Bonito recebeu neste final de semana a 3ª competição de Luta de Braço, etapa classificatória para Campeonato Estadual, reunindo atletas profissionais de sete cidades do Estado. Mas quem roubou a cena mesmo, foram às crianças, que abriram os jogos dando um show de garra e determinação.
Os pequenos participaram de um ‘festival de luta’, onde cada um competia com as duas mãos e a premiação era para todos. Divididos entre pesos leve, médio e pesado, meninos e meninas de 6 a 12 anos experimentaram a sensação de participar de um campeonato, com regras e pontuações iguais ao profissional, só que sem derrotas.
Segundo o presidente da Associação Atlética de Bonito e professor dos ‘atletas mirins’, a ideia não é gerar um clima de competição entre eles e nem incentivar nenhum tipo de rivalidade, mas sim promover o esporte de inclusão, onde crianças e adultos possam dividir o mesmo espaço e aprender uns com os outros. “É apenas um festival onde o que menos importa é ganhar. Queremos que eles brinquem e se divirtam com o esporte”, destaca.
A mãe de Rickelme, de 8 anos, ainda vai além. Ela afirma que a ‘brincadeira’ está ajudando no desempenho escolar do filho e no autocontrole do pequeno. “A gente procura colocá-lo em projetos sociais que gastem um pouco de energia, porque ele é hiperativo e precisa estar envolvido com alguma coisa que o incentive a estudar e manter boas notas” conta Rita Rotel, 25, ao lembrar que Rickelme também participa do Instituto Mirim.
A atleta profissional e vice-campeã brasileira de luta de braço, Leonora Valério da Silva, 45, também comentou a iniciativa. “Eu acho superinteressante, porque é um incentivo ao esporte e também para vida. Essa cobrança de ter boas notas é importante, mas muitas vezes nem é necessária, porque qualquer atividade que a criança se identifique e goste, vai ajudar no desenvolvimento pessoal e escolar”, finaliza.
Autora: Kemila Pellin/Portal da Educativa