04 Jun 2019

Governo passa novo sufoco no Senado

Foi por muito pouco e com susto. O Senado tinha até ontem, dia em que os parlamentares não costumam estar em Brasília, para aprovar as Medidas Provisórias 871, que permite ao governo passar um pente-fino nos benefícios pagos pelo INSS, e 867, esta ainda do governo Temer, que fazia alterações no Código Florestal criticadas por ambientalistas. Teria sido mais fácil votar quinta-feira, conforme quis inicialmente o presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Mas o governo não se organizou para ter quórum. Teve de correr atrás na última hora. No final, valeu um acordo: retirou a MP do Código Florestal para aprovar a do INSS. A autorização para investigar está de pé. Só que falta dinheiro. E esta será a nova tarefa do Executivo no Congresso Nacional. (G1)

Para o Major Olímpio, o problema do governo no Senado não é a oposição. É o Planalto. “Sinto o tempo todo o desconforto dos senadores sensíveis a votar com o governo”, afirmou. “De quarta para quinta não teve articulação nenhuma. Sou líder do PSL no Senado e não recebo sequer uma nota técnica do governo falando sobre as teses a serem defendidas. Não recebemos nem alerta sobre a importância dos projetos. Se fazem isso comigo, imagine com os demais?” (Congresso em Foco)

O governo está próximo de bater no teto de gastos — vai faltar dinheiro para despesas correntes. Para não atrasar pagamentos, precisa de autorização formal de deputados e senadores. Em caso contrário, ocorreria crime de responsabilidade fiscal. No momento, está debatendo com o Congresso qual o valor de créditos suplementares do qual precisa. A expectativa é de que os problemas comecem em 15 dias caso nada avance. (Poder 360)

O prefeito de Salvador e presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, está em campanha para que estados e municípios sejam integrados à reforma da Previdência. Tem ao seu lado o governador do Pará, Helder Barbalho, que pede aos colegas esforço para pressionar suas bancadas a votar a favor. (Folha)

O que pega, conta Míriam Leitão, é simples: não adianta fazer a reforma da Previdência que valha para a União e deixar estados e municípios fora. Muitos governadores desejam que seus estados entrem no projeto. Até precisam disso. Mas, em público, criticam a proposta. O resultado é que deputados não querem arcar com o desgaste de votar a favor sozinhos. (Globo)

HEALTHTECH

Em alguns setores, como o diagnóstico precoce de câncer e estudos do genoma, a relação entre pesquisadores de saúde e o Vale do Silício é intensa. Em outros, bem menos. É o caso de um dos mais difíceis problemas da medicina: doenças mentais. As psiquiatras Neha Chaudhary (Harvard) e Nina Vasan (Stanford) estão com um manifesto na praça conclamando para que esta parceria aconteça. E sugerem duas áreas. A primeira é algo como pré-atendimento via apps, talvez inteligência artificial. Não há psiquiatras o suficiente para atender à quantidade de pessoas que precisariam, mesmo que apenas por um período da vida. Outra é na relação entre médicos, pacientes e planos de saúde. Há muitas sutilezas no diagnóstico de males da mente e, por isso, às vezes é muito difícil aprovar no plano um tratamento quando o médico ainda não está certo do que corre. São dois pontos nos quais, juntos, pesquisadores e indústria poderiam ir longe.

Há uma série de tecnologias prontas para desembarcar nos consultórios dentários. Na China, robôs já fazem cirurgias de implantes de próteses dentárias. Tomografia com reconstrução em 3D permite analisar muito melhor cada dente. Nanopartículas permitem próteses mais sofisticadas. E células tronco podem ajudar na restauração de gengivas e, até, regenerar dentes danificados evitando tratamento de canal.

CULTURA

Como surgiram as festas juninas? Elas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29), mas a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

Trinta anos atrás, no coração de Pequim, um massacre selou o caminho das reformas chinesas, ao sepultar a abertura política, e ofereceu reflexos que ditam até hoje a estratégia do governo de sufocar movimentos sociais com potencial para alimentar focos de contestação ao regime.

Galeria: o dia 4 de junho marca o 30º aniversário do maior massacre da China moderna; o da Praça da Paz Celestial. Neste dia, milhares de pessoas que se manifestavam para exigir democracia foram mortas por balas e esmagadas pelos tanques do Exército Popular de Libertação. Uma cronologia dos eventos, em 16 imagens (El País).

A Disney divulgou ontem o novo vídeo de O Rei Leão. É a primeira amostra do trabalho de Beyoncé como dubladora de Nala. Já a Netflix soltou o trailer da aguardada terceira parte de La Casa de Papel, indicando para que direção irá a trama após o assalto à Casa da Moeda espanhola.

A cantora Vanessa da Mata revive uma das músicas mais melódicas da banda Charlie Brown Jr., Céu azul, no show Quando deixamos nossos beijos na esquina, cuja turnê nacional estreou em Salvador (BA) no último sábado. Relembre a versão original da banda santista.

VIVER

O caso Neymar reacendeu, pelo menos, dois debates. Um deles é sobre os limites, muitas vezes não compreendidos, do consentimento quando a vítima já demonstrou interesse ou até já se envolveu com o agressor anteriormente. “O consentimento pode ser retirado a qualquer momento”, explica a advogada Ana Paula Braga. “A partir do não, é considerado violência.” (Globo)

Outro debate. Na tentativa de se defender, o jogador divulgou prints de mensagens e fotos privadas trocadas com a suposta vítima, prática que pode ser enquadrada dentro da Lei que tornou crime a importunação sexual, com pena de uma cinco anos de prisão. “Não tínhamos escolha. Prefiro um crime de internet ao de estupro. Foi o Instagram que tirou. Pelas regras do Instagram estava normal. Ele preservou a imagem, o nome. Ele precisava se defender rapidamente. É melhor ser verdadeiro e mostrar o que aconteceu. Sabíamos da chantagem, mas não da coragem de fazer um B.O. em cima de uma situação dessas”, declarou Neymar pai em entrevista. A Lei foi sancionada em setembro do ano passado e prevê que a publicação, compartilhamento e/ou a venda de imagens e vídeos de sexo, nudes ou pornografia sem consentimento é crime no Brasil.

Denise Pires de Carvalho foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro como a nova reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É a primeira vez na história que a universidade terá uma reitora mulher. A nomeação foi assinada na sexta-feira, 31, pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a publicação foi oficializada ontem no Diário Oficial da União. Médica formada pela UFRJ com diploma cum laude (coeficiente de rendimento acumulado acima de 8), Denise possui mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica), ambos pelo IBCCF, da própria instituição, e pós-doutorado pelo Hôpital de Bicêtre (França) e pela Universitá Degli Studi di Napoli (Itália).

O Brasil é o país que mais altera as leis que deveriam proteger a Amazônia entre os nove que são cobertos por este bioma. Os dados são do estudo “The uncertain future of protected lands and waters” (“O futuro incerto das terras e águas protegidas”), conduzido por pesquisadores liderados pela ONG Conservação Internacional. No recorte da Amazônia feito pelo G1, a pesquisa traz a análise de medidas adotadas em países como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, além do Brasil. Os dados disponíveis se referem ao período de 1961 a 2017.

No contexto mundial, Brasil e Estados Unidos lideram as alterações na legislação ambiental. “Ao todo, os nove países fizeram 115 alterações entre os anos de 1961 e 2017, sendo que 66 delas (61%) ocorreram no Brasil. Essas medidas afetaram 18 milhões de hectares da Amazônia – 11 milhões apenas em território brasileiro”. A pesquisa completa analisou atos legislativos que diminuíram a área delimitada, ampliaram o uso do solo ou retiraram totalmente a proteção de áreas protegidas em 78 países ao longo de mais de um século.

COTIDIANO DIGITAL

A maior revolução anunciada ontem pela Apple não foi nos iPhones, tampouco nos Macs. Foi nos iPads. Os tablets da empresa, de longe os melhores no mercado, não rodarão mais iOS, o sistema operacional dos celulares. O novo iPadOS traz um diretório com listagem de arquivos, como se fosse um computador, e permite o uso de mouse Bluetooth. Um aplicativo para computadores Macintosh, o Sidecar, fará também com que iPads funcionem como segunda tela para o computador. Serve para artistas que queiram desenhar usando o Apple Pencil no tablet, serve para executivos em viagem acostumados a trabalhar com dois monitores no escritório. E assim a diferença entre um iPad e um computador portátil fica cada vez menor. Com a diferença de que suas telas são sensíveis a toque.

No iPhone as mudanças são menos chamativas. O principal esforço da companhia com o iOS 13 foi de melhorar a performance. Há um dark mode, para usar a tela escura, que economiza bateria — coisa que Android já tem faz tempo. O app de mapas foi refeito do zero para ganhar mais detalhes e permitir um Street View como o do Google — a reconstrução do espaço com fotografias. Começa pelos EUA e chega a algumas cidades de fora em 2020. Vai ser possível controlar o iPhone por comandos de voz.

MacOS Catalina, o novo sistema dos computadores, não virá com iTunes. O velho app será substituído por três: Music, Podcasts e TV. E o aplicativo de podcasts permitirá que se busque programas similares aos que o usuário gosta. E, claro, para quem quiser foi lançado um supercomputador expansível, o Mac Pro, cujo preço começa a US$ 5.999. Lá. O modelo básico vem com Intel Xeon de 8 núcleos, 32 Gb de RAM e 512 Mb SSD.

E por falar… O Departamento de Justiça americano foi autorizado a investigar Apple e Google com base na legislação antitruste. Por sua vez, a FTC, agência reguladora de comércio, tem autorização para avaliar Amazon e Facebook.

Fonte: @Meio

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