CULTURA
Finalmente uma boa notícia para os fãs de Renato Russo. Giuliano Manfredini, filho do vocalista da Legião Urbana, autorizou a produção de um documentário sobre o pai. A produção vai ter acesso a mais de seis mil peças do acervo pessoal do cantor, cuja morte completa 25 anos em outubro.
E é hoje o centenário de nascimento de Astor Piazzolla (1921-1992), o argentino que, com seu bandoneón e seu experimentalismo, comandou uma revolução musical e modernizou o tango. Para homenageá-lo, uma versão ao vivo de Libertango, mostrando que sua fusão de estilos não conhecia limites (YouTube).
COTIDIANO DIGITAL
A Huawei ficará de fora da rede exclusiva de comunicação do governo, que deve ser montada no Distrito Federal. Essa medida foi exigida como contrapartida para as teles implementarem o 5G no Brasil. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a chinesa não atende aos requisitos estabelecidos pelo governo. Mas a empresa estará liberada para atuar nas redes privadas pelo país. Enquanto a rede do governo ficará nas mãos das operadoras vencedoras do leilão, previsto para julho.
ECONOMIA
A Câmara conclui votação em 1º turno de PEC Emergencial, que prevê a retomada do auxílio. No texto, no entanto, teve derrota para Guedes. A equipe econômica abriu mão de impedir promoções e progressões aos servidores para evitar que os deputados retirassem todas as contrapartidas fiscais. Com o acordo, o governo conseguiu manter algumas medidas como o congelamento de salários. Mas para o especialista em contas públicas, Arnaldo Lima, é justamente a trava para promoções que traria mais economia – representa mais de 60% dos R$ 150 bilhões previstos de economia da PEC em 10 anos.
Aliás… Nos EUA, o Congresso aprovou, e o presidente Joe Biden deve sancionar amanhã, um pacote de US$ 1,9 trilhão (cerca de R$ 10,7 trilhões). O dinheiro vai ser usado em benefícios para os mais pobres e aos desempregados, financiamento de escolas, governos locais e pequenas empresas que sofrem com a Covid-19, além da compra e distribuição de mais vacinas.
O desemprego bateu recorde em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2020. Segundo o IBGE, ainda 12 desses tiveram taxa superior à média nacional de 13,5%. A Bahia, por exemplo, teve a maior do país, com 19,8%. As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste, enquanto as menores foram no Sul. O nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 15 estados, incluindo todos da região Nordeste.
Os números são ainda piores para mulheres, jovens, pretos e pardos. A taxa de desemprego entre os homens foi de 11,9%, enquanto entre as mulheres chegou a 16,4%. Entre as pessoas autodeclaradas pretas, a taxa foi de 17,2% e a dos pardos foi de 15,8%. Já entre os brancos a taxa foi de 11,5%.
Com o Lula se inserindo no cenário político, as consultorias já começaram a prever deterioração na economia. Para os economistas, aumentou o risco de Bolsonaro adotar uma agenda mais populista para ganhar popularidade até 2022, assim estimam inflação e taxa de juros mais altos, real mais desvalorizado e PIB mais fraco em 2022. As estimativas da MB Associados, por exemplo, para o IPCA deste ano, passaram de 4% para 4,3% e para a Selic, de 4% para 5,5%.
Apesar de a agenda liberal de Bolsonaro estar na corda bamba, a possível candidatura de Lula retardou o rompimento do mercado financeiro com o presidente atual. À Folha, executivos, em anonimato, afirmaram que o setor estava muito perto de um rompimento com Bolsonaro, e mesmo sabendo que dificilmente reformas mais estruturantes serão realizadas, resistem ao petista. Na suas visões, significaria a volta das políticas de aumento da intervenção do estado na economia e nas empresas. Analistas também avaliam, por enquanto, que o risco fiscal é maior com Lula do que com Bolsonaro.
Fonte: Canal Meio