Festa de laço agita Bonito e mostra que paixão pelo esporte começa no berço

Quem vê o pequeno Vitor, de 9 anos, andando de bermuda, chinelo e com o cabelo arrumado, não imagina que ele domine um cavalo e muito menos galope com o laço na mão, atrás do ‘boi prometido’. Mas o avô, Neder Vedovato, de 63 anos, logo abre o jogo e fala cheio de orgulho, que o neto segue os passos da família e compete nas festas de laço desde os 5 anos.

Talvez nem pudesse ser diferente, já que o pai, a mãe e os avós vivem para isso e o ensinaram desde muito cedo, o amor pelo esporte. “Foi só ele firmar o pescocinho para começar a andar de cavalo. Sempre com muito cuidado, é claro, mas deixando-o ter as próprias experiências, testar seus limites. Com 5 anos começou a competir comigo, na categoria avó e neto, e com o pai, na pai e filho. Hoje ele já laça sozinho, na Fraldinha e quase mata a gente de orgulho”, destaca Seu Neder, ao reforçar que as vitórias do menino são mais valiosas, até mesmo que as suas.

Os dois são só um exemplo da história que se repete entre as dezenas de barracas, montadas no fundo da arena; que, aliás, é palco para todos, independente da idade. Na verdade, ali todos se tornam iguais. Desde o menino, que ainda tem dificuldades para segurar o laço erguido sobre a cabeça, enquanto tenta dominar o cavalo agitado, até o já experiente e vivido ‘patrão’, que faz isso pela milionésima vez, mas ainda sim respira fundo antes de jogar o laço sobre o boi, e faz cara feia, insatisfeito consigo, quando erra a armada.

Janete Schneider, que está à frente do Clube do Laço Nabileque, destaca que o evento deste fim de semana faz parte do 7ª CIGA (Circuito Independente do Grupo A), e que mais de 400 atletas competiram durante os três dias de festa. “São 78 equipe, com cinco laçadores cada, mais as Amazonas, os Mirins, os Fraldinhas. É gente que não acaba mais, tanto que para organizar tudo isso, precisamos de uma equipe reforçada. São pelo menos 60 pessoas, entre limpeza, segurança, narração, diretoria. Isso sem contar o pessoal do bar e das barracas que estão contribuindo também”,finaliza.

No domingo, como já é tradição, o almoço foi o churrasco na sede do clube, aberto para todos os bonitenses. A final do circuito acontece em Campo Grande.

Autora: Kemila Pellin/Portal da Educativa

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