09 de Dezembro de 2020

CULTURA

Pintada em 1923 por Tarsila do Amaral, a tela Caipirinha tem a expectativa de quebrar todos os recordes do mercado de arte quando for a leilão no próximo dia 17. O lance inicial é de R$ 47 milhões, o maior já pedido para o trabalho de um artista brasileiro. Isto é, se o leilão acontecer. A venda foi determinada em julho pela Justiça para saldar dívidas do empresário Salim Taufic Schahin, acionista de uma empresa de petróleo que foi à falência. Quando os credores, ao investigarem o patrimônio do empresário, descobriram o quadro e pediram a penhora, sua posse já havia sido transferida de Salim para seu filho, Carlos Eduardo Schahin. Após perder em duas instâncias, os advogados de Carlos Eduardo dizem que vão ao STF para que ele seja reconhecido como dono e o leilão seja embargado. (Estadão)

A representatividade feminina no cinema aumentou muito ao longo dos últimos anos, mas está longe de representar igualdade ou proporcionalidade. Em muitos casos, no Brasil e lá fora, atrizes precisam botar a mão na massa atrás das câmeras para conseguir papeis relevantes. É a lição seguida por Dira Paes, que escreveu e está produzindo e estreando na direção de seu próximo filme, o longa Pasárgada. Ela vive a protagonista, uma bióloga que estuda pássaros. Ainda não há data prevista para a estreia.

COTIDIANO DIGITAL

A Apple lançou o seu primeiro headphone, fora da marca Beats. O AirPods Max tem cancelamento de ruído ativo e um chip H1 pra reconhecimento de voz. A Apple também promete bateria que dura 20 horas. Mas vem com um preço: US$ 550 nos EUA e R$ 6.899 no Brasil. Ainda não tem previsão de quando começa as vendas por aqui. Mas nos EUA, estarão disponíveis a partir do dia 15 de dezembro.

O WhatsApp também tem novidade no Brasil. Agora, pelas conversas com contas comerciais terá uma ferramenta de carrinho de compras. Vai permitir que usuário tenha acesso ao catálogo de produtos e o que vai comprar antes de começar a conversa. A ideia é que, no futuro, essa ferramenta se transforme em uma loja completa, com pagamento também feito dentro do aplicativo – função que aqui no Brasil ainda aguarda aprovação do BC.

A retrospectiva do Twitter tem Donald Trump como a pessoa mais mencionada, #COVID19 como a hashtag mais usada e o anúncio da morte do ator Chadwick Boseman como o tuíte mais curtido e mais retuitado. A lista completa.

VIVER

Como se a Covid-19 já não representasse uma crise de saúde suficiente, a Anvisa emitiu um alerta para o que pode ser o primeiro caso no Brasil de Candida auris. Trata-se de um fungo resistente a medicamentos e letal em até 60% dos casos, o que o torna um dos mais temidos causadores de infecção hospitalar. Segundo a agência, os sinais o C. auris foram identificados numa “amostra de ponta de cateter” de um paciente numa UTI na Bahia. A amostra já foi analisada em Salvador e em São Paulo, mas vai passar por outros testes. A Anvisa enfatizou em seu comunicado que o fungo “representa uma séria ameaça à saúde pública”. Desde que foi identificado pela primeira vez, em 2009 no Japão, ele já apareceu em países como Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido e Espanha.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu barrar um eventual revogaço, por meio de portarias do Ministério da Saúde, de diretrizes para o tratamento de doentes mentais. A medida em estudos no ministério, que incluiria o fim do atendimento a dependentes químicos em centros especiais, foi duramente criticada por parlamentares.

Racismo no futebol é uma triste realidade, em particular na Europa. A novidade é quando ele vem de quem deveria zelar pela lisura e pelo fair play. Os jogadores do PSG e do Istanbul Basaksehir abandonaram o campo após o quarto árbitro dizer supostas ofensas racistas em relação a um integrante da comissão técnica do time turco. A partida, disputada em Paris, valia pela prestigiada Liga dos Campeões, mas nem por isso os atletas fizeram vista grossa para a atitude do romeno Sebastien Coultescu. A UEFA, que organiza a competição, ainda não se manifestou sobre o árbitro nem sobre os atletas. O jogo estava 0 a 0, resultado que favorecia o PSG.

PARA ONDE VAMOS

O futuro da mobilidade tem se mostrado cada vez mais elétrico. Mesmo com a pandemia, as vendas de carros elétricos devem crescer no mundo em 2020 e resultar em quase 10 milhões de unidades rodando — cerca de 1% do estoque global de automóveis. No Brasil, 2020 já é um ano recorde de vendas: estima-se que, até o final do ano, estejam circulando 41,4 mil exemplares — 60% a mais do que em 2019 e três vezes mais do que em 2018. O custo, no entanto, ainda é uma das principais barreiras. Mas a eletromobilidade tem avançado pelas cidades, seja em veículos leves, como patinetes e bicicletas elétricas, até no transporte coletivo. E tem se mostrado uma alternativa viável pra resolver, além dos problemas ambientais, também os custos logísticos da última milha.

A China ganhou o seu primeiro serviço de táxis totalmente sem motoristas. A novidade é da AutoX na cidade de Shenzhen. Ainda está na fase experimental e só deve ser aberta ao público daqui a dois ou três anos. Mesmo assim, é um avanço na corrida do robô-táxi no país. Maior fabricante de carros do mundo, a China também pode se tornar o principal mercado de veículos automatizados até 2040, segundo a McKinsey. Em junho, a DiDi começou a oferecer passeios gratuitos em seus veículos autônomos dentro de uma área de Shangai. O mesmo com a Baidu em alguns distritos de Pequim. Todos esses programas, no entanto, ainda têm um motorista de segurança.

Plataformas do tipo Airbnb de carros têm se tornado uma tendência mundial. Segundo a Accenture, o número de carros em aluguel por curto prazo cresceu pra 400 mil este ano e deve mais do que dobrar até 2025. A expectativa é que esse mercado cresça pra US$ 21 bilhões até 2030, apenas na China, EUA e Alemanha. Uma das maiores plataformas, a ShareNow, atua em 18 cidades europeias. Mas, como aconteceu com outras inovações, dezenas de estados americanos já consideram criar leis pra exigir que essas empresas paguem os mesmos impostos e sigam os mesmos requisitos de segurança das locadoras de automóveis. Elas, no entanto, argumentam que não são táxis, locadoras ou mesmo empresas de transporte, mas plataformas.

Fonte: Meio

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