Espetáculo Poropopó Varieté animou as crianças no FIB 2016

Artistas circenses de cinco grupos da capital e do interior de Mato Grosso do Sul alegraram a criançada na noite desta sexta-feira, 29 de julho, no Festival de Inverno de Bonito. Foram muitas gargalhadas no número dos palhaços, malabarismo, pirofagia, dândys acrobático, trapézio e muitos outros que lembram um espetáculo circense da melhor qualidade.

O espetáculo “Poropopó Varieté” reuniu os grupos Circo do Mato, Circo Le Chapeau, Cia Simbiose, Cia Theasthai  e palhaço Challito. O elenco é formado por Mauro Guimarães, Junior de Oliveira, Pepa Quadrini, Ísis Anunciato, Carlos Anunciato, Nathalia Andrade, Murillo Atalaia, Yasmin Fróes, Taira Sanches, Charlles Santos, Michel Stevan Grando e João Rocha. A produção executiva é de Laila Pulchério.

Mauro Guimarães, do Circo do Mato, que apresentou um número de trapézio, explica que o Poropopó Varieté surgiu pela primeira vez na Boca de Cena Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo 2016. “A gente queria fazer algo junto, fizemos com três grupos. Conversamos com a Fundação de Cultura do Estado e oferecemos a proposta em vez de um grupo, nos juntarmos”. Para o Festival, foram cinco grupos. “Eu acho legal, não é o Circo do Mato sozinho, Simbiose… um recorte do circo no Estado. É muito legal para a gente.O Festival é o Festival. Nós queremos também ir para Corumbá [no Festival América do Sul Pantanal]”.

Junior de Oliveira, do Cirque Le Chapeau, pratica artes circenses desde os 16 anos. Ele se interessou pela arte e deixou a Faculdade de Letras, em Campo Grande para estudar a arte do circo. “Eu fiz Escola de Circo em Londrina e no Rio de Janeiro, e desde então é minha única profissão”.

Para ele, que fez número de malabarismo, a proposta do Poropopó Varieté é interessante pela união com outros grupos. “Queria muito fazer, em outras cidades é comum isso, juntar artistas para experimentar, ter números, trabalhar coletivamente, até para trabalhar em outros circos”.

João Rocha, da Cia Theastai, de Dourados, fez um número de dândys acrobático com seu parceiro Michel Stevan.Ele diz que é muito difícil fazer circo no interior. “No interior o circo ainda é uma atividade pequena. O que atrapalha o desenvolvimento no Estado é que não tem nenhuma escola de nível técnico, com instrumentos circenses, com nível de segurança. Você sempre tem que ir para muito longe para aprender”. Ele fez curso de dois anos com Bruno Mouroni, que veio para Dourados e ficou trabalhando com o grupo para transmitir seus conhecimentos.

João foi para Dourados cursar Artes Cênicas na UFGD e lá conheceu o então administrador Michel Stevan. Juntos, fundaram a Theastai e hoje o grupo tem quatro espetáculos montados em quatro anos de existência. É a segunda participação do grupo no Festival de Bonito, ano passado eles vieram de forma independente. “Para a gente é muito bom participar do Festival, de renome, com nível nacional, que promove intercâmbio com outros grupos. A gente apresenta muito fora e pouco aqui no Estado. O Festival tenta aproximar os artistas locais da comunidade”.

Autora: Karina Lima

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