24 de Fevereiro de 2021

Você entra em uma loja (real ou virtual) e compra um tênis. Ao fechar a venda, o sistema da loja manda um sinal para a distribuidora, que avisa o fabricante. A fábrica avisa o fornecedor de cadarços que vai precisar de mais. O fornecedor despacha os cadarços, o fabricante produz um novo tênis que logo é reposto na prateleira da loja. Tudo será feito por software, robôs e veículos autônomos, sem contato manual. Aos executivos da empresa caberá a tarefa de analisar o mapa gerado em tempo real pelas vendas de milhares de tênis, identificar tendências e tomar decisões. Além de conectar os diversos agentes da cadeia produtiva, a Indústria 4.0 alavancada pela Internet das Coisas e a conexão 5G vai gerar enormes ganhos de produtividade. Máquinas irão se auto diagnosticar e prever possíveis falhas; componentes e peças serão rastreados o tempo todo, recursos como água e eletricidade serão melhor geridos. No novo artigo sobre como o 5G muda tudo, o jornalista Heinar Maracy conta o impacto na indústria. Está lá.

VIVER

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu ontem o registro definitivo à vacina contra Covid-19 produzida em parceria pela americana Pfizer e a alemã BioNTech. O documento, concedido após 17 dias de análise, permite que o imunizante seja aplicado em qualquer maior de 16 anos, independentemente da ordem de prioridades do Ministério da Saúde, e importado por empresas privadas, embora o laboratório diga que só vai negociar com governos. O problema é que a única vacina com registro definitivo não está disponível no Brasil.

Para especialistas, o registro da vacina da Pfizer terá pouco impacto no curto prazo, uma vez que ainda não há acordo entre o governo brasileiro e o laboratório. O presidente, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, criticam principalmente a exigência de isenção de responsabilidade da empresa em relação a possíveis efeitos colaterais do imunizante.

Enquanto isso, a Câmara aprovou uma MP que permite ao governo importar vacinas que ainda não tenham sido aprovadas pela Anvisa, desde que tenham passado pelo crivo de autoridades sanitárias internacionais, como o FDA dos EUA e o Ministério da Saúde russo. Isso afeta diretamente a indiana Covaxin e a russa Sputnik V. Pertinho dali, o STF formou maioria mantendo liminar do ministro Ricardo Lewandowski que dá a estados e municípios o direito de comprar e aplicar vacinas se a União não cumprir o Plano Nacional de Imunização ou faltem imunizantes. Pela liminar, a Anvisa tem 72 horas para avaliar o uso emergencial.

Mesmo sem a conclusão do julgamento no Supremo, governadores e prefeitos já se articulam para retomar negociações com fornecedores internacionais.

E o Brasil se aproxima de 250 mil mortos pela Covid-19. Na terça-feira foram registrados 1.370 óbitos, elevando o total a 248.646. A média móvel em uma semana está acima de mil mortes há 34 dias, o maior período desde o início da pandemia.

Mônica Bergamo: “A Fiocruz desenvolveu um teste de RT-PCR que consegue detectar as novas variantesdo coronavírus em tempo real. Ele consegue identificar mutações comuns às novas cepas de Manaus, da África do Sul e do Reino Unido.”

Uma das maiores lendas do golfe, o americano Tiger Woods, de 45 anos, teve hastes, placas e pinos de metal implantados nas pernas após sofrer um grave acidente de carro. Woods precisou ser retirado das ferragens por socorristas e foi operado de emergência. Segundo fontes da polícia, ele estava em alta velocidade e perdeu o controle do carro, que capotou várias vezes e foi parar a 30 metros da rodovia. De acordo com o boletim médico, Wood está consciente e se recuperando.

COTIDIANO DIGITAL

O Spotify anunciou um marketplace de anúncios de áudio. O Spotify Audience Network vai ser lançado nos próximos meses e permitirá que anunciantes criem propagandas para veicular nos podcasts. A empresa espera que a iniciativa seja um “divisor de águas” no mercado, com funcionalidades semelhantes às disponíveis para anunciantes no Google e Facebook — possibilitará veicular, em grande escala, anúncios de áudio digital direcionados, com base em demográficos, como gênero, idade e localização.

Pois é… Todo esse movimento é porque o mercado do áudio veio para ficar. No Brasil, o número de pessoas que escutam podcast regularmente aumentou 33%: já são 28 milhões de brasileiros. Ainda 40% dos consumidores por aqui já utilizam assistentes de voz para fazer buscas na internet, segundo a Adventures. E a tendência é que até 2023, parte significativa dos consumidores globais realizem compras por meio de assistentes virtuais

CULTURA

“Eu fui mais o último dos boêmios que o primeiro dos beats.” Era assim que o poeta e editor americano Lawrence Ferlinghetti, que morreu na noite de segunda-feira, aos 101 anos, gostava de se definir. Não era um beat, mas foi de importância crucial para o movimento. Em 1956, a City Lights Booksellers & Publishers, sua editora/livraria, publicou Howl (Uivo), do guru beatnik Allen Ginsberg. O tom revolucionário, provocador e irreverente da obra fez com que Ferlinghetti fosse preso e processado por “publicar textos indecentes”, acusação da qual foi absolvido. Ele mesmo era polêmico. Em 1958, seu poema Sometime During Eternity (Em Algum Momento Durante a Eternidade) foi acusado de blasfêmia. O que não impediu (ou até estimulou) que o livro onde estava incluído, A Coney Island of the Mind, tenha se tornado o livro de poesias mais vendido da História dos EUA. A morte de Ferlinghetti por problemas pulmonares encerra uma era, mas a arte dele ainda vai inspirar gerações.

O ex-presidente dos EUA Barack Obama e o astro Bruce Springsteen, amigos de longa data, agora dividem um podcastRenegades: Born in the USA, que já tem dois dos seis episódios disponíveis no Spotify, é o resultado de uma série de conversas gravadas entre julho e dezembro do ano passado e trata de temas como racismo, paternidade e a polarização política nos EUA.

Cerca de R$ 5 milhões, esse é o prejuízo que Karol Conká sofreu, na estimativa de especialistas, com a perda de contratos devido a sua performance no Big Brother Brasil 21. A rapper curitibana foi eliminada na noite de ontem sob uma rejeição recorde de 99,17% e terá pela frente o trabalho de reconstruir sua imagem junto ao público.

Fonte: Meio

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