21 de Outubro de 2020

PARA ONDE VAMOS

As cidades mais adaptadas à mudanças são justamente aquelas que têm, entre outros fatores, os seus principais meios de transporte conectados. Isso que aponta o ranking de 2020 de melhores sistemas de mobilidade urbana feito pela consultoria Oliver Wyman e a Universidade de Berkeley. No Brasil, no entanto, a integração de diferentes transportes ainda é um desafio. Em São Paulo, por exemplo, mais de 60% das estações de ônibus, metrôs e trens contam com infraestrutura cicloviária próxima. Nas demais cidades do país, esse número cai para menos de 20%. Essa falta de conexão impacta diretamente no dia a dia da cidade. Um sistema integrado, com espaço para carros, bicicletas e aplicativos de compartilhamento, não só ajuda a cobrir rotas, mas também diminui o tempo entre os bairros e o centro.

A Embraer criou uma nova startup focada em carro voador. A Eve nasceu dentro da EmbraerX, braço de inovação da fabricante brasileira, com foco em mobilidade aérea urbana, incluindo um veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL), uma rede de suporte e serviços associados e soluções de gestão de tráfego aéreo urbano. O eVTOL já passou por testes iniciais de simuladores e a previsão é lançá-lo ainda nesta década. (Estadão)

As cidades brasileiras estão bem atrás de metrópoles sul-americanas em mobilidade de pedestres. Segundo o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, menos da metade da população das principais capitais do Brasil consegue acessar serviços de saúde e educação a pé em uma distância de até um quilômetro. Brasília é a que se sai melhor, com 62%. Mas ainda muito distante das demais capitais sul-americanas, Lima, no Peru (81%), Santiago do Chile (79%), e Bogotá, na Colômbia (78%). (Globo)

VIVER

A Europa voltou a ser o epicentro da pandemia. Segundo a OMS, mais de 927 mil novos casos foram registrados na região nesta última semana — a maior taxa do mundo nos últimos sete dias. Mas, apesar da rápida expansão, as mortes na Europa continuam sendo apenas um quinto do que foram no pico da pandemia, em abril.

Mesmo em queda, as mortes no Brasil ainda estão acima das registradas na Europa. Um levantamento do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças aponta que o Brasil é o terceiro com o maior número de mortes por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas. O primeiro é a República Tcheca, com uma taxa de 6,53 por 100 mil habitantes. Em seguida aparecem a Romênia (4,76) e o Brasil (3,58).

VIVER

O país registrou 341 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 154.226 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 502, novamente voltando a ficar acima da marca de 500. Isso significa uma variação de -23% em relação aos dados registrados em 14 dias, ou seja, apontando tendência de queda. São 5.251.127 em casos registrados, com 18.586 desses confirmados no último dia.

No mundo, já são mais de 40 milhões de casos, segundo a Universidade Johns Hopkins. E o número de mortes chegou a 1.113.896. Mais da metade dos casos se concentra em três países: EUA (8,1 milhões), Índia (7,5 milhões) e Brasil (5,2 milhões).

Pois é… A Europa Central, que fechou-se rapidamente no começo do ano e foi poupada na primeira onda, tem sofrido com esse novo surto no continente. (Estadão)

Foram registradas 662 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil, chegando ao total de 154.888 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias foi de 546, uma variação de -13% em relação aos dados registrados em 14 dias. Apenas um estado apresenta indicativo de alta de mortes: Rio Grande do Norte. Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 5.274.817 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 23.690 desses confirmados no último dia.

No Rio de Janeiro, a prefeitura liberou os restaurantes e bares para funcionarem sem horário fixo para o fechamento. (Globo)

ECONOMIA

Para o economista Manoel Pires, pesquisador na Universidade de Brasília e no Ibre-FGV, o manejo da dívida pública pelo Tesouro está aumentando o risco fiscal no país. “É uma aposta forte em que as condições fiscais voltarão, rapidamente, à situação pré-pandemia”, diz à coluna de José Paulo Kupfer. “Não parece que essa aposta seja realista, e, por isso, o Tesouro deveria aceitar pagar juros mais altos em troca de um alongamento dos vencimentos da dívida”. Com as incertezas sobre a contenção dos gastos, o Tesouro tem oferecido títulos públicos em prazos cada vez mais curtos: o prazo médio de vencimento da dívida pública encolheu de 5,5 anos para 2,4 anos. Nessa batida, o Tesouro contratou o vencimento de quase R$ 650 bilhões de títulos, o equivalente a 15% de toda a dívida pública, para o quadrimestre janeiro-abril de 2021.

O benefício fiscal para as multinacionais de refrigerante na Zona Franca de Manaus agora é permanente. Por decreto, Bolsonaro tornou definitiva a alíquota de 8% de devolução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) às empresas do setor. A mudança reverte em parte a decisão de Temer, quando em 2018, com a greve dos caminhoneiros definiu que a devolução voltaria a ser de 4% em 2020. As empresas brasileiras, que queriam o fim do benefício, não estão contentes e alegam favorecimento a grandes indústrias, como Coca-Cola e Ambev. (Estadão)

O braço digital da Caixa deve abrir capital nos próximos seis meses, segundo Paulo Guedes. O plano seria fazer o IPO da Caixa Seguridade e do banco digital. Esse banco foi o responsável pela operacionalização do pagamento do auxílio emergencial, sendo necessário abrir milhões de contas bancárias para realizar os pagamentos por meio de um aplicativo. A Caixa, no entanto, não tem um braço digital formalmente segregado das suas operações, e deverá fazer a divisão caso siga em frente com o IPO. (Globo).

Então… O Brasil ganhou 9,8 milhões de pessoas bancarizadas desde março para cá. O ritmo foi bem mais acelerado em comparação ao ano passado. Mas cerca de 36 milhões de brasileiros ainda estão de fora do sistema financeiro. (Folha)

Na temporada de balanços… A Netflix registrou um lucro de líquido de US$ 790 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 18,7% na comparação anual. O resultado, no entanto, ficou abaixo das estimativa dos analistas. A receita da companhia cresceu 22,7% de julho a setembro, para US$ 6,43 bilhões. E encerrou o período com 195,1 milhões de assinantes, crescimento de 23,3% no ano, mas de apenas 1,14% na comparação com o segundo trimestre.

CULTURA

Após quatro décadas na Disney, Glen Keane, animador de A Bela e a Fera e Tarzan, está na Netflix. E esta semana chega ao streaming seu A Caminho da Lua. É a história de Fei Fei, uma menina chinesa contemporânea que, após a perda da mãe, descobre que o pai tem planos de se casar de novo. Então constrói um foguete para viajar até Chang’e, a deusa da Lua. Fei Fei tem esperança de contar com sua ajuda para inspirar seu pai a se manter um viúvo leal ao amor eterno da mãe. A animação, mais ambiciosa aposta da Netflix neste campo até hoje, é uma co-produção com o estúdio chinês Pearl e, ora, se parece com um desenho Disney. A música âncora do filme — pois é, tem música — em português vai se chamar Vou VoarAssista um pequeno vídeo sobre os bastidores. (Folha)

O filme estará disponível no dia 23, na Netflix.

Pois é… Vai ter briga e já tem vídeo publicitário no ar. Porque não está longe, em 17 de novembro próximo chega ao Brasil a Disney Plus, streaming da Disney. O catálogo incluirá os filmes e animações com os selos Disney, Marvel, Star Wars e National Geographic e chegará às TVs e celulares do país junto com o filme live-action de A Dama e o Vagabundo. Assista ao trailer.

Errata: Há erros, e há erros. O editor ia escrever ‘o single Dreams’, mas escreveu ‘a música Single’. Vá entender. Pois é Dreams, e não Single, o nome do velho sucesso da banda anglo-americana Fleetwood Mac citada ontem cá neste Meio. Como bem o destacaram muitos leitores. Muitos.

Fonte: Meio

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