Vacina Covaxin saltou 50%

Mato Grosso do Sul, 6 de julho de 2021

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu dez dias para que o Ministério da Saúde explique por que o preço da vacina indiana Covaxin saltou 50%, de US$ 10 para US$ 15 por dose entre a primeira negociação e o fechamento do contrato. O ministério também não respondeu ainda se foi feita pesquisa de preços antes que fosse firmado o acordo, intermediado pela Precisa Medicamentos, cujo dono é investigado em denúncias de fraudes. O chefe do setor de importações do ministério, Luis Ricardo Fernandes Miranda, disse ter sido pressionado a acelerar a aprovação do contrato.

“Um rolo” de Barros

O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu prazo de cinco dias para que a CPI explique por que foi adiado o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Na comissão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo Miranda, disse ter levado a Jair Bolsonaro as denúncias de irregularidades na compra da Covaxin e que o presidente comentara que era “um rolo” de Barros. O líder do governo afirma que, ao adiar seu depoimento, a CPI cerceia seu direito de defesa.

Religiosidade

E há uma nova denúncia envolvendo a intermediação da Davati Medical Supply na suposta compra de doses da AstraZeneca. A negociação em nome do Ministério da Saúde estava sendo conduzida por uma entidade religiosa sem qualquer ligação com a pasta. A Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que não é um órgão do governo, tem como presidente o reverendo Amilton Gomes de Paula, que aparece em diversos e-mails trocados entre o ministério e a Davati.

Gravação

E por falar… Numa gravação de março, o cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati, disse que Bolsonaro sabia das negociações para a compra de vacinas com intermediação. A mensagem estava em seu celular, apreendido pela CPI.

Primeira Dama

E o STF formou maioria para arquivar o pedido de investigação do depósito por Fabrício Queiroz de cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seis ministros seguiram o parecer da PGR de que não há “lastro probatório mínimo” ligando os cheques ao presidente, não cabendo ao Supremo analisar o caso.

Pesquisa CNT

A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro atingiu seu maior nível, chegando a 63%, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). No levantamento anterior, em fevereiro, ele era reprovado por 51%. A aprovação caiu de 44% em fevereiro para 34% agora. A avaliação do governo como um todo também piorou. Os que consideram a administração ruim ou péssima foram de 36% para 48%, enquanto os que a consideram ótima ou boa foram de 30% para 23%, e regular de 33% para 28%.

Vacina

Em mais uma prova da importância da vacinação, a cidade paulista de Botucatu viu o número de casos de Covid-19 cair 81% três semanas depois de uma imunização em massa experimental com a vacina de Oxford/AstraZeneca. Cerca de 82% dos moradores já receberam a primeira dose. Outro número importante foi a redução de 46% no número de internações pela doença, afastando o risco de colapso no sistema de saúde.

Variante delta

E mesmo com imunização, a variante delta continua a assustar. Por conta dela, a eficácia da vacina da Pfizer em Israel caiu de 91,2% para 64% desde março. Nos casos mais graves, porém, o imunizante continua com eficácia acima de 90%.

ECONOMIA

O auxílio emergencial foi prorrogado por mais três meses. O benefício acabaria em julho, mas agora irá até outubro. No entanto, o governo não anunciou se os valores serão mantidos. Atualmente prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375.

Pois é… A disparada no preço de itens essenciais, como alimentos e energia, vai derrubar em 17,7% o poder de compra das classes D e E, segundo a Tendências Consultoria. Esse grupo representa mais da metade das famílias brasileiras, cuja renda é de até R$ 2.700. Enquanto do outro lado, o poder de compra da classe A terá uma alta de 3%. Para a economista Zeina Latif, apesar de projeções menores para a inflação de 2022, os alimentos vão continuar subindo, os juros estarão mais altos e deve haver recomposição dos valores dos aluguéis, que foram renegociados para baixo ou não tiveram reajuste.

Então… Isso significa menos dinheiro no bolso dos brasileiros, às vésperas das eleições. Com a popularidade em baixa, Bolsonaro planeja implementar ações que gerem apelo popular e deem impulso para sua tentativa de reeleição. Mas, por falta de espaço no Orçamento, Paulo Guedes já pediu que o presidente escolha sobre o que quer priorizar: o novo Bolsa Família, reajuste dos salários de servidores ou obras.

fonte Canal Meio, blog do bosco

 

 

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