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O coração de Manoel de Barros parou, depois de meses sem vontade de viver

O coração de Manoel de Barros parou, depois de meses sem vontade de viver

Manoel de Barros
Reportagem publicada pelo site Campo Grande News em 13 de novembro de 2014. Por Ângela Kempfer Não existe a morte para alguém como Manoel de Barros. Não cabe bem, até por sinal de respeito. O poeta nunca gostou que colocassem data na existência. Então, o dia é de mais uma daquelas inutilezas que a vida inventa e que ele por tantas vezes substantivou. O coração parou por volta das 8h desta quinta-feira, no Proncor, depois de 6 meses em estado de ruína, como ele mesmo definia os efeitos dos 97 anos de idade, quase 98, que seriam comemorados no dia 19 de dezembro. O velório será no Parque das Primaveras, mas ainda não há horário definido. "Nesses últimos dias, não reconhecia mais ninguém", diz o irmão Abílio Leite de Barros, de 85 anos. Mas a debilidade veio de forma lenta, lembra ele.
Despedida ao poeta Manoel de Barros

Despedida ao poeta Manoel de Barros

Manoel de Barros
Reportagem publicada no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em 14 de novembro de 2014. O coração do poeta das coisas e pessoas desimportantes deixou de bater por voltas das 8 horas desta quinta-feira, dia 13/11. Há meses Manoel de Barros estava acamado e se mantinha recluso em casa, em Campo Grande/MS. Maneu, como era conhecido pela família e pelos amigos, já havia dito que não lhe interessava mais viver. Acamado, sem poder ler, e muito menos escrever, o poeta das coisas e dos seres desimportantes já sabia que não precisava do fim para chegar, do lugar de onde estava já tinha ido embora. E nesta quinta-feira (13), por volta das 8 horas da manhã, o coração já fragilizado parou de bater. Há quase dois anos, Manoel de Barros, estava recluso em casa. Não receb