06 Fev 2019

A idade mínima de aposentadoria

Após a proposta de idade mínima de aposentadoria igual para homens e mulheres em 65 anos ser criticada pelo vice Hamilton Mourão e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a equipe econômica trabalha com uma alternativa, mantendo os 65 anos para homens e estabelecendo 63 anos para mulheres. A proposta que circulou nesta segunda-feira prevê as novas regras somente para quem entrar no mercado de trabalho após a aprovação da reforma, com uma fase de transição para os que já estão trabalhando. (Globo)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, diz que a reforma vai ter que seguir o rito normal, passando por comissões, mas, que se o governo mobilizar sua base, poderá ser aprovada em três meses. Mas o começo não é muito promissor. Após o líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), soltar uma nota falando em “apoio condicionado” à reforma, os grandes partidos boicotaram a reunião de líderes que ele convocara para discutir a Previdência. Os nanicos presentes representavam somente 45 votos. (Folha)

Enquanto isso, o ministro Paulo Guedes defendeu a idade mínima igual e disse que a reforma da Previdência pode proporcionar uma economia de até R$ 1 trilhão. (Estadão)

As medidas de combate ao crime anunciadas pelo ministro Sérgio Moro devem enfrentar oposição no Supremo. Ministros lembram que o fim da progressão de pena já foi considerado inconstitucional e veem com cautela a ampliação da legítima defesa para casos de mortes por policiais. (Folha)

O STJ mandou soltar funcionários e engenheiros da Vale que haviam sido presos por causa da tragédia de Brumadinho.

Em seu primeiro discurso do Estado da União após ter paralisado o governo por mais de um mês e diante de uma maioria de deputados democratas, o presidente Donald Trump mandou sinais conflitantes. Pregou o bipartidarismo desde que a oposição tope a linha dura em imigração, motivo para a queda de braço que travou (e perdeu). Trump insistiu na construção de um muro ao longo de toda a fronteira com o México, ideia já rechaçada pelos democratas, prometeu endurecer a guerra comercial com a China, comemorou bons números na economia e atacou as “investigações partidárias ridículas” contra ele. (Globo)

New York Times checou o que era verdade e o que não no discurso.

VIVER

O Vaticano admitiu pela primeira vez que padres usaram freiras como escravas sexuais. O Papa Francisco acrescentou que algumas congregações (masculinas e femininas) chegaram a ser dissolvidas por estarem “muito vinculadas a esta corrupção”. (Globo)

Os estádios estão entre as formas mais antigas de arquitetura urbana. Hoje, no entanto, são vistos com ceticismo. Isso porque os custos de construção são muito altos, e aqueles construídos para grandes eventos como os Jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo da FIFA constantemente caem em desuso e degradação. Mas não precisa ser assim. Arquitetos e planejadores urbanos em todo o mundo estão encontrando novas maneiras de adaptar as arenas esportivas monofuncionais que se tornaram emblemáticas da modernização durante o século 20. Eles podem, inclusive, abastecer as cidades. Como? Gerando energia.

Sabe aquela história de que o café da manhã é a refeição mais importante do dia? Ela pode ser só um mito — criado, veja só, pela indústria de cereais matinais. É verdade que existem alguns estudos independentes sugerindo que o café da manhã traz benefícios para a saúde. Mas eles, segundo explica a turma da Vox, são menos convincentes do que parecem à primeira vista.

Já pensou em alugar um móvel? Pois é. A Ikea está testando uma espécie de ‘clube de assinaturas’ para móveis. O teste, que será lançado na Suíça no final deste mês, funciona assim: os clientes alugarão móveis por um período de tempo predeterminado e, após o período de locação, a empresa reformará os produtos para reutilização. O objetivo é gerar receita repetida, direcionar o tráfego para as lojas e atrair clientes mais jovens.

COTIDIANO DIGITAL

Gerard Cotten, fundador da plataforma canadense de investimentos virtuais Quadriga CX, levou um segredo para o túmulo. Literalmente. Ele morreu em dezembro, aos 30 anos, quando trabalhava como voluntário em um orfanato na Índia. O problema é que não deixou com ninguém a senha da criptografia das moedas no cold storage. Agora 115 mil investidores tentam desesperadamente recuperar o equivalente a US$ 190 milhões em criptomoedas que tinham nos computadores da empresa. Até o momento, o trabalho de hackers contatados pela viúva não deu resultado.

Para ler com calma: os riscos que as criptomoedas representam para os investidores.

CULTURA

Um dos mais célebres detetives da literatura policial está de volta— é Pepe Carvalho, o investigador gourmand catalão afeito ao esporte da queima de livros e personagem de um dos grandes escritores da abertura espanhola, Manuel Vasquez Montalbán. Montalbán morreu em 2003 e o último livro com Carvalho saiu no ano seguinte. Alguns, como Assassinato no Comitê Central (Amazon), são tidos como clássicos do gênero. Este novo, Problemas de Identidad, é assinado por Carlos Zanón, outro escritor catalão. Mas não é um mero caça-níqueis. Zanón venceu, em 2015, o Prêmio Hammett, mais prestigioso da literatura policial no mundo. E neste novo Carvalho, no qual o detetive segue um mistério em meio à Barcelona independentista de hoje, corre uma brincadeira literária. Pepe se vê às voltas com a ausência dum vizinho escritor que havia construído seu alter ego em livros. Para o detetive, há um quê de alívio em poder ser ele mesmo, longe da sombra emanada pela personagem literária com quem partilhava o nome.

A empresa de monitoramento e inteligência musical Playax analisou as curvas de execução de músicas na internet e nas rádios em 2018. Descobriram que existem relações diferentes entre fãs e hits de sucesso de músicos brasileiros. Eles se envolveram de forma intensa e passageira com MC Loma, do hit Envolvimento (Spotify), por exemplo. Isso é diferente da subida contínua do pagodeiro Ferrugem. Há subidas fugazes, contínuas, irregulares, carreiras estáveis e em queda. Veja os exemplos.

O brasileiro foi menos ao cinema em 2018. Segundo dados da Ancine, o total de pagantes no ano passado foi de 161 milhões, vinte milhões a menos que os 181 milhões de 2017. A queda maior foi no público para filmes estrangeiros, uma vez que os filmes nacionais tiveram uma plateia 25,3% maior em 2018, puxados por Nada a perder, a cinebiografia do bispo Edir Macedo. Por outro lado, o país tem hoje o maior número de salas de cinema, 3.356, desde a década de 1970. Veja a íntegra do informe da Ancine.

E não foram só os cinemas que perderam público. As empresas de TV por assinatura viram sua carteira de clientes encolher 3,03% em 549.833 assinantes em 2018, de acordo com dados da Anatel (veja a íntegra). Embora o número seja ruim, é uma perda menor que a registrada em 2017: 938,7 mil.

Fonte: @Meio

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