05 de Agosto de 2020

COTIDIANO DIGITAL

Novidade do WhatsApp. Contra a disseminação de fake news, mensagens reencaminhadas pelo aplicativo poderão ser verificadas. O app ganhou um novo botão em formato de lupa para pesquisar diretamente no Google e verificar as informações da mensagem repassada. A ferramenta também está disponível para a versão WhatsApp Web.

A Microsoft planeja zerar a produção de lixo de suas operações até 2030. Também prometeu parar de usar plásticos descartáveis em suas embalagens até 2025. A empresa disse que criará “Centros Circulares” para reutilizar ou reciclar 90% de seus resíduos no local, em vez de enviá-los para recicladores. Essas metas, no entanto, não devem ser estendidas para seus fornecedores e ainda não levam em conta sua produção de lixo eletrônico. Mesmo assim, a Microsoft tem se tornado uma das big techs mais focadas na pauta de sustentabilidade. No começo do ano, já havia anunciado seu plano de negativar sua emissão de carbono até 2030.

A compra do Fitbit pelo Google está sob investigação na Europa. A preocupação da Comissão Europeia é que a big tech use os dados da empresa de monitoramento de dados de saúde e fitness na venda de publicidade online. O Google prometeu que manteria alguns dados coletados por dispositivos portáteis separados de outros dados mantidos pelo Google. Mas não foi suficiente. Desde 2019, quando foi anunciada a compra da Fitbit por US$ 2,1 bilhões, o Google enfrenta pressão de reguladores

CULTURA

O novo romance da Saga Crepúsculo, Sol da Meia-Noite, foi lançado mundialmente e já está disponível nas lojas virtuais brasileiras. Dessa vez, o romance é narrado a partir dos olhos do vampiro Edward, o que significa acesso aos seus impulsos assassinos e às mentes de quase todos os habitantes de Forks. O livro tem 739 páginas.

A autora Stephenie Meyer alertou os fãs, em entrevista ao New York Times, que a história pode surpreender ao revelar um vampiro bem menos confiante do que aparentava na perspectiva de Bella.

A Galeria Nacional de Arte de Washington adquiriu, pela primeira vez na história, o trabalho de uma artista nativo americana. A galeria comprou I See Red: Target, uma peça de 1992 de Jaune Quick-to-See Smith. A obra é uma resposta à colonização da América por Colombo. “É como se não existíssemos“, disse a artista, de 80 anos, em entrevista ao The Guardian.

Veja o primeiro trailer da animação brasileira Napo. O curta, dirigido por Gustavo Ribeiro, que escreveu o roteiro com Gabriela Antonia Rosa, foi selecionado para grandes festivais de cinema como o USA Film Festival.

E saiu o trailer final da segunda temporada de The Boys, série da Amazon Prime. Confira.

VIVER

O país registrou 1.394 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 96.096 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.066 óbitos, uma variação de 1% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 2.808.076 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 56.411 desses confirmados no último dia.

O Ministério da Saúde anunciou ontem, em coletiva de imprensa, que planeja uma MP (Medida Provisória) para viabilizar 100 milhões de doses da vacina de Oxford contra o novo coronavírus.

Jorge Oliveira é o 8º ministro do governo com Covid-19. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência anunciou o diagnóstico pelas redes sociais.

Pois é… o número de casos de Covid-19 registrados entre servidores da Presidência da República aumentou 65% em um período de pouco menos de um mês. De acordo com a Secretaria-Geral, até o dia 31 de julho foram registrados 178 casos. O balanço anterior da pasta informava que até o dia 3 de julho eram 108 casos.

Enquanto isso, o plenário do STF formou maioria na manhã de ontem para manter a proibição de operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia do novo coronavirus. A liminar foi concedida no âmbito da ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) 635, movida pelo PSB com o apoio de diversas instituições da sociedade civil e da Defensoria Pública do Rio.

Sobre o assassinato de George Floyd, novas imagens foram reveladas. As cenas mostram Floyd sentado tranquilamente em seu carro, acompanhado por sua ex-mulher e um amigo, quando os policiais agressivamente o retiram do veículo, já apontando uma arma para sua cabeça, enquanto ele diz, chorando, que sofre de ansiedade e claustrofobia. Divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail, as imagens mostram a ação desde o momento em que ele foi abordado até o momento em que foi socorrido por paramédicos, já sem vida.

ECONOMIA

A flexibilização do teto de gastos já entrou em discussão. Lideranças do governo no Congresso colocaram no radar a possibilidade de colocar uma brecha na Lei de Diretrizes Orçamentárias para adiar o decreto de calamidade pública para 2021. Isso significa que o governo poderia gastar mais no ano que vem com a justificativa de combater os efeitos da pandemia. O Planalto poderia, assim, aproveitar para colocar recursos no programa Pró-Brasil, novo Bolsa Família. (Estadão)

Mas, segundo Valdo Cruz, essa pressão do próprio governo tem gerado desconforto na equipe de Guedes, que teme perda de credibilidade. (G1)

Thomas Traumann: “A mando do presidente Jair Bolsonaro, a equipe econômica estuda ampliar a duração do auxílio emergencial até, pelo menos, dezembro. Este é o maior cavalo-de-pau de um presidente desde que, depois de reeleita, Dilma Rousseff chamou o liberal Joaquim Levy para comandar o Ministério da Fazenda e consertar o rombo do seu 1º governo. Só que agora o caminho é inverso. É o governo pretensamente liberal que vai pisar fundo nos gastos públicos. Bolsonaro foi o 1º presidente eleito sem fazer promessas para os pobres. Pelo contrário. Disse que iria reduzir direitos sociais, espalhou empatia com os empresários e prometeu entregar as chaves do tesouro ao ultraliberal Paulo Guedes, que fez carreira pregando que para tudo existe uma solução e a solução é menos Estado na economia. Este era o plano até a pandemia de covid-19 afundar o Brasil na pior recessão da história. Bolsonaro está comprando tempo para a sua única prioridade, a campanha de reeleição. Para isso, está surgindo este novo Bolsonaro, populista até a medula, com os generais no volante do governo e Paulo Guedes livre para privatizar tudo desde que arranje um jeito de manter os pobres felizes. Mas, como diz um aforismo repetido pelo guru de Guedes, Milton Friedman, ‘não existe almoço grátis’. No ano passado, o Brasil fechou com um deficit de R$ 90 bilhões. Neste ano, com a pandemia, a previsão mais inocente é de deficit R$ 815 bilhões. Cada mês de auxílio emergencial custa R$ 50 bilhões. Levando o programa até dezembro, é jogo jogado que o deficit chega perto de R$ 1 trilhão (ironicamente, o 1º trilhão da gestão de Paulo Guedes). A âncora cambial que Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn lançaram para segurar o país depois de 2016 corre risco de ser puxada e o navio se lançar novamente à deriva.” (Poder 360)

O Cade se posicionou pela primeira vez e disse que reprovaria compra da Oi por TIM, Claro e Vivo pela preocupação com os efeitos na concorrência. Além da chance de reprovação, o Cade ainda poderia demorar até um ano para analisar a operação se fosse aceita pela Oi. A decisão de quem vai ficar com a rede de telefonia deve ocorrer ainda neste mês. (Globo)

A Argentina finalmente chegou em um acordo com os seus credores para reestruturar US$ 65 bilhões em dívida com economia de US$ 30 bilhões. (El Pais)

Enquanto a Disney registrou perda de US$ 4,7 bilhões. A receita da companhia caiu 42%, para US$ 11,78 bilhões, ante os US$ 20,25 bilhões registrados no mesmo período de 2019. As maiores perdas vieram dos parques fechados, que somaram US$ 4,95 bilhões no trimestre.

O Ibovespa fechou com queda de 1,57%. Pesou o balanço dos bancos brasileiros e a volatilidade nas Bolsas de Nova York, que estão na expectativa em torno do pacote de US$ 1 trilhão. Depois de subir e descer, o S&P 500 ficou em +0,36% e o Dow Jones em +0,62%. Enquanto o dólar fechou em queda para R$ 5,28, à espera de um possível novo corte da Selic a ser anunciado hoje..

As Bolsas na Ásia ficaram na sua maioria em alta. Com exceção de Tóquio, que fechou em -0,26%, Shangai ficou em +0,17%, Hong Kong em +0,62% e Coreia do Sul em +1,40%. Na Europa, as Bolsas também abriram em alta influenciadas por balanços positivos. Pela manhã, Frankfurt estava em +0,88%, Londres em +1,09% e Paris em +0,91%.

EXPLOSÃO MATA MAIS DE 100 E DESALOJA 250 MIL EM BEIRUTE

A capital libanesa, Beirute, foi atingida ontem por uma violenta explosão que atravessou quarteirões, matou pelo menos 100 na conta conhecida até esta manhã às 7h, e feriu mais de 4 mil. O Instagram @locatevictimsbeirut foi erguido para que as pessoas publiquem fotografias dos que ainda não apareceram. Segundo o canal de TV local MTV, pelo menos 250 mil pessoas ficaram sem suas casas. A crise pode se tornar rapidamente mais grave nos próximos dias — foram destruídos os silos de grãos do porto, levando 80% do estoque libanês de trigo num país em que o pão é a base das refeições. (Guardian)

No total, foram duas as explosões — a segunda, muito maior, foi sentida no Chipre, a quase 250 quilômetros de distância, ergueu uma nuvem em cogumelo que se dissipou num halo, com o núcleo central denso e avermelhado, e foi seguida por uma onda de choque que estilhaçou vidros num raio de dez quilômetros. A desconfiança do governo, no momento, é de que a primeira ocorreu em um armazém de fogos de artifício na região do porto. A segunda explosão se deu após a ignição de 2,7 mil toneladas de nitrato de amônia, estocados ali perto desde que confiscados pelo governo, faz seis anos. O produto químico é usado em fertilizantes mas tem a característica de oxigenar incêndios, o que o torna componente de muitos explosivos, aumentando seu potencial destrutivo. O governo libanês não descarta a possibilidade de atentado terrorista, mas não é a hipótese principal com a qual trabalha. (New York Times)

Filmada por inúmeros ângulos: assista à explosão. (G1)

Guga Chacra: “Impossível pensar uma catástrofe maior do que a do Líbano. Uma nação em colapso econômico, crise política, pandemia e agora esta gigantesca explosão no porto de Beirute. Triste. A economia libanesa dependia de um movimento contínuo de envio de remessas da diáspora e, em menor escala, de outros estrangeiros para o Líbano. Era praticamente um esquema de pirâmide. Durou mais de duas décadas e sobreviveu inclusive à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006 e aos anos de guerra civil na vizinha Síria. Mas não resistiu aos protestos contra a corrupção e o sistema político e à pandemia. A pressão cresceu e o país entrou em um colapso financeiro similar ao da Argentina em 2001, quando seu esquema de câmbio fixo e juros altos também naufragou. A crise política também persiste. Muitos libaneses não se sentem representados. O país possui um sistema sectário, no qual o poder é dividido entre as principais religiões. O presidente é cristão maronita; o premier, muçulmano sunita; e o presidente do Parlamento, muçulmano xiita. Até instalaram um governo tecnocrático recentemente, mas foi insuficiente para amenizar a situação e a chegar a um acordo com o FMI para o país ter fundos para cumprir as suas obrigações.” (Globo)

Fonte: Meio

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