Hoje quando acordei,
(ainda se fazia de manhã.)
Uma vontade imensa de ver-te,
Falar-te, beijar-te,
Apossou-se de mim,
Inesperadamente.
Queria ter-te ao meu lado
Contar-te que estou muito
Sofrendo sem os carinhos teus.
Ah! como é profunda a solidão
De quem desesperadamente ama,
E como é grande a chama
Deste amor que me inflama.
Teus olhos, teus cabelos, tuas pernas,
Teu rosto, teus braços, teu corpo,
Teus beijos e teus carinhos,
Por certo estão a espera dos meus.
Queria estar junto de ti hoje.
Para nunca mais dizer-te, Adeus.
São Paulo, Junho de 1975, do livro “Poeta Moderno”, por Bosco Martins