o som da mata
o sol dourando nossos cabelos
queima os braços
que rasgam o verde do rio
desses olhos
piraputangas / corixos coloridos
na noite fria o barco vira
redes voando
luzes de vela / um lampião
vozes / riscos
fogo na mata
e um desespero verde
mas a chuva alucina o fogo e teu galope
de manhã o sol queima teus longos passos serenos
e assombra teu olhar negro
derramando um suor quente
por entre as pernas.
Por Bosco Martins