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9 de março de 2021

POLITICA

O procurador-geral da República, Augusto Aras, mandou sua equipe preparar um recurso ao Plenário do STF. Fachin é da ala lavajatista e os outros integrantes da Corte foram pegos de surpresa justamente quando o habeas corpus da defesa de Lula pedindo a suspeição de Sérgio Moro no caso do tríplex estava para ser julgado. Em seu ato, o ministro declarou que esta e outras ações envolvendo as condenações de Lula “perderam o objeto”.

Aguirre Talento: “A decisão tem o efeito imediato de reduzir os danos que a divulgação de diálogos entre procuradores da força-tarefa e Moro têm provocado à imagem da operação, para tentar impedir uma anulação total da Lava Jato. O ministro entregou os anéis para permanecer com os dedos. Ao acolher o pedido da defesa do principal opositor da Lava-Jato, Fachin reduz a pressão sobre a corte pela anulação de outros casos decorrentes da investigação da força-tarefa de Curitiba. Se a estratégia será bem-sucedida, ainda não é possível saber.”

Radar: “Interlocutores de Gilmar Mendes dão como certo que o ministro não aceitará calado a decisão de Fachin, de ter decretado a morte do julgamento da imparcialidade de Moro — um caso sob a guarda de Mendes. Para os ministros, Mendes levará a plenário um questionamento sobre a decisão de Fachin com a faca nos dentes, para ficar num jargão famoso da Corte. Nos bastidores do STF, a decisão agradou uma ala que deseja um desfecho intermediário para a Lava Jato. Anular condenações nos casos mais graves revelados pelas mensagens procuradores, mas preservar a operação de maneira geral. O movimento foi premeditado para interromper a rota de destruição, para a Lava-Jato, que se formava a partir de Mendes. Na Corte, o duelo que aguarda Fachin e Mendes nesta semana é definido por duas palavras: banho de sangue.”

Além dos embates no STF, a mudança no status de Lula embaralhou a corrida presidencial de 2022 e repercutiu entre os políticos. O presidente Jair Bolsonaro, de quem Lula será potencial adversário, disse que os brasileiros não querem o ex-presidente candidato e insinuou ligações de Fachin com o PT. Bolsonaro também ressaltou os efeitos no mercado financeiro, com a bolsa caindo 3,98%, e o dólar indo a R$ 5,87.

O Twitter foi o campo de batalha. O ex-ministro da Sáude Luiz Henrique Mandetta, que vem tentando viabilizar seu nome no DEM, afirmou que “os extremos comemoram”, enquanto Luciano Huck, que ainda não se declarou candidato, tuitou que “figurinha repetida não completa álbum”. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificou a decisão como uma “vitória da Constituição”, e Guilherme Boulos cobrou que se julgue a suspeição de Moro. Mostrando onde está seu rancor, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seguiu: “Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!”. (Twitter)

Um dos principais afetados pela volta de Lula ao cenário eleitoral, Ciro Gomes (PDT) foi, como de hábito, curto e grosso: “Não contem comigo para esse circo.”

Igor Gielow: “O petista na urna eletrônica do ano que vem é o sonho de consumo de um Bolsonaro que acumula más notícias devido a seu manejo da pandemia da Covid-19. Acossado sob acusações que chegam a de promover um genocídio, enfrentando um levante de governadores com apoio ainda ensaiado no Congresso, o presidente irá se fiar no velho e bom antipetismo que o ajudou ao chegar ao Planalto. O pleito municipal de 2020, ainda que não seja um farol objetivo para 2022, sinalizou um movimento importante: o refluxo da antipolítica, mas não do antipetismo. Os resultados pífios do partido de Lula e de outras siglas de esquerda falam por si. Isso não tira, claro, o potencial de Lula, o mais popular presidente da história recente do Brasil e ator inescapável de qualquer avaliação séria sobre a realidade política. Mas seu peso, especialmente após deixar a condição de mártir do Lula Livre na cadeia, decaiu bastante em termos relativos. Se o cálculo do presidente está certo, é algo que pouco mais de um ano e meio até a eleição vai dizer. Mas ele faz todo sentido: Lula coloca Bolsonaro numa posição confortável de polo oposto.” (Folha)

Meio em vídeo. Virou tudo de cabeça para baixo. É impossível, agora, não imaginar um cenário em que Luís Inácio Lula da Silva não seja candidato à presidência em 2022. Isso facilita a polarização — o cenário mais fácil é de dar Bolsonaro contra Lula no segundo turno. Mas não é certo. Um terceiro candidato ainda pode surgir… Confira o Ponto de Partida no Youtube.

VIVER

As duas vacinas já em uso no Brasil, a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca, são eficazes contra a variante do Sars-Cov-2 identificada primeiro em Manaus, dizem estudos preliminares. Os testes da CoronaVac foram feitos pelo Instituto Butantan, parceiro no Brasil da chinesa Sinovac, que desenvolveu o imunizante. No caso da Oxford/AstraZeneca, a universidade e o laboratório, ambos ingleses, conduziram eles mesmo o estudo, confirmado pela Fiocruz. (UOL)

Depois de um problema técnico que interrompeu sua linha de produção no fim de semana, a Fiocruz começou ontem a fabricar em larga escala as vacinas de Oxford/AstraZeneca. A previsão é, que até o fim do mês, tenha 3,8 milhões de doses do imunizante. (G1)

Falando em vacinas, após reunião com executivos da Pfizer, o governo anunciou a antecipação para junho da entrega de cinco milhões de doses do imunizante produzido pelo laboratório americano. Com isso, o total a ser recebido no primeiro semestre será de 14 milhões de doses. A vacina da Pfizer é a única que já obteve registro definitivo na Anvisa. (Poder360)

E a vacinação contra a Covid-19 deverá virar uma rotina anual, como a da gripe comum, na avaliação de Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. “Já sabemos que aparecerão outras variantes e, na minha opinião, o vírus será endêmico. Tudo indica que o tempo de duração da imunização será inferior a um ano, e, portanto, a vacinação periódica será necessária.” (Veja)

Olinda Bolsonaro, mãe do presidente, recebeu ontem a segunda dose da CoronaVac. João Doria (PSDB), governador de São Paulo e adversário do filho dela, alfinetou: “Com as duas doses da vacina do Butantan que salvam a senhora, a senhora deu um exemplo de amor à vida.” (Globo)

Ontem o Brasil teve 1.114 mortes, elevando o total para 266.614, com a média móvel de óbitos em uma semana chegando a 1.540, o décimo recorde consecutivo, com uma alta de 41% em relação ao período anterior. Já são 11.055.480 casos, contando os 36.923 registrados na segunda-feira. A média móvel de casos cresceu 37%, indicando tendência de alta. (G1)

E no primeiro mês de retorno às aulas presenciais em São Paulo foram registrados 4.084 casos e 21 mortes (dois alunos e 19 funcionários) por Covid-19. Os dados não incluem a rede pública da capital. (Folha)

O rebuliço político ontem jogou para segundo plano a iniciativa dos governadores de adotarem regras conjuntas de restrições para conter a Covid-19, mas o tema não saiu do radar de Jair Bolsonaro. Em conversa com apoiadores, ele foi taxativo: “Alguns querem que eu decrete lockdown, não vou decretar e pode ter certeza de uma coisa, o meu Exército não vai para a rua obrigar o povo a ficar em casa”, disse. (Terra)

Fonte: Meio

 

 

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