27 de Outubro de 2020

VIVER

A NASA anunciou nesta segunda-feira uma descoberta que pode mudar radicalmente a exploração espacial. A Lua tem água – e não só nos polos escuros e gelados ou nas crateras profundas, mas em áreas iluminadas pelo Sol. A conclusão foi tirada a partir de dois estudos diferentes, um deles realizado por um telescópio acoplado a um 474 voando a grande altitude, o Observatório Estratosférico para Astronomia infravermelha (SOFIA na sigla em inglês), e o segundo pela sonda Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, em inglês).

A importância da descoberta é imensa porque a água é fundamental tanto para consumo humano como para irrigação de culturas e produção de combustíveis para naves espaciais. Extrair água de fontes locais, por mais complicado que pareça, torna a exploração espacial mais viável, uma vez que levar um quilo de qualquer material da Terra à Lua custa US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões).

O SOFIA identificou água presa no solo da imensa cratera Clavius, exposta ao Sol e visível da Terra. Moléculas de hidrogênio e oxigênio já haviam sido identificadas antes no local, mas havia a possibilidade de serem grupos de hidroxila (OH). O telescópio do SOFIA captou uma onda infravermelha que só pode ser emitida pela água. A Clavius tem 200 microgramas de água para cada grama de terra. Ou seja, para obter um litro de água, será necessário processar cinco toneladas de solo.

Já a LOR identificou uma área de 40 mil quilômetros quadrados nos polos escuros do satélite onde as baixíssimas temperaturas fazem o gelo se comportar como rochas. Estimativas da própria NASA calculam a presença de um bilhão de litros de água apenas nas armadilhas superficiais, que têm as camadas mais finas de gelo.

Parte dessas descobertas anunciadas ontem vai ser explorada em 2024, quando a Missão Ártemis (irmã de Apolo) levará a primeira mulher à Lua.

Hora da Panelinha no Meio. Em tempos de pandemia, quarentena e home office, a cozinha virou uma válvula de escape para muitas pessoas. Estamos nos dedicando mais à qualidade e ao sabor dos alimentos. Mas nem por isso vamos deixar de lado a praticidade. Ter no congelador o seu próprio refogado de alho e cebola poupa tempo na hora de preparar suas receitas e garante um gostinho caseiro.

CULTURA

Eis que 24 anos após sua morte em consequência da Aids, Renato Russo volta ao noticiário, agora nas páginas de polícia. A partir de denúncia de Giuliano Manfredini, filho do músico, Delegacia de Repressão contra a Propriedade Imaterial do Rio apreendeu supostas 30 versões de músicas gravadas por Renato, mas nunca lançadas oficialmente. Giuliano disse ter descoberto perfis que vendiam o material na internet. Após um ano de investigações, a polícia apreendeu ontem CDs e HDs na casa do pesquisador musical Marcelo Froes, que produziu três álbuns póstumos do líder da Legião Urbana. Froes nega que faça pirataria e diz que fez um levantamento de todo o material produzido pelo músico a pedido da gravadora, dos demais integrantes do grupo e da família do próprio Renato, e que teria devolvido todo o material digitalizado. Ele acha que foi envolvido na investigação por ter contato com integrantes de um fã-clube também acusados de possuir material inédito. O produtor diz ainda que não tem contato com Giuliano há anos, desde que este tomou para si a administração da obra do pai.

Já que a Lua está no centro das atenções, confira esta lista de 50 rocks que tem nossa vizinha como tema, elaborada pela Classic Rock Magazine.

A pandemia da Covid-19 atingiu todos os setores da vida e da economia, mas foi particularmente brutal com as artes. Os museus, por exemplo, fecharam as portas durante as quarentenas e, ao reabrirem, descobriram que o público não apareceu. Em Amsterdã, o Rijksmuseum, que recebia uma média de 10 mil visitantes por dia, estabeleceu um limite de 2.500 pessoas mediante reserva, mas dá sorte quando consegue 800. O mesmo acontece com instituições em toda a Europa, ameaçando a sobrevivência daquelas que não contam prioritariamente com verbas públicas. Mais que o medo do contágio, a ausência de turistas é apontada como grande causa dessa crise. (Folha)

COTIDIANO DIGITAL

O processo antitruste do governo americano contra o Google pode colocar em risco uma das parcerias mais lucrativas — e secretas — do mercado. Segundo o New York Times, é estimado que o Google pague a Apple entre US$ 8 bilhões a US$ 12 bilhões por ano para ser o principal buscador nos seus dispositivos. Esse seria o maior gasto anual individual do Google e corresponde 14% a 21% do lucro anual da Apple. Com o fim do acordo, que já dura 15 anos, o Google, no entanto, é quem mais sairia perdendo: a Apple poderia se ver obrigada a adquirir ou desenvolver seu próprio mecanismo de busca, o que poderia tornar mais difícil o acesso ao Google nos seus dispositivos.

O Facebook é mais uma big tech a entrar no mundo de jogos em nuvem. Porém, diferente das outras, como Amazon e Google, os jogos estarão dentro do próprio app de game do Facebook e não em uma plataforma específica, com uma assinatura. Alguns jogos gratuitos já foram lançados em beta, e inclui, principalmente, títulos para Android, como Asphalt 9 e Mobile Legends: Adventure.

Aliás… Bolsonaro vai reduzir novamente o imposto para o setor de games. Consoles e máquinas de jogos terão o IPI reduzido de 40% para 30%.

ECONOMIA

A pandemia já aumentou a desigualdade de renda no país. Na média das 22 regiões metropolitanas, os 40% mais pobres perderam 32,1% da renda, os 50% intermediários perderam 5,6% e os 10% mais ricos perderam 3,2%, segundo estudo da PUC-RS e do Observatório da Dívida Social na América Latina. Apesar da renda do topo da pirâmide ter caído na média geral, os ricos ficaram mais ricos em nove regiões, como Manaus, Belém, Rio de Janeiro e Florianópolis. Já os mais pobres perderam renda em todas as regiões analisadas. (Folha)

Pois é… 58% dos brasileiros disseram que adiaram as compras por causa da pandemia e temor pelo desemprego, segundo pesquisa do Ibre/FGV. O BC, no entanto, está contando com a poupança das classes média e alta para estimular a economia após fim do auxílio emergencial. No segundo trimestre, a taxa de poupança chegou a 15% do PIB. (Folha)

Mas… Após cinco altas consecutivas, a confiança do comércio caiu 3,8 pontos em outubro, segundo a FGV.

Os gastos com salários e aposentadorias deixam cinco grandes capitais do Brasil sem fôlego para investir. Rio de Janeiro e Porto Alegre já perderam capacidade. E até 2030 a lista aumentará com São Paulo, Recife e Belo Horizonte, segundo estudo do economista Raul Velloso. Para o especialista, um dos motivos, além do aumento de gastos com a pandemia, é a decisão de deixar de fora os Estados e municípios da reforma da Previdência e a demora na tramitação da administrativa. (Globo)

Pois é… Os gastos dos Estados com a folha salarial têm crescido próximo de 5% a 6% ao ano, segundo o secretário do Tesouro, Bruno Funchal. (Valor)

2020 deve se tornar o melhor ano para as startups brasileiras. Entre janeiro e setembro, aconteceram 100 aquisições de startups, segundo a Distrito, que mapeia o setor, superando os anos de 2018 e 2019. O número de aportes em novatas também já é recorde: 322, superando o melhor ano do setor com folga (em 2017, foram 263 investimentos). E o volume total de aportes já está em US$ 2,2 bilhões — 82% do que foi injetado em todo o ano de 2019. (Estadão)

Por falar em startups… A Ant Group deve se tornar o maior IPO da história. A fintech do Alibaba deve levantar, no dia 5 de novembro, quase US$ 35 bilhões com listagem dupla em Shangai e Hong Kong, o que superará o recorde de US$ 29 bilhões levantados em 2019 pela Saudi Aramco. (Financial Times)

A segunda onda de Covid-19 na Europa e o número recorde de casos nos EUA derrubaram as bolsas em meio ao impasse para a aprovação do pacote econômico americano. O Ibovespa fechou em -0,24%, aos 101.017 pontos. E, nos EUA, o S&P 500 ficou em -1,86% e Dow Jones em -2,29%. O dólar caiu para R$ 5,61.

Mais uma vez o receio com o aumento de casos globais de coronavírus levou os índices para baixo. Na Ásia, com exceção do Shanghai, que ficou em +0,10%, o Nikkei japonês fechou -0,04%, o Hang Seng de Hong Kong em -0,53% e o Kospi coreano em -0,56%. Na Europa, pela manhã, o DAX alemão estava em -0,53%, o CAC 40 francês em -1,29% e o FTSE 100 inglês em -0,16%.

Fonte: Meio

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