Manoel de Barros, o eterno poeta
Reportagem publicada no site Alô Caarapó em 18 de agosto de 2013.
Por Bosco Martins*
Ele reinventou a poesia e foi aclamado pela crítica e por colegas como Carlos Drummond; agora, o poeta das novas palavras manda notícias
Manoel de Barros vive em uma casa do centro de Campo Grande com a mulher, Stella. Aos 96 anos (já conta os 97) considera “um privilégio” ter chegado a esta altura, sem nunca precisar agradar ou bajular ninguém. Por conta da idade, Poeta diminuiu muito a sua produção. A idade trouxe ainda outros dissabores, como uma maior dificuldade para andar e a lentidão para escrever, agora, segundo ele, já em ritmo “baticum gererê”.
O poeta faz poesia, a lápis (ou com uma bic), usando a mão esquerda possui alguns dedos “adormecidos”. Mantém sua letra miúda e justifica: “Não