Bonito integra ações antidrogas nas escolas

Por Loiva Heidecke Schiavo*

A questão da violência e drogas nas escolas, na medida em que se expande, constitui uma ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e culturais da sociedade. O abuso de drogas entre jovens aflige pais e educadores, pois, além de agredir a saúde, não está dissociada à violência física.

E o que espanta são as estatísticas apontando que há uma tendência de iniciação precoce ao consumo de substâncias entorpecentes entre alunos de 10 e 12 anos, faixa que corresponderia a 12% dos pré-adolescentes desse universo.

Na cruzada contra as drogas, reunimos com o comandante da Polícia Militar de Bonito, coronel James Magno Morais Silveira, para a implantação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que atenderá alunos do quinto ano do Enem Fundamental. Não há dúvida que é um programa eficaz, já que envolve no trabalho de prevenção toda a comunidade escolar e sociedade civil organizada, com apoio das instituições de segurança pública. As atividades não se restringem ao ambiente escolar, mas também fora da escola, daí a necessidade do envolvimento dos pais e da comunidade de um modo geral. É uma batalha que não se vence sozinho, mas é um desafio perfeitamente superável.

Nesse aspecto, pela característica das ações, que são conduzidas por uma autoridade policial, em que pese o suporte da sociedade civil, é condição “sine qua non” que se conquiste a confiança.

Confiar em uma mensagem de resistência é a questão chave para garantia do resultado. Assim, consideramos que a municipalização do Proerd se constitui na melhor estratégia para que as orientações cheguem aos alunos e tenham o resultado que todos esperamos, ou seja, o distanciamento da violência.

A municipalização é estratégica para a estruturação e incremento das medidas. A prevenção é uma ação cotidiana, precisa fazer parte da rotina, na família, na escola e na comunidade.

A atuação dos professores é fundamental para realçar valores morais e oferecer conteúdos que saciem a “fome” dos jovens por conhecimentos, com atividades culturais, esportivas e de lazer.

Também contribui a adoção métodos ativos que incluem oficina, simulação, debate, discussão, diálogo, dinâmica de grupo, psicodrama, jogo dramático e dramatização.

Somente com esse olhar, da educação, da prevenção e, sobretudo, da valorização humana, poderemos fortalecer a cultura da paz e construir uma sociedade mais saudável e feliz. O Proerd tem esse perfil, por integrar educação com segurança e fazer com que esses dois pilares se constituam no principal suporte para a formação social e cultural das novas e futuras gerações.

* Loiva Heidecke Schiavo é professora e atualmente é secretária Municipal de Educação de Bonito

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