expandido.” O apelo de voltar ao mesmo programa está vinculado à familiaridade com personagens, cenários e enredos, mas existe outra explicação ainda mais consistente: não é sobre saber o que vai acontecer, mas sobre se surpreender com alguns detalhes que não foram percebidos. O mesmo se dá com filmes. Em O Poderoso Chefão, nem todo fã percebe de primeira que as laranjas usadas pelo diretor anunciavam uma morte. Vito Corleone, na sua cena final, estava chupando uma laranja. O mesmo Vito comprava laranjas no momento em que sofreu um atentado. Nem tudo que acaba tem, necessariamente, um ‘fim’.

No dia 1º de Abril, vale lembrar que existem sites comprometidos em apurar notícias que parecem verdade e que circulam por aí, especialmente nas redes sociais e no WhatsApp. A checagem desse tipo de conteúdo avalia, a partir de métodos normalmente utilizados por profissionais de jornalismo, se o  fato é verdade ou se traz algum nível de distorção. Recomendamos três para sobreviver a hoje: Boatos.orge-Farsas e Snopes.

CULTURA

A Biblioteca Mário de Andrade expõe, a partir de amanhã, em São Paulo, apenas obras de mulheres do acervo de raridades: 50 livros escritos por autoras brasileiras entre 1754 e 1933. A cronologia passa por Nísia Floresta, considerada uma das primeiras autoras feministas, Julia Lopes de Almeida, que publicou cerca de 40 livros no século 19, Gilka Machado, Raquel de Queiroz, Cecília Meireles e encerra com Parque Industrial, romance de estreia de Pagu, de 1933, que na época assinava Mara Lobo. O primeiro romance publicado por alguém nascido no Brasil, em 1790, da paulista Teresa Orta, e poemas da heroína da Inconfidência Mineira, Bárbara Heliodora, lançados postumamente em 1862, estão também por lá. Na noite de abertura, a pesquisadora Constância Lima Duarte e o escritor Luiz Ruffato conversam sobre as pioneiras, com mediação de Isabella Martino. A mostra tem curadoria de Rízio Bruno Sant’ana e Joana Moreno de Andrade, bibliotecários da Seção de Obras Raras.

Aliás… Homenagem a trinta escritoras que encantaram o mundo, Bruxas Literárias (Amazon) explica porque muitas autoras nos enfeitiçam mesmo depois de se despedirem do mundo. Ou, nas palavras de Emily Dickinson, “A ausência da bruxa não invalida o feitiço”. A conexão entre bruxas e escritoras visionárias, ambas figuras intrigantes e de criatividade inquestionável, é a premissa do trabalho. Sylvia Plath, Virgínia Woolf, Octavia Mordomo, Safo, Audre Lorde, Anaïs Nin, Gertrude Stein, Flannery O’Connor, Anna Akhmatova, Toni Morrison, e Emily Brontë estão entre elas.

Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e o cão Floquinho estão no último cartaz oficial de Turma da Mônica — Laços (trailer). O live-action baseado na obra homônima dos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, chega aos cinemas no dia 27 de junho de 2019.

E tem mais animação. Angry Birds 2 – O Filme, da Sony Pictures, divulgou trailer e cartaz oficiais. O filme estreia nos cinemas na primeira semana de outubro. No longa, um pássaro lilás que mora em uma geleira está cansado da natureza de seu habitat e promete esfriar o alegre universo dos pássaros. Uma sequência interessante onde ambos os lados vão levar sua rivalidade para um outro nível.

Fonte: @Meio

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