Tag: Manuel Bandeira

Andorinha

Andorinha

Poético
Andorinha lá fora está dizendo: -Passei o dia à toa, à toa. Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste! -Passei a vida à toa, à toa. Por Manuel Bandeira Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", com pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, que divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 7, onde o poeta e jornalista Bosco Martins declama poemas de sua autoria e de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Astor Piazzolla, Vinicius de Moraes, Manoel de Barros e Antônio Maria. Nesta pílula, Bosco Martins recita "Andorinha", de Manuel Bandeira: ? Ficha técnica: Apresentação: Fernanda Guedes. Declamação: Bosc
Velha Chácara

Velha Chácara

Poético
A casa era por aqui... Onde? Procuro-a e não acho. Ouço uma voz que esqueci: É a voz deste mesmo riacho. Ah quanto tempo passou! (Foram mais de cinquenta anos.) Tantos que a morte levou! (E a vida... nos desenganos...) A usura fez tábua rasa Da velha chácara triste: Não existe mais a casa... - Mas o menino ainda existe. Por Manuel Bandeira Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", com pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, que divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 6, onde o poeta e jornalista Bosco Martins declama poemas de sua autoria e de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Astor Piazzolla, Vinic
Estrela da Manhã

Estrela da Manhã

Poético
Eu quero a estrela da manhã Onde está a estrela da manhã? Meus amigos meus inimigos Procurem a estrela da manhã Ela desapareceu ia nua Desapareceu com quem? Procurem por toda a parte Digam que sou um homem sem orgulho Um homem que aceita tudo Que me importa? Eu quero a estrela da manhã Três dias e três noites Fui assassino e suicida Ladrão, pulha, falsário Virgem mal-sexuada Atribuladora dos aflitos Girafa de duas cabeças Pecai por todos pecai com todos Pecai com os malandros Pecai com os sargentos Pecai com os fuzileiros navais Pecai de todas as maneiras Com os gregos e com os troianos Com o padre e com o sacristão Com o leproso de Pouso Alto Depois comigo Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas comerei terra e direi coisas de uma ternura tão si
Desencanto

Desencanto

Poético
Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. - Eu faço versos como quem morre. Por Manuel Bandeira Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, que divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 4, onde o poeta e jornalista Bosco Martins declama poemas de sua autori
Epígrafe

Epígrafe

Poético
Sou bem-nascido. Menino, Fui, como os demais, feliz. Depois, veio o mau destino E fez de mim o que quis. Veio o mau gênio da vida, Rompeu em meu coração. Levou tudo de vencida, Rugiu como um furação. Turbou, partiu, abateu, Queimou sem razão nem dó – Ah, que dor! Magoado e só, -Só! – meu coração ardeu: Ardeu em gritos dementes Na sua paixão sombria… E dessas horas ardentes Ficou esta cinza fria. -Esta pouca cinza fria. Por Manuel Bandeira Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, que divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 3, onde o poeta e jornalista Bosco Martins
Porquinho-da-índia

Porquinho-da-índia

Poético
Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . . — O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. Por Manuel Bandeira Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Sempre, com Bosco Martins", pós-produção/texto e edição de Allison Ishy e pós-produção/edição de vinhetas e pílulas de Roque Martins, divulga o Documento Regional – Raridades com o programa Poesia Total I e II, pílula 2, onde o poeta e jornalista Bosco Martins declama poemas de sua autoria e de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira,
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Poético
Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe - d’água. Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vont
DEVOLVAM MINHA BANDEIRA

DEVOLVAM MINHA BANDEIRA

Poético
a Manuel Bandeira Quem roubou minha bandeira? Quem roubou o meu Bandeira? Hoje quando fui alimentar minha alma Não encontrei o meu Bandeira Fiquei impaciente e perdi a calma. Cadê minha bandeira, o Bandeira? Quem roubou minha bandeira? Não a bandeira pedaço de pano Hasteado num pau Não bandeira da corporação Não bandeira do partido E muito menos o distintivo da nação! Devolvam o meu Bandeira, Ele é meu afinal Devolvam-no por bem Ou então terá que ser por mal. Não o bandeira, tamanduá Cuja cauda se parece com uma bandeirola Nem o cata-vento metálico no alto das torres Muito menos a bandeira ensinada na escola! Eu quero minha bandeira, o Bandeira. Quem roubou o meu Bandeira? Não a bandeira da expedição Não o estandarte Nem a passeata religiosa Tampou
MPMS lança prêmio de jornalismo em homenagem a Jorge Góes

MPMS lança prêmio de jornalismo em homenagem a Jorge Góes

BM acervo
Jornalista marcou história em MS e implantou a Assessoria de Comunicação do MPMS O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), através do procurador geral de justiça Paulo Cesar Passos, lançou na manhã desta quarta (28) o 1° “Prêmio Jorge Góes de Jornalismo”, que vai contemplar os melhores trabalhos jornalísticos de MS que tratam da atuação do MP no estado em defesa dos interesses da sociedade. Relembrando Jorge Góes, o prêmio do MPMS é também uma homenagem ao jornalista que marcou história em Mato Grosso do Sul. “Um profissional exemplar, o MP é devedor de seu trabalho. Instituiu a Comunicação do MPMS e possibilitou um canal de diálogo com a sociedade, prestando contas da atuação da instituição”, lembrou Paulo Cesar durante o lançamento. “Estamos abertos para mostrar a nossa atua