A geração Z e o fim da gravata

MS, 31 de janeiro de 2022

A Hugo Boss, tradicional marca alemã de ternos bem cortados para os mais ambiciosos jovens executivos, está com um problema: é a chegada da era pós-escritório e uma geração Z que não criou o hábito da gravata. Pois a logo foi redesenhada e a nova publicidade tem rappers americanos, estrelas do K-pop e influenciadores do TikTok. Ainda haverá ternos, agora de materiais reciclados que incluem garrafas PET, mas estão chegando também moletons com capus, casacos no estilo do beisebol, até mesmo bermudas. No mercado, especula-se que o trabalho de rebranding ocorre porque a Hugo Boss está em busca de ser comprada. O CEO Daniel Grieder nega. “Estamos é querendo comprar.” O desafio não é novo. A companhia começou fabricando uniformes nazistas e precisou também se reinventar, algumas tantas décadas atrás.

Estrupo

O britânico Mason Greenwood, jogador do Manchester United, foi preso ontem acusado de estupro e agressão. Aos 20 anos, estrela em ascensão, foi de presto afastado pelo clube. A polícia deteve Greenwood após a vítima fazer a denúncia em vídeo pelos stories do Instagram.

Politica

O presidente Jair Bolsonaro descumpriu a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, e não se apresentou sexta-feira para depoimento na Polícia Federal. A Advocacia-Geral da União garante que o presidente da República tinha o direito de não cumprir a ordem e pediu a Moraes que levasse a decisão ao plenário do STF. O ministro negou o pedido. Há um impasse criado.

Então… Se dependesse do ministro Augusto Heleno, conta Guilherme Amado, Bolsonaro deveria ter “explodido” o STF. O depoimento seria no âmbito do inquérito que investiga o presidente por ter vazado, em agosto de 2021, um documento supostamente sigiloso, sobre a investigação da PF que apura um ataque hacker ao TSE.

Salário

O ex-juiz Sergio Moro tornou público seu salário na consultoria Alvarez & Marsal — US$ 45 mil por mês, além de um bônus no ato da contratação de US$ 150 mil. A prática é comum no mercado de altos executivos. Ao todo, segundo a consultoria, o ex-ministro da Justiça recebeu brutos US$ 656 mil por doze meses de trabalho. É o equivalente aproximado a R$ 3,5 milhões. Deste total, 65% foi recebido no Brasil e, o restante, nos EUA.

Centro

Pois é… O governador paulista João Doria (PSDB) defendeu em live que o grupo de candidatos que ele classificou como ‘centro democrático liberal-social’ lance um só candidato à sucessão de Jair Bolsonaro. Doria listou como parte do conjunto o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O tucano acredita que este afunilamento deverá ocorrer entre junho e julho. Ao menos por enquanto, dentre estes, é Moro quem está na frente das pesquisas.

Bolsonarista

Apontado como ‘o mais bolsonarista’ entre os comandantes das Forças Armadas, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, chefe da FAB, rejeita o rótulo, que atribui a sua atuação em redes sociais. Em entrevista, ele criticou a divisão da sociedade, “muito polarizada e radical”, mas disse que a política não entrará nos quartéis e que a Aeronáutica prestará continência a Lula ou qualquer outro que seja eleito. “Nós somos poder do Estado brasileiro. Prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre.”

PORTUGAL

O Partido Socialista ganhou de forma contundente as eleições legislativas portuguesas. Com a apuração concluída no país — faltavam apenas os parcos no exterior —, o PS conquistou 41,68% dos votos, o equivalente a 117 deputados, um além do necessário para a maioria absoluta do Parlamento. Se desejar, no sistema semipresidencialista luso, pode governar sem a necessidade de alianças. O premiê António Costa será reconduzido ao comando político do país. O Partido Social Democrata alcançou 27,8% dos votos e o Chega!, de extrema-direita, dobrou sua votação anterior e é a terceira força do país, com 7,15%. O quarto colocado, com 4,98% dos votos, é o também jovem Iniciativa Liberal, que saltou de uma para oito cadeiras.

“António Costa, eu vou atrás de ti agora”, afirmou em seu discurso o jovem Bolsonaro português, André Ventura. “A direita não soube estar à altura das suas responsabilidades”, ele ainda se queixou. O Partido Social Democrata, lá, é de centro-direita, e durante a campanha se recusou a fazer qualquer tipo de concessão aos radicais de seu flanco. “Passaram o tempo a dizer que com o Chega não, e o resultado está à vista: Com o Chega sim.”

Rússia

Enquanto Jair Bolsonaro fala de visitar a Rússia, o premiê britânico Boris Johnson, também com problemas internos de imagem, faz planos de aparecer na Ucrânia. O Senado americano, de sua parte, planeja aprovar a ‘mãe de todas as sanções’ contra Moscou. Tanto republicanos quanto democratas aprovam a ideia de trabalhar para “devastar a economia russa”, nas palavras do senador Bob Menendez, que preside o comitê de relações internacionais. As medidas se dariam em caso de invasão pela Rússia do país vizinho. A Ucrânia, aliás, que vinha se portando de maneira incrivelmente fria, mudou o tom no domingo. “Se as autoridades russas estiverem falando a verdade quando manifestam não desejar guerra”, afirmou o chanceler ucraniano, “deveriam retirar suas tropas de nossas fronteiras.”

 

fonte canal meio  e blog do bosco

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