19 de Agosto de 2020

VIVER

Uma grande massa de ar frio se aproxima do país e vai derrubar as temperaturas nos próximos dias na maior parte dos estados, inclusive no Norte e Nordeste, como Amazonas e Bahia. Esta é a terceira vez que o fenômeno ocorre no Brasil este ano, mas a primeira com tamanha intensidade e abrangência. Algumas partes do Sul devem registrar neve e, no Centro-Oeste, temperaturas cairão mais de 15º C. Nas regiões mais quentes, como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, devem ocorrer temporais entre terça e quarta-feira, inclusive com queda de granizo em algumas áreas.

O Brasil ultrapassou 110 mil mortes. Nas últimas 24 horas, registrou 1.365 mortes pela Covid-19 confirmadas, chegando ao total de 110.019 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 989 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 3.411.872 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 48.637 desses confirmados no último dia. No total, 2 estados e o Distrito Federal apresentaram alta de mortes: MG, DF e AM. (G1)

Com as novas mortes registradas, o país iguala a taxa de mortalidade dos EUA. Ambos os países agora apresentam 52,5 mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes. (Folha)

Apesar do número de mortes diárias não diminuir, a taxa de isolamento vem caindo e atingiu o menor índice em agosto, segundo o Datafolha. Em 17 de abril, com 210 mortes no dia, 21% dos brasileiros se diziam em isolamento completo e 50% diziam que só saíam de casa quando era inevitável. Em 11 de agosto, quando foram confirmadas 1.274 mortes, o total de brasileiros que se diziam em isolamento total foi de 8%, enquanto a taxa de pessoas que diziam evitar sair foi de 43%. (Folha)

Sobre o retorno das escolas… O prefeito de São Paulo, Bruno Covas descartou retornar as aulas presenciais em setembro. Um levantamento da prefeitura descobriu que 16,1% de estudantes entre 4 e 14 anos da rede municipal tiveram contato com o vírus e, desses, apenas 66,4% têm anticorpos. Enquanto no Rio de Janeiro, o secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, afirmou que pode autorizar a reabertura da rede pública no estado a partir do dia 15 de setembro. (Globo)

Enquanto a Anvisa aprovou o quarto estudo clínico de vacina no Brasil. A fase 3 da vacina da Johnson & Johnson deve começar em setembro com mais de sete mil voluntários de sete estados brasileiros.

Um estudo, ainda não revisado, da Universidade de Oxford descobriu que um em cada 16 pacientes com Covid-19 que nunca teve uma doença mental será diagnosticado com algum transtorno desse tipo dentro de três meses após a infecção. O risco ainda é duas vezes maior em pacientes que precisaram ser hospitalizados. As doenças mais comuns foram transtornos de ansiedade, mas depressão, insônia e, raramente, demência, também ocorreram. (G1)

O tio acusado de estuprar e engravidar a menina de 10 anos no Espírito Santo, se entregou e foi preso em Minas Gerais. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo, ele teria confessado informalmente o crime à polícia e realizará exame de DNA para comprovar o caso.

Enquanto o YouTube encerrou a conta da militante extremista Sara Giromini após ela ter divulgado em vídeo a identidade da menina e onde seria feito o aborto. A Justiça havia determinado que o Facebook, Twitter e YouTube retirassem do ar quaisquer postagens com informações pessoais do caso.

CULTURA

Luiz Gama, um dos principais intelectuais do século 19, se libertou da escravidão para se tornar uma das principais vozes do abolicionismo brasileiro. Lições de Resistência, livro que compila seus artigos jornalísticos, será publicado pela Edições Sesc. O lançamento de um volume graúdo com quase tudo o que escreveu na imprensa vem afinado à onda dos movimentos que procuram resgatar figuras apagadas por uma história escrita por homens brancos. Não é como se Luiz Gama fosse um desconhecido, como atestam o monumento no Arouche e relatos da enorme comoção pública em seu funeral. Mas é muito menos frequente na bibliografia de cursos de letras e direito que o trabalho de uma gama de pensadores brancos.

COTIDIANO DIGITAL

Mais um capítulo na história do TikTok. A Oracle vai entrar na disputa do app. Segundo a Bloomberg, a empresa americana estuda fazer uma oferta para comprar as operações do aplicativo nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, rivalizando com a Microsoft.

A próxima geração de iPhones pode vir com serviços de assinatura. Segundo a Bloomberg, o projeto Apple One deve ser lançado em outubro com os smartphones e incluir diferentes planos voltados para família. Ainda não se tem informações sobre os preços, mas o básico contaria com a Apple Music e a Apple TV+ e outros mais caros, com o Apple Arcade, o Apple News+ e até espaço extra no iCloud. Também deve contar com um serviço fitness, ainda a ser anunciado, que deve seguir os moldes do Peloton e do Nike Training Club, oferecendo aulas virtuais por meio de um aplicativo exclusivo do iOS. A ideia dos pacotes seria oferecer algo similar aos serviços da Amazon Prime.

E marque na agenda: o streaming Disney+ chega 17 de novembro no Brasil. O valor, no entanto, ainda não foi informado.

ECONOMIA

A economia no 2º trimestre sofreu sua maior queda desde 1980. Segundo o monitor da FGV, o PIB contraiu 8,7%, na comparação com os três meses anteriores, e recuou 10,5% ante segundo trimestre de 2019. Se essa retração se confirmar, o Brasil terá entrado oficialmente em recessão. Ou seja, quando sofre recuo por dois trimestres consecutivos. (Valor)

A briga contra o dólar está se concretizando. Pela primeira vez, a participação do dólar no comércio entre a Rússia e a China caiu para abaixo de 50% no primeiro trimestre, de acordo o Banco Central da Rússia. A moeda americana só foi usada para apenas 46% dos acordos entre os dois países. Enquanto, o euro, seu principal competidor, atingiu um máximo histórico de 30%, e as moedas nacionais de cada nação representaram o recorde de 24%. Desde 2014, com tensões com os EUA, os dois países têm investido na desdolarização e para especialistas essa estratégia pode levar a uma aliança financeira entre os dois. (Financial Times)

Pois é… O dólar tem se desvalorizado em relação às outras moedas. Caiu mais de 4% desde metade de julho. Essa fraqueza ajudou a valorizar o preço do ouro, que chegou a superar US$ 2 mil por onça-troy. Enquanto isso, a Bolsa americana tem batido o seu recorde com os estímulos feitos pelo banco central dos EUA e os ganhos das big techs. O S&P 500 disparou 54% desde a baixa de março. O aumento, no entanto, tem gerado preocupação de que essas ações sejam vulneráveis a um crash semelhante ao estouro da bolha da internet nos anos 2000. (Financial Times)

Em greve nacional, os Correios devem ser privatizados em breve. O governo vai encaminhar um projeto nas próximas semanas ao Congresso para acabar com o monopólio dos Correios nos serviços postais. (Estadão)

Por enquanto a pauta de privatizações pouco avançou e ainda apenas 17% das estatais estão liberadas para serem vendidas. Dados de 2019 apontam que as quase 200 estatais somam R$ 711,4 bilhões em patrimônio líquido. Mas 83% desse montante correspondem às empresas blindadas por Bolsonaro: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e BNDES. O governo, até agora, só realizou 84 vendas de subsidiárias, mas não privatizou nenhuma empresa-mãe. E ainda criou uma nova, a NAV Brasil. (Globo)

Márcio Holland, professor da FGV: “O maior desafio da privatização no Brasil continua sendo ideológico. Infelizmente, quando vamos discutir privatização, dizemos ‘vamos fazer porque somos liberais’ e, aí, se constrói um argumento equivocado de que a justificativa para existência de uma empresa estatal é exclusivamente a visão de participação do Estado na economia. O debate deveria sair dessa seara e ir para a seara mais técnica, que é a justificativa da função social da empresa. Quando a gente faz essas perguntas técnicas, muitas delas não deveriam existir.” (Globo)

Com sinais de apoio do governo ao ministro Paulo Guedes, o Ibovespa fechou em +2,48% e recuperou o patamar de 102 mil pontos. E o dólar caiu para R$ 5,47. Nos EUA, a tensão entre EUA e China continua pesando nos índices. O S&P 500 ficou em +0,23% e o Dow Jones em -0,24%.

Na Ásia, os índices fecharam sem uma direção clara. Enquanto o Nikkei japonês ficou em -0,26% e o Kospi coreano em -0,52%, o Shanghai chinês ficou em +1,24% e o Hang Seng de Hong Kong em +0,74%. Na Europa, as Bolsas abriram ligeiramente em alta pressionadas por novos casos na região. Pela manhã, Frankfurt estava em +0,34%, Londres em +0,16% e Paris em +0,31%.

Fonte: Meio

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