Em Bonito, Odilon de Oliveira fala sobre corrupção e violência

O juiz federal Odilon de Oliveira levou centenas de pessoas, entre alunos, pais e educadores a quadra da Escola Estadual Bonifácio Camargo Gomes, em Bonito, na noite desta sexta-feira (24) para assistir uma palestra sobre o combate as drogas e a importância da família na vida escolar das crianças e adolescentes.

O magistrado falou por mais de uma hora sobre as consequências do tráfico no Brasil, principalmente nas regiões de fronteira, onde atuou durante toda sua carreira como juiz federal e destacou a violência e a corrupção como males que afligem a sociedade em geral e são decisivos na formação dos jovens.

 “Hoje temos dois tipos de violência no Brasil. À primeira é a comum, praticada por pessoas físicas diariamente. E a segunda é a violência oficial, praticada pelo Estado Brasileiro contra seus cidadãos. Seja na falta de segurança ou de emprego ou de moradia”, detalhou.

Odilon ainda afirmou que a corrupção é uma das maiores violências oficiais cometidas pelo Estado contra seu povo ‘e o Brasil tem se tornado um exemplo de país corrupto’.

Para apresentar dados sobre o uso de drogas, o magistrado pediu a colaboração de seu filho, Odilon Filho, vereador da Capital e presidente da Comissão Antidrogas na cidade. O parlamentar destacou que 13% da compra de entorpecentes acontece dentro da escola, colocando os educadores em situação de vulnerabilidade, tendo que agir como ‘agentes da lei’ no combate ao tráfico.

“Para tentar reverter essa situação uma vereadora de Campo Grande apresentou o projeto de Lei Nº 526 que prevê a criação de uma comissão, composta por diretores das escolas, dois professores, dois pais e dois alunos que devem monitorar ocorrências envolvendo o uso de drogas nas escolas e promover debates e reuniões sobre o assunto”, detalhou.

A palestra faz parte do Programa Cultura, Arte e Paz da SED (Secretaria de Estado de Educação) e ainda contou com apresentações da banda municipal de Bonito e de balé e hip-hop. Todas as atividades foram traduzidas em libras por uma intérprete.

Autora: Kemila Pellin/Portal da Educativa

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