19 de Maio de 2020

Covid-19: Brasil passa o Reino Unido e vira terceiro país com mais casos de contágio. São mais de 254 mil pessoas infectadas, o país está atrás apenas de Estados Unidos e Rússia. Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde confirmou 674 mortes.

Com mais vinte e nove exames positivos para coronavírus (Covid-19) nas ultimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado de Mato Grosso do Sul chega a 508. Foi registrado um óbito de morador de Três Lagoas, passando para 15 mortes por Covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) monitora outros 148.

E no Palácio do Planalto o clima anda meio pesado. Um grupo de artistas independentes lançou um clipe caseiro intitulado “Cade o fundo”. A cobrança é direcionada a secretária especial da cultura do Governo Jair Bolsonaro, Regina Duarte. Eles pedem mais atitude no auxilio a artistas durante a crise provocada pelo coronavírus.

Em outra sala, foi a vez do ministro da Educação, Abraham Weintraub, compartilhar uma cena do filme original The Matrix, na qual Neo (Keanu Reeves) precisa escolher entre a pílula azul – que lhe fazia voltar ao mundo de ilusão – e a pílula vermelha, que o revelaria a verdade. Em resposta ao político brasileiro, a cineasta @lilly_wachowski, uma das produtoras e idealizadoras do filme, o xinga, discordando do uso do filme pelo ministro:
– fuck you! , postou Lilly…

Aguardando os próximos capítulos…

O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) divulgou na última sexta-feira (15) carta em que manifesta a preocupação com a delonga na sanção presidencial do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 39/2020) de ajuda emergencial aos estados. A carta, assinada pelos 27 secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, foi encaminhada ao Palácio do Planalto. “Esclarecemos nossas preocupações nesta carta pública e, respeitosamente, solicitamos que a Presidência da República exerça suas prerrogativas constitucionais e se manifeste sobre o projeto de Lei que se encontra sob apreciação, em momento que há urgência para salvar vidas, para que possamos executar a assistência estatal com a responsabilidade e dignidade que os cidadãos exigem dos estados”, diz o documento.

Aprovado no dia 6 de maio pelo Senado, o projeto cria o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19), que destina R$ 60 bilhões aos estados e municípios para compensação de perdas de receita e ações de prevenção e combate ao novo coronavírus. O projeto encontra-se desde o dia 7 de maio à disposição da Presidência da República para sanção.

O governo do MS vai receber 20% a mais do que o previsto no relatório aprovado pelo Senado federal. Na regra de distribuição dos R$ 60 bilhões da União que vão socorrer estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus. O valor ficou em R$ 622 milhões (eram previstos R$ 518 milhões), só que os 79 municípios tiveram os valores reduzidos e vão receber R$ 421 milhões (R$ 97 milhões a menos), totalizando R$ 1,043 bilhão. A estimativa é que o valor para Mato Grosso do Sul seja aumentado em mais R$ 120 milhões com a parcela a que tem direito dos R$ 10 bilhões que vão ser usados especificamente para atender o setor da saúde, sendo R$ 80 milhões para o governo do Estado e R$ 40 milhões para as prefeituras, de acordo com Consultoria Legislativa do Senado Federal.

BRASIL ULTRAPASSA REINO UNIDO E É 3° NO MUNDO EM COVID

Os números: 16.792 pessoas perderam a vida para a Covid-19 e 254.220 estão oficialmente registrados com a doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, o país registrou mais 674 mortes e 13.140 novos infectados. Com estes números, o Brasil ultrapassou o Reino Unido, galgou uma posição no ranking e chegou a terceiro maior no mundo em doentes. A taxa de expansão da doença caiu desde o início da pandemia no país. Foi de 3,5 para 1,4. Ou seja, cada dois brasileiros infectados transmitem o novo coronavírus para outros três. O valor, no entanto, ainda é alto. (Globo)

Mais da metade das mortes são de negros e pardos. Em um mês, conforme a doença se espalhou na direção de periferias e comunidades, saíram 32,8% para 54,8% do total. Morrem mais, pois o mesmo grupo representa apenas 46,7% das internações pela doença. (G1)

O Brasil teve uma pequena alta no isolamento pela primeira vez em dois meses. O índice está em 44,84%, mas ainda bem abaixo de 50%. Os estados acima da média nacional são Amapá, Pernambuco, Pará e Ceará — todos entraram em lockdown. (UOL)

Já São Paulo corre o risco de o pico de mortes entrar em platô. Ou seja, uma situação de pico contínuo. Em uma semana, o estado registrou mais de mil mortes por Covid-19. Dados do governo estadual mostram que doença está se propagando quatro vezes mais rápido no interior e litoral. (G1)

O ministro interino Eduardo Pazuello apresentou novo protocolo para a cloroquina. Como queria Bolsonaro, pelas novas regras, os médicos poderão utilizar o medicamento em qualquer paciente com Covid-19. Segundo Andreia Sadi, Bolsonaro só vai indicar um novo nome para o cargo após assinar a mudança. O governo tem sido alertado de que nenhum médico de renome concordaria com a ideia.

Então… Os médicos da rede pública já sentem a pressão para recomendar a cloroquina. E na rede privada, a indicação também aumenta e já faz parte de protocolos de alguns planos de saúde. (Folha)

Enquanto isso, o Brasil pode ficar no final da fila para uma possível vacina. Por causa das polêmicas de Bolsonaro, o país sequer foi convidado para lançar a iniciativa global que visa o desenvolvimento de uma vacina e reúne países como França e Alemanha. (Valor)

Com a reabertura das escolas, a França teve novos casos relacionados ao coronavírus. O país liberou semana passada o acesso para um terço das crianças à pré-escola e ontem estendeu para estudantes do ensino médio. Segundo o governo, as escolas que registraram os novos casos serão fechadas novamente. (UOL)

Na Espanha, uma pesquisa nacional feita com mais de 60 mil espanhóis mostra que apenas 5% pegaram o novo coronavírus. Para especialistas, o número aponta que próximas ondas de contágio e novos períodos de quarentena podem ser inevitáveis. (BBC Brasil)

O risco de uma segunda onda tem preocupado. Um relatório do Imperial College alerta para a sensação de falsa segurança que a retomada das atividades pode provocar. O documento aponta que mesmo um retorno a 20% da mobilidade anterior ao lockdown poderia levar a uma escalada no número de mortes bem maior que a experimentada na primeira onda em várias regiões. (G1)

Pois é… A pesquisadora Crystal Watson, da Universidade Johns Hopkins, explica que a propagação do vírus começa a aparecer nos dados a partir de cinco semanas após a reabertura.

De missas na Itália à parque com marcação para o distanciamento social em Nova York. Em fotos, a volta das atividades pelo mundo. (G1)

Donald Trump no papel de médico durante uma cirurgia enquanto Anthony Fauci, que dirige o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, leva as mãos à cabeça. É a capa da New Yorker.

Para Dona Maria, em Manaus, o coronavírus era algo distante que não atingiria sua família. Em menos de um mês, ela perdeu três filhos e dois cunhados.

A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou ontem ter obtido resultados “positivos preliminares” na fase inicial de ensaios clínicos de sua vacina contra o novo coronavírus. Segundo a empresa, a vacina produziu resposta imune em oito pacientes que a receberam.

Hora de Panelinha no Meio. Sem poder sair para jantar fora, fica mais difícil marcar ocasiões especiais durante a quarentena. Especialmente, durante a semana, com home office e home schooling na agenda. Para dar uma força, o site da Rita Lobo, fez uma seleção de seis receitas muito rápidas de preparar – mas que impressionam. Tem para vegetarianos e onívoros. E com sobremesa.

CULTURA

O romance inédito de Simone de BeauvoirAs Inseparáveis, será lançado na França em outubro, quando sairá também no Brasil pela editora Record. É a primeira obra de ficção da autora de O Segundo Sexo que se poderá ler depois da sua morte, 34 anos atrás. Sua filha adotiva e depositária de sua herança literária, Sylvie Le Bon de Beauvoir, foi quem decidiu que o livro seja conhecido.

É um romance dedicado à sua amizade juvenil e trágica com Élisabeth ‘Zaza’ Lacoin, que conheceu aos nove anos e de quem foi praticamente inseparável até sua morte repentina pouco antes de fazer 22 anos, em 1929. Segundo a editora do livro no Reino Unido, “um romance emocionante sobre a amizade entre as mulheres”.

COTIDIANO DIGITAL

As coisas mudam. Em 2001, o ex-CEO da Microsoft, Steve Ballmer, descreveu o Linux como “um câncer”. Agora, durante um evento no MIT, o presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que a empresa estava errada em relação ao código aberto. Smith está na Microsoft há mais de 25 anos e foi um dos advogados seniores da empresa durante suas investidas contra o software de código aberto.

As grandes empresas de tecnologia estão cada vez mais sinalizando que não têm pressa para que suas equipes retornem ao ambiente de escritório. Estão dispostas até a permitir que os funcionários continuem em casa mesmo no período pós-pandemia. A Amazon anunciou, no dia 1º de maio, que seus funcionários de escritório continuarão em casa pelo menos até outubro, com o prazo podendo ser revisto de acordo com a situação da pandemia. Seis dias depois, Google e Facebook anunciaram que a maior parte dos funcionários deve continuar no sistema de home office até o começo de 2021. O Twitter anunciou que os escritórios devem permanecer fechados pelo menos até setembro. Veja o posicionamento das big tech. (Nexo)

O hackathon é uma “maratona hacker” temática que envolve pessoas de diversas áreas do conhecimento e tem como objetivo solucionar um problema com o desenvolvimento de sistemas ou aplicativos. A equipe liderada pelo pós-doutorando do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Ives Charlie da Silva criou um aplicativo utilizando o zebrafish (peixe paulistinha) para gerar testes para a Covid-19 cinco vezes mais baratos que os atuais. Composta de cientistas de diversas áreas, eles desenvolveram uma fita diagnóstica com um QR code que, ao ser lido por um aplicativo, fornece rapidamente o resultado – positivo ou negativo. Ficaram em terceiro lugar na competição internacional que premiou ideias inovadoras referentes ao novo coronavírus.

Fonte: @Meio

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