DIANTE DO ESPELHO
Vês, espelho, este espectro de homem,
Que diante de ti se encontra, e por ora
(refletes?
Já foi feliz outrora.
Mas o tempo,
A vida acabou por deixa-lo assim.
O tempo este impiedoso juiz que condena a
(todos sem tribunal.
Tirou-lhes o sorriso dos lábios
Ensinou-lhe a dor imensa de uma saudade
Deu-lhe um sorriso triste e a frieza no olhar,
E foi com o tempo que ele aprendeu a desconfiar.
O tempo trouxe-lhe muita experiência,
O tempo fê-lo sentir muitas coisas.
Também foi o tempo que o fez perceber:
Na presença, a ausência
Na carne, o pecado
No político, o safado
No presente, o passado
Na dor, o amor
Na semente, a flor...
Bandeira eu nunca tive
Porque vontade de carregar,
Estes falsos mastros,
Que por aí apregoam,
Sempre me faltaram.
Pela estrada da vida de