22 de Fevereiro de 2021

CULTURA

Primeiro filme dirigido pelo ator Lázaro Ramos, Medida Provisória foi confirmado na edição de 2021 do festival SXSW, que acontece no Texas entre 16 e 20 de março. O filme deveria ter sido exibido no festival do ano passado, que acabou adiado por conta da pandemia. Agora, os organizadores montaram uma mostra de filmes relevantes que não foram exibidos em 2020. O atraso, no fim, acabou por cacifar mais o filme, que chega com o prêmio de melhor roteiro no Indie Memphis Festival do ano passado. (Estadão)

Mônica Bergamo: “Um levantamento interno da Ancine (Agência Nacional do Cinema) que analisou todos os investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) entre 2018 e 2020 apontou que das dez produtoras que mais receberam recursos, nove têm potencial de conflito de interesses. Essas empresas tiveram ou ainda mantêm relação profissional com ex-diretores da agência, membros do comitê gestor do FSA e representantes do setor que atuam junto à Ancine.” (Folha)

COTIDIANO DIGITAL

No seu maior mercado na Europa, o Uber perdeu ação e terá que tratar os motoristas do Reino Unido como funcionários. Com a decisão da Suprema Corte do país, milhares de motoristas terão direito a um salário mínimo e férias pagas – algo que afeta diretamente o modelo de negócios do Uber e provavelmente o obrigaria a aumentar suas taxas. O Uber disse que essa decisão se aplica apenas ao pequeno grupo de motoristas que entraram com o processo em 2016. Porém, agora, milhares podem reivindicar o direito, e o Uber disse que vai abrir consulta nacional com motoristas para chegar ao um consenso. A medida judicial ainda deve repercutir com um todo na gig economy do país, a economia dos bicos, que cresceu durante a pandemia. E outros países estão indo na mesma linha – neste mês, a UE deve publicar recomendações para melhorar as condições para os trabalhadores autônomos como os do Uber. (Bloomberg)

VIVER

O Brasil completou neste domingo 32 dias com a média móvel de mortes por Covid-19 em uma semana acima de mil óbitos. Foram confirmados 554 mortos em 24 horas, mas os números são tradicionalmente mais baixos nos fins de semana, devido à falta de notificações por alguns estados. Já são 246.560 óbitos no país desde o início da pandemia. Segundo os dados mais recentes, onze estados têm tendência de alta nas mortes: RS, SC, GO, AC, PA, RO, RR, BA, PB, PE e RN. (G1)

A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber encaminhou à Procuradoria-Geral da República notícia-crime apresentada pelo PDT contra o presidente Jair Bolsonaro por indicar o uso de cloroquina contra a Covid-19. Caberá ao procurador Augusto Aras decidir se abre ou não uma investigação. (UOL)

Com 80% dos leitos de UTI no estado ocupados, o governo da Bahia anunciou que o toque de recolher em vigor será estendido até o dia 28 e ampliado das 20h às 5h. (G1)

E a propagação de variantes do coronavírus segue pelo país. Agora foi o Rio Grande do Norte que disse ter identificado casos de Covid-19 provocados pelas mutações detectadas incialmente em Manaus e no Rio de Janeiro. Em resposta, o governo restringiu o horário de funcionamento de bares e restaurantes e a abertura de 39 leitos em hospitais da região metropolitana de Natal. (UOL)

Maior fabricante mundial de vacinas, o laboratório indiano Serum Institute of India pediu paciência aos governos estrangeiros, informando que foi orientada a priorizar o abastecimento do próprio país, em vez de exportar doses. É o Serum que produz a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford e pela AstraZeneca em uso no Brasil (Globo)

Diogo Schelp: “O cartão de vacinação contra covid-19 apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro como sendo de sua mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, e que comprovaria que ela foi vacinada no último dia 12 com a vacina de Oxford, indica um número de lote compatível com a CoronaVac, do Instituto Butantan, não com o imunizante fornecido pela Fiocruz. Além disso, a data prevista para a segunda dose, 5 de março, é a recomendada para a CoronaVac, não para a vacina de Oxford.” (UOL)

Era para ser um momento raro desde que o Campeonato Brasileiro adotou o sistema de pontos corridos: na penúltima rodada, o Internacional, líder por apenas um ponto, enfrentava no Maracanã vazio o Flamengo, segundo colocado. Mas o que se viu fora do estádio foi uma exibição de desrespeito e aglomeração. Centenas de torcedores do clube carioca, a maioria sem máscara, se concentraram próximos ao estádio esperando a chegada do ônibus com os jogadores. A PM precisou usar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. (G1)

Em campo, o Flamengo venceu por 2×1 e chega à última rodada líder com dois pontos de vantagem. Depende apenas de uma vitória sobre o São Paulo, que joga em casa, para ser campeão. Já o Internacional recebe o Corinthians com a obrigação de vencer e a necessidade de um tropeço do clube carioca. (Extra)

FIQUE NO VERDE

Goste ou não, as criptomoedas vieram para ficar. O Bitcoin ultrapassou o patamar de US$ 50 mil e o colocou na 14ª posição das moedas mais comercializadas do mundo, em termos de valor disponível. O ethereum, a segundo mais popular, também vem ganhando espaço e saltou mais de 600% em dólar nos últimos 12 meses e já tem outros 120% de valorização somente este ano. Um dos motivos é que cada vez mais empresas estão entrando na onda. A mais recente é a Mastercard, que vai começar a aceitar criptomoedas como pagamentos, se juntando à Visa e ao Paypal. Outros já buscam criar as suas próprias: a Amazon, como o Facebook, deu pistas de que quer entrar nesse mercado para criar um serviço no qual os clientes convertam seu dinheiro em moeda digital usando os serviços online.

Maya Vujinovic: “Hoje, investidores institucionais, bancos e fundos têm bitcoin na carteira. E isso só tende a aumentar porque as funcionalidades do Bitcoin são muito semelhantes a alguns atributos do ouro. Os governos não estão preparados para uma rede de comércio de quase 3 bilhões de usuários, maior que a população da China e da Índia juntas. Hoje, qualquer banco central no mundo está pensando em desenvolver sua moeda digital, ou mais especificamente uma criptomoeda específica, que deve ser o grande destaque nos próximos anos: a stablecoin. Essas inovações fazem parte de um conceito mais amplo, que deve ser cada vez mais discutido: as DeFis, as finanças descentralizadas. Trata-se da ideia de que as transações financeiras não devem depender de intermediários, como bancos, porque a tecnologia do blockchain, que usa contratos inteligentes para registrar todas essas movimentações, permite descentralizar tudo o que envolve dinheiro”.

Quase oito meses depois de ter o seu serviço de pagamento suspenso, o WhatsApp negocia com o BC se tornar um “iniciador de pagamentos” para liberar a nova funcionalidade. A modalidade criada em outubro de 2020 acaba com intermediários. O WhatsApp já fez o pedido em dezembro, e a expectativa é que o BC dê uma resposta ainda neste semestre. (Estadão)

Para entender melhor… O CDI é um título ofertado apenas entre os bancos. Para manter a liquidez no sistema financeiro, os bancos costumam emprestar dinheiro entre si, com prazo de devolução de 24 horas. Assim, não é possível a pessoa física investir no CDI, mas é importante para o investidor já que essa taxa cobrada entre eles, que tem valor próximo a Selic, regula o mercado de renda fixa. Vários investimentos, como CDB e LCI, costumam ter a rentabilidade atrelada ao CDI. Entenda.

Fonte: Meio

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