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Manoel de Barros: Três momentos com um gênio

Manoel de Barros: Três momentos com um gênio

Manoel de Barros
Entrevista publicada na edição 117 de Caros Amigos, em 2008, uma das raras vezes em que o poeta recebeu jornalistas em sua casa – em geral, preferia responder às entrevistas por escrito. Por Bosco Martins, Cláudia Trimarco e Douglas Diegues “Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens” O mito se encontrava apoiado na balaustrada da embarcação, olhando andorinhas que se dirigiam ao pôr-do-sol. A cena se passa na década de 40 e o encontro se deu num barco no “mar paraguaio” do Pantanal sul-mato-grossense. Transbordando encantamento, o rapaz franzino se aproxima do grande escritor, que todo aristocrático se abanava num leque. “Andorinhas encurtam o dia.” Ao fazer o verso de improviso, iniciou-se naquele momento a amizade entre o poeta e o seu mito. As semelhanças entre Guimarã
Manoel de Barros: O inventor da língua de brincar

Manoel de Barros: O inventor da língua de brincar

Manoel de Barros
Trechos da reportagem publicada originalmente no site da Revista Caros Amigos, em 23 de dezembro de 2014, por Bosco Martins “Sou um cara que ama brincar com palavras. Eu me criei no mato moda ave. O lugar onde me criei tinha só árvore, água e passarinhos. O lugar me inventou para fazer brinquedos. palavras, eu batizava elas a meu gosto. Sou hoje um cidadão, inventor da língua de brincar. E me comunico em livros na língua de brincar. Não há nisso metafísica?” Assim Manoel de Barros gostaria de ser lembrado. Em 19 de dezembro Manoel completaria 98 anos!! Pouco mais de um mês antes, em 13 de novembro, ele se foi. Virou passarinho, como disse uma de suas netas. O Pantanal, lugar em que Manoel de Barros inspirou a sua poesia, não vestiu luto. Bernardo, seu inesquecível personagem/amigo, nã
A “Caros Amigos” traz a poesia de Manoel de Barros (parte 2)

A “Caros Amigos” traz a poesia de Manoel de Barros (parte 2)

Manoel de Barros
Entrevista realizada por Bosco Martins para a Revista Caros Amigos, ano XII, número 141, dezembro de 2008, e publicada em partes no site www.overmundo.com.br/overblog  em 22 de dezembro de 2008. Testamento - O último poema Maior poeta em atividade no país revela ao jornalista Bosco Martins que pode ter escrito seu último livro "Eu sou cuiabano de chapa e cruz. Mas fui criado no Pantanal de Corumbá, no chão de acampamentos, a ver meu pai fazendo cercas. Conheci as boas coisas do chão. Hoje o meu olhar é ajoelhado no chão a ver os caracóis da terra, as rãs das águas, os lagartos das pedras." É assim que se define Manoel de Barros, aos 92 anos ( completa em 19 de dezembro), sem dizer que é um dos maiores poetas contemporâneos e um dos poucos a a integrar o seleto grupo dos que já vender
A “Caros Amigos” traz a poesia de Manoel de Barros

A “Caros Amigos” traz a poesia de Manoel de Barros

Manoel de Barros
Entrevista realizada por Bosco Martins para a Revista Caros Amigos, ano XII, número 141, dezembro de 2008, e publicada em partes no site www.overmundo.com.br/overblog em 16 de dezembro de 2008. Uma entrevista exclusiva com o autor de Memórias Inventadas - A Terceira Infância- e maior vendedor de livros de poesia do País. Imperdível. Lançada no mercado de publicações, por um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros, Sergio de Souza ( que partiu este ano), a revista Caros Amigos sempre circulou, nestes 11 anos, sob um ponto de vista original e diferenciado. Neste final de ano presenteia seus leitores e fãs, trazendo uma entrevista exclusiva com o poeta pantaneiro: Manoel de Barros. Reza a lenda, que cada vez mais arredio à imprensa ( perdeu um filho recente) e avesso a entrevistas, à
Aos noventa anos Manoel de Barros se considera um songo

Aos noventa anos Manoel de Barros se considera um songo

Manoel de Barros
Especial para a Revista Caros Amigos Ano X, Número 117, Dezembro de 2006, por Bosco Martins “Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens”. O poeta Manoel de Barros, que faz aniversário em 19 de dezembro, nos presenteia com um poema inédito, em que se considera um songo. O poeta fala ainda sobre mitos, seu amor por Stella, companheira há sessenta anos e vanguarda primitiva. O mito se encontrava apoiado na balaustrada da embarcação, olhando andorinhas que se dirigiam ao pôr-do-sol. A cena se passa na década de 40 e o encontro se deu num barco no “mar paraguaio” do pantanal sul-mato-grossense. Transbordando encantamento, o rapaz franzino se aproxima do grande escritor, que todo aristocrático, se abanava num leque. “Andorinhas encurtam o dia”. Ao fazer o verso de improviso, ini