11 de fevereiro de 2021

CULTURA

O longa A Última Floresta, de Luiz Bolognesi, foi selecionado para a mostra Panorama do próximo Festival de Berlim, marcado para começar no dia 1º de março. Com estreia no Brasil prevista para o segundo semestre, o filme conta a luta de uma aldeia ianomâmi isolada que luta para proteger seu território, legalmente demarcado, de garimpeiros. Além do longa, o Brasil estará representado pela série Os Últimos Dias de Gilda.

Sorte em Berlim, azar em Los Angeles. O documentário Babenco: Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, dirigido por Bárbara Paz, ficou de fora das indicações ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Documentário.

Após quatro meses fechado, o Museu de Arte do Rio reabre hoje com uma exposição em homenagem ao muralista Paulo Werneck (1907-1987), responsável por icônicos painéis de ladrilhos na capital fluminense como os do Clube Monte Líbano, na Lagoa, e do Edifício Marquês de Herval, no Centro. Por questões de segurança sanitária, só é permitida a entrada de cem pessoas por hora.

Intérprete de Cara Dune, principal personagem feminina de Mandalorian, Gina Carano foi demitida da Disney após comparar, num tuíte, a situação dos republicanos hoje nos EUA à dos judeus na Alemanha nazista.

COTIDIANO DIGITAL

Quase cinco meses depois de que foi anunciada, a venda das operações do TikTok nos EUA para a Oracle e o Walmart foi paralisada indefinitivamente. Segundo o Wall Street Journal, o novo governo Biden quer revisar os potenciais riscos de segurança por parte de empresas chinesas. A insistência de Trump para a venda do app era porque alegava tanto questões de segurança de dados quanto pelo potencial de seu algoritmo servir aos políticos chineses. Apesar da paralisação, as autoridades não descartaram uma venda, mas provavelmente seria em termos diferentes. Uma alternativa pode ser o envio de dados a um terceiro “mais confiável” para impedir que o governo chinês obtenha informações de americanos.

VIVER

Pelo menos três municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro tiveram que interromper a vacinação contra Covid-19 por falta de doses.

Salvador também enfrenta estoques baixos. A prefeitura decidiu restringir a imunização neste momento a maiores de 85 anos. A previsão é que outras 13,2 mil doses sejam enviadas pelo governo federal para a capital baiana até o final da próxima semana.

São Paulo suspendeu o envio de 50 mil doses da CoronaVac para o Amazonas por “falta de planejamento e controle” do governo amazonense. A Justiça local já havia interrompido a imunização devido a denúncias de fura-filas e outras irregularidades. Já o governo do Amazonas diz que ainda não foi comunicado e que segue vacinando de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde.

O caso do Amazonas não é isolado nem o mais grave. Em três semanas de vacinação, o país tem mais de 3 mil denúncias de desrespeito à lista de prioridades. Rio Grande do Norte (640 acusações), Minas (589) e Rio de Janeiro (413) são os líderes.

Contrariando países como Alemanha, França e África do Sul, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a aplicação da vacina Oxford/AstraZeneca em maiores de 65 anos e em áreas onde haja incidência de variantes do vírus.

Há exatas três semanas a média móvel de mortes no Brasil por Covid-19 em sete dias se mantém acima de mil. Foram 1.357 óbitos na quarta-feira, com o total desde o início da pandemia chegando a 234.945. Oito estados estão com alta nas mortes: GO, AC, PA, RR, TO, BA, MA e PE.

Os militares que hoje atuam no combate aos crimes ambientais na Amazônia vão deixar a região, conforme previsto, no dia 30 de abril. Além disso, o governo federal vai concentrar em 11 municípios, que não foram divulgados, dos quatro estados da Região as ações contra o desmatamento. A informação é do vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia. Segundo ele, a ação passará a ser feita por órgãos civis, como o Ibama e o ICMBio.

ECONOMIA

As vendas do varejo em dezembro de 2020 foram as piores para o mês em 20 anos. Caíram 6,1% na comparação com novembro, quando variaram -0,1%. Apesar dos resultados negativos, no acumulado de 2020, o setor fechou com alta de 1,2%. Porém, com o recuo de dezembro, as vendas se igualaram ao patamar de fevereiro. Nos últimos meses, entre maio e outubro, houve alta intensa, e o comércio tinha inclusive atingido patamar superior ao pré-pandemia.

Fim do auxílio emergencial, o aumento da inflação e o recrudescimento da pandemia explicam essa queda. Segundo Lisandra Barbero, economista da XP Investimentos, o varejo deve continuar perdendo fôlego no primeiro trimestre.

Por falar no auxílio… A volta do benefício deve ser anunciada após o carnaval. A nova rodada deve começar em março e seria de três parcelas de R$ 200, mas para metade dos trabalhadores que foram atendidos no ano passado, segundo o plano que está em estudo. A ideia é que esse custo, calculado em R$ 18 bilhões, fique de fora do teto de gastos, por meio de créditos extraordinários. Mas a equipe econômica ainda defende que qualquer medida seja compensada por ações de ajuste fiscal.

Sem mencionar o auxílio, Paulo Guedes disse que é preciso ter “sensibilidade social”, mas ressaltou que não se pode empurrar os custos da “nossa guerra” de maneira irresponsável para as gerações futuras. Ontem, em encontro com prefeitos, Bolsonaro confirmou a discussão sobre a retomada, mas disse: “não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento”.

O Congresso instalou ontem a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para destravar os recursos do governo. O colegiado tem menos de um mês para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. A demora já coloca em risco o pagamento de salários de servidores de diversos órgãos. O BC corre o risco de, já em março, não ter recursos. O cenário se repete em outros, como IBGE e Ipea. Nas Forças Armadas, os recursos vão até abril e no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, até maio.

Com o risco fiscal pela retomada do auxílio, o Ibovespa fechou em -0,87%, fechando aos 118.435 pontos. No EUA, os índices fecharam sem uma direção clara. O S&P 500 ficou em -0,03% e o Dow Jones em +0,20%. Após o Fed, o banco central americano, voltar a defender mais incentivos para a economia, o dólar caiu para R$ 5,37.

Na Ásia, as Bolsas não operaram devido ao ano-novo chinês, feriado que dura uma semana. Na Europa, abriram em alta com a temporada de balanços corporativos. Pela manhã, Frankfurt estava em +0,30%, Londres em +0,21% e Paris em +0,01%.

Fonte: Meio

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