Protestos em Cuba marcam o fim de uma era?

Mato Grosso do Sul, 12 de julho de 2021

 As redes sociais chegaram a Cuba e com ela centenas de manifestantes  cubanos foram às ruas de Havana e de outras cidades de Cuba  protestar contra o governo. Organizados pelas mídias eletrônicas , os atos foram motivados pelo agravamento da pandemia de Covid-19 e pela crise econômica provocada por ela, afetando principalmente o turismo, umas das principais fontes de renda do país.  O novo plano econômico de Cuba que entrou  em vigor em 2021 e visava  aumentar  salários, permitir a circulação do dólar e favorecer  investimento estrangeiro parece não ter sucesso. A reforma denominada de   “Tarefa de Ordenamento” buscava  reativar a economia cubana, que havia retrocedido  11% em 2020.

O presidente de Cuba Miguel Díaz Canel anunciou  então o novo plano econômico, que incluiu  unificação monetária, maior abertura para investimento estrangeiro e liberação da circulação do dólar na ilha.

A partir de 1º de janeiro o peso conversível (CUC), criado em 1994, para controlar a circulação do dólar dentro da ilha, deixou  de existir. Os produtos e serviços podem  ser vendidos em pesos cubanos (CUP) ou em moedas estrangeiras, e o câmbio foi  fixado em 24 pesos equivalentes a um dólar estadunidense

As medidas buscavam driblar as dificuldades geradas pelo bloqueio econômico imposto desde 1961 pelos Estados Unidos, com um prejuízo acumulado estimado em US$ 1,98 trillhão, além de distribuir melhor os recursos disponíveis.

A nação caribenha encerrou  o ano de 2020  com uma retração de 11% do PIB. Com a reforma, a expectativa era  recuperar um crescimento de 7% no final de 2021.

A unificação monetária gerou  uma desvalorização de 2.300% da moeda, já que atualmente o setor empresarial pode acessar os dólares à taxa de câmbio de 1 CUC = US$1.

O presidente Miguel Díaz-Canel adotou a retórica tradicional do governo, acusando os manifestantes de serem “contrarrevolucionários” financiados pelos EUA e conclamando os integrantes do Partido Comunista a enfrentá-los.

“A ordem de combate está dada: às ruas os revolucionários”, disse Díaz-Canel em um discurso transmitido pela televisão, no qual acusou “a máfia cubano-americana” de estar por trás do levante.

“Convocamos todos os revolucionários do país, os comunistas, a tomarem as ruas onde quer que essas provocações ocorram, de agora em diante e em todos estes dias. E enfrentá-las com decisão, com firmeza, com coragem”, acrescentou.

Ao anoitecer, vários grupos de simpatizantes do governo se reuniram em diferentes partes da capital para preparar a contra-manifestação, verificou a AFP.

 

Prisão do mandante

O governo haitiano anunciou a prisão de Charles Emmanuel Sanon, de 63 anos, suspeito de ter ordenado o assassinato do presidente Jovenel Moïse, no dia 7. Sanon é médico e vive na Flórida.

Brasil confronto

O clima de confronto entre o Executivo e, do outro lado, Legislativo e Judiciário não arrefeceu ao longo do fim de semana. Após Bolsonaro questionar a realização das eleições no ano que vem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não aceitaria retrocessos à democracia e classificou como “inimigo da nação” quem tentasse algo nesse sentido. Repetidamente ofendido por Bolsonaro, o presidente do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, afirmou que tentativas de impedir as eleições seriam crime de responsabilidade. Até o deputado Arthur Lira (PP-AM), presidente da Câmara e aliado do governo, acabou criticando manifestações políticas de militares e “intentos antidemocráticos”, após tentar colocar panos quentes na crise.

Covardia

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), criticou neste domingo a demora da CPI em convocá-lo para depor. “Meu nome já foi citado 96 vezes na CPI. Todos os depoentes me isentaram. O dono da Precisa já disse que não me encontra há 3 anos. Reafirmo que não participei das negociações da Covaxin. Por que a CPI só me ataca e não me dá direito à defesa?! Isso tem nome: COVARDIA”

Ajustou o discurso 

Virtual indicado à vaga aberta no STF com a aposentadoria hoje de Marco Aurélio, o advogado-geral terrivelmente evangélico da União, André Mendonça, ajustou o discurso para agradar os senadores, a quem cabe aprovar a indicação. Critica a Lava-Jato e promete não “criminalizar a política”. Em campanha, Mendonça apelou até ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), visto como inimigo pelo governo

Futebol

Apesar dos poucos gols, o jogo entre Inglaterra e Itália pela final da Eurocopa foi eletrizante. Após um empate de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, os italianos venceram a disputa de pênaltis por 3 a 2, calando a torcida que lotava o estádio de Wembley. É o segundo título italiano na competição e marca o renascimento do futebol no país, após a Itália sequer ter se classificado para a Copa da Rússia.

Argentina

E a Argentina quebrou o jejum de 28 anos sem títulos ao conquistar a Copa América no sábado. Diante de 5 mil convidados, a equipe de Messi venceu o Brasil por 1 a 0, em pleno Maracanã, com um gol de Di Maria.

fonte Canal Meio e Blog do Bosco

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