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Ñehengatu: Educativa 104.7 FM inicia conversas para retomar programa em guarani

Fretes, Bosco, Idalina, Barão e Marlei, durante reunião para discutir reintrodução de programa em guarani na Educativa 104.7 FM. Foto: Iasmin Biolo/Fertel

Proposta foi trazida por professora e entusiastas do idioma oficial do Paraguai à direção da Fertel

Reunião na manhã desta quarta-feira (22) no Palácio das Comunicações, sede da Fertel (Fundação Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul), abriu tratativas para a retomada de um programa totalmente exibido na língua guarani na Educativa 104.7 FM. A iniciativa foi tratada pelo diretor-presidente da fundação, Bosco Martins, o diretor da rádio estatal, Anderson Barão, e a professora Idalina Maciel León.

Acompanhada da aluna e entusiasta da língua guarani, Marlei Lopes, e do advogado Erlio Natalício Fretes, Idalina apresentou o projeto de difusão e fortalecimento do idioma que, mais do que uma língua indígena, está entre os oficiais do Paraguai –país que tem a maior colônia estrangeira em Mato Grosso do Sul e que, apenas na Capital, tem ligações diretas ou indiretas com cerca de 50 mil pessoas, entre paraguaios e seus descendentes.

“O objetivo com o programa é fazer a divulgação da língua, da história e da cultura. Ainda pensamos em um formato, talvez unindo música e informações, mas a princípio buscamos saber a disposição da Educativa 104.7 FM em abrir este espaço de divulgação para uma parcela importante dos moradores de Campo Grande e do Estado”, destacou ela.

A Educativa 104.7 FM veiculou no passado o Ñehengatu, programa com a mesma temática e exibido no idioma guarani, conforme lembrou Bosco. “Trata-se de uma língua muito importante até na formação de Mato Grosso do Sul, que tem uma relação histórica com o povo paraguaio. Tacuru, no sul do Estado, é uma das poucas cidades do país a adotar um segundo idioma oficial, e o fez justamente com o guarani”, lembrou.

Idalina ministra aulas em guarani no Consulado do Paraguai em Campo Grande, no CMO (Comando Militar do Oeste) e na Colônia Paraguaia –onde o projeto foi temporariamente suspenso em virtude das obras de reforma e ampliação do espaço. Há anos, dedica-se à divulgação e fortalecimento do idioma. Ex-aluna e que até hoje se envolve na divulgação do guarani, Marlei afirma ser um idioma “apaixonante, mas difícil”.

Ao final do encontro, definiu-se pela formalização da proposta de criação do programa a partir do Consulado da República do Paraguai em Campo Grande, junto ao cônsul Ricardo Caballero Aquino, garantindo à representação estrangeira participação na atração.

Autor: Humberto Marques/Portal da Educativa

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