Tag: Newsletter

Newsletter – 17 de Fevereiro de 2020

Newsletter – 17 de Fevereiro de 2020

ABRAJI
Uma semana de ataques à liberdade de imprensa Um presidente que dá 'banana' aos jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada. Um deputado, também da família presidencial, que endossa ataques a uma jornalista. Uma rede de desinformação nas redes sociais que amplifica o linchamento virtual. Uma polícia que vigia e detém jornalistas durante investigação. 12 tiros perto da fronteira com o Paraguai. Mais um jornalista morto. Esta edição da newsletter traz um compilado dos ataques à liberdade de expressão e de imprensa ocorridos na última semana, mas também mostra conquistas que têm origem na organização da sociedade civil e no trabalho íntegro de jornalistas brasileiros. Confira. Léo Veras é assassinado no Paraguai Jornalista brasileiro foi assassinado com 12 tir

17 Fev 2020

cONectado
Bolsonaro esvazia olavismo no Planalto Discretamente, o presidente Jair Bolsonaro fez publicar, no Diário Oficial da sexta-feira, um decreto no qual esvaziou por completo os poderes de Filipe Martins, seu assessor especial. Jovem ainda, aos 31 anos, Filipe era o aluno do escritor Olavo de Carvalho mais próximo do presidente, e de longe o nome mais influente em política externa. A indicação do chanceler Ernesto Araújo, a política de busca de intimidade com o presidente americano Donald Trump, assim como a ideia de tornar o deputado Eduardo Bolsonaro embaixador em Washington, estão na sua conta. Filipe, agora, responde ao almirante Flávio Augusto Viana Rocha, novo responsável pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. Na prática, o olavismo teve seu espaço no Palácio diminuído. Mas continua

14 Fev 2020

cONectado
Número de homicídios cai 19% O número de vítimas de crimes violentos seguidos de morte, no Brasil, caiu 19% em 2019, quando comparado ao ano anterior. Foram, de acordo com levantamento do G1, 41.635 assassinatos contra 51.558, em 2018 — quase dez mil mortes a menos. É, aliás, o menor número da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que monitora os casos desde 2007. Há alguns motivos para a queda. De acordo com Bruno Paes Manso, especialista do NEV-USP, um rearranjo interno dos grupos envolvidos no mercado de drogas diminuiu o número de conflitos. Além disto, as ameaças de transferência para presídios federais faz com que chefes de facções presos amenizem sua atividade. E há a influência particular das políticas públicas de São Paulo, Paraíba, Espírito Santo e Distrito F

13 Fev 2020

cONectado
Onyx cai e Bolsonaro se cerca de generais Caiu mais um dos ministros palacianos que começaram o governo com o presidente Jair Bolsonaro. Ontem, após um longo processo de fritura, o chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni foi comunicado de que seria substituído. Assume seu lugar o general Walter Braga Netto, da ativa, atual Chefe do Estado-Maior do Exército e responsável pela intervenção militar no Rio durante o governo Temer. Agora, todos os ministros que trabalham no Planalto têm origem militar. A nova linha agrada Bolsonaro, que quer evitar pretensões eleitorais em sua antessala. Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, chegou a ser convidado, mas recusou. Enquanto isso, Onyx deve assumir o Ministério da Cidadania, hoje comandado por Osmar Terra. A saída do ex-C

12 Fev 2020

cONectado
Funcionário de agência contratada por políticos mente em CPMI Hans River, ex-funcionário de uma agência que faz disparos em massa por WhatsApp, depôs ontem perante a CPMI das Fake News no Congresso — e surpreendeu. Ele havia sido convocado pelo deputado petista Rui Falcão, por conta de ter falado à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha, a respeito das práticas desta indústria durante as eleições. River negou tudo o que havia dito e acusou a repórter. “Quando deixei claro que não fazia parte do meu interesse, a pessoa querer um determinado tipo de matéria a troco de sexo, que não era a minha intenção.” A deixa foi usada pelo deputado Eduardo Bolsonaro. “Eu não duvido que a jornalista possa ter se insinuado sexualmente em troca de informações.” Hans River afirmou, ainda, que nunca pres

11 Fev 2020

cONectado
Chuvas transformam São Paulo em caos Uma tempestade que teve início na noite de domingo, e não foi interrompida por boa parte da segunda-feira, deixou prejuízos que podem ultrapassar R$ 140 milhões na capital paulista. Movimento em restaurantes caiu, lojas permaneceram fechadas em vários pontos da cidade e muitas empresas sequer abriram suas portas. As chuvas devem continuar até a quarta-feira, 12, embora bem mais fracas. (Folha) Desde 2015, as administrações de Fernando Haddad, João Doria e Bruno Covas planejaram gastar R$ 3,8 bilhões em intervenções no sistema fluvial de São Paulo. Mas investiram apenas R$ 1,1 bilhão. (Estadão) O dado fundamental: São Paulo teve o equivalente a três ‘chuvas da década’ nos últimos quatro anos. As chuvas de ontem bateram as de janeiro de 2017 e junho de
Newsletter – 10 de Fevereiro de 2020

Newsletter – 10 de Fevereiro de 2020

ABRAJI
Resposta da Justiça Federal sobre acusação contra Greenwald mantém criminalização da atividade jornalística A medida, apesar de positiva, é frágil. No texto do despacho, o juiz Ricardo Augusto Leite não só concorda com a denúncia do MPF, como também embasa sua argumentação com suposições sobre investigações que nunca existiram. É preciso que a denúncia seja rejeitada definitivamente. Confira a nota da Abraji. Leia mais Abraji tem nova gerente executiva Esta edição da newsletter da Abraji também dá as boas-vindas à Maria Cleidejane Esperidião, nova gerente executiva; e deixa o fraterno agradecimento à Marina Atoji, que nos acompanhou por oito anos e agora se soma à Transparência Brasil. Curso gratuito sobre cobertura do trabalho e

10 Fev 2020

cONectado
Ex-PM suspeito em Caso Marielle é morto pela polícia baiana Adriano Magalhães da Nóbrega, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da PMRJ, foi morto após troca de tiros com a polícia em Esplanada, no interior baiano. Adriano era suspeito de comandar o Escritório do Crime, a milícia da comunidade de Rio das Pedras, no Rio. Era também ligado à família do presidente Jair Bolsonaro — sua mãe e ex-mulher trabalharam no gabinete da Assembleia Legislativa de Flávio, o filho Zero Um. Nóbrega tinha consciência de que o Bope baiano se aproximava. Horas antes do cerco, ele já havia fugido de uma fazenda para se esconder na chácara de Gilsinho da Dedé, um vereador local. De acordo com a versão oficial, um policial arrombou a porta da casa e Adriano respondeu com fogo. Atingido por dois tiros,

07 Fev 2020

cONectado
Rondônia manda censurar clássicos, aí desiste A Secretaria de Educação de Rondônia redigiu ofício com uma lista de 42 livros que as bibliotecas das escolas públicas deveriam retirar das estantes, encaixotar e devolver. Os títulos incluem Memórias Póstumas de Brás Cubas, Os Sertões e Macunaíma — três dos maiores clássicos da literatura brasileira. Além de Machado de Assis, Euclides da Cunha e Mario de Andrade, também foram listados no índex Ferreira Gular, Carlos Heitor Cony, Rubem Fonseca, Nelson Rodrigues, Franz Kafka e Edgar Allan Poe. De acordo com o alerta do governo, as obras são impróprias para crianças e adolescentes. (Globo) A primeira reação do governo, quando o ofício começou a circular nas redes, foi de negar. Um site local chegou a afirmar tratar-se de fake news. Após a confi

06 Fev 2020

cONectado
Pressionado pelo mercado, BC corta juros mais uma vez A taxa Selic, dos juros básicos da economia, foi derrubada mais uma vez pelo Banco Central. Já estava em 4,50% ao ano, a mais baixa da história, caiu para 4,25%. É o quinto corte após um período de estabilidade que durou 16 meses. Quando descontada a inflação, o Brasil passa a um juro real de 0,91% — é a nona menor no ranking da Infinity Asset. Uma das preocupações que movem o BC é uma contração econômica global devido ao coronavírus na China. O país é o principal parceiro comercial brasileiro e a segunda economia do planeta. (Estadão) Aliás… a epidemia tem levado economistas a diminuírem as projeções para o PIB brasileiro. O banco suíço UBS reviu de 2,5% para 2,1%. Enquanto a pesquisa Focus do BC aposta 2,3%. (Folha) Míriam Leitão: