
Epígrafe a Manoel de Barros
Meu caro poeta... estejai tranquilo.
O Pantanal, com seus corixos e mistérios
surge através de suas palavras,
caleidoscópio da abóbada celeste
na moldura de minha janela.
Estejai tranquilo, meu caro poeta.
O sistema solar esconde os equinócios,
guaches, pincéis, clavicórdios,
num par dourado de olhos amarelos
devorados por seus poemas.
Meu caro poeta, amo estes morros, esses guavirais.
Amo andar sobre esse tapete mágico
de cabeça pra baixo no imponderável.
Amo o íntimo de sua poesia,
da mesma maneira que amas o rio Paraguai,
o cerrado, e tua infância em Corumbá.
Dona Assunção da rua Frei Mariano,
fez uma bela goiabada daquelas goiabas.
Bernardo, lá do Pantanal,
espalhou quinze livros por aquela praça.
O neto do seu Jorge e da dona Guiomar
fez um g