Tag: Robinson Crusoé

Infância

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Destaque, Poético
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Por Carlos Drummond de Andrade Assista também ao programa "Prosa e Segredos, Ontem, Hoje e Se
‘Manoel foi figura única e inventor da literatura pantaneira’, diz Martins em homenagem ao centenário do poeta

‘Manoel foi figura única e inventor da literatura pantaneira’, diz Martins em homenagem ao centenário do poeta

BM acervo, Manoel de Barros
Reportagem publicada no Portal da Educativa em 26 de novembro de 2016. Por Kemila Pellin “Até hoje quando me chamam para falar de Manoel eu digo e repito: não é nenhum ‘despropósito’ afirmar que ele inventou sua própria literatura, a “literatura pantaneira”, destacou o jornalista e diretor presidente da da Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul, Bosco Martins ao homenagear o centenário de Manoel de Barros durante abertura do II Fórum Nacional de Jornalistas da Mídia Eletrônico, Turismo e Meio Ambiente que aconteceu em Bonito em Mato Grosso do Sul. Ao lado da compositora e cantora Lenilde Ramos, Martins usou a poesia de Carlos Drummond de Andrade para se referir ao poeta, afirmando, sem nenhum receio, que sua vida foi ‘mais bonita do que a de Robinson Crusoé’. Segundo o jornalista,