30 de Julho de 2020

ECONOMIA

O dólar está a caminho do seu pior mês desde 2011. Em relação a uma cesta de seis moedas, a americana caiu 9% desde a alta em março e já acumula perdas de cerca de 3% no ano. O Goldman Sachs espera ainda que caia mais 5% nos próximos 12 meses. De forma geral, o que tem direcionado a tendência global do dólar é o anúncio do pacote de estímulos fiscais da UE, que fortalecem o euro contra o dólar, e a promessa do Fed de manter a liquidez alta para controlar a crise. As eleições nos EUA e perspectiva de que a economia americana não crescerá também são fatores que contribuem. Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, a queda significa recuperação de suas Bolsas e moedas. (Reuters)

A queda do dólar também é um impulso para o ouro, que teve altas recordes nesta semana. O preço do ouro é em dólares, o que significa que é mais atraente para os compradores estrangeiros quando o dólar está em baixa. Desde o seu tombo em março, em que foi à mínima de US$ 1.477 por onça-troy, o metal já se valorizou em mais de 31%, para US$ 1.945. E o mercado já aposta em mais de US$ 2 mil. (Bloomberg)

Os brasileiros também estão participando desse rali. No ano, os contratos para compra de ouro mais negociados na B3 já se valorizaram 58%. (Valor Investe)

A Câmara aprovou urgência para o novo marco do gás. Com a decisão, a proposta terá prioridade nas votações da Casa e a expectativa é que o texto seja apreciado nas próximas duas semanas. A nova lei pode destravar investimentos da ordem de R$ 43 bilhões, segundo os cálculos do governo. A queda de custo deve atingir principalmente os principais consumidores do gás natural – a indústria e o setor de energia termelétrica. Mas a expectativa do governo é que essa redução seja repassada ao consumidor final. (Estadão)

E a Câmara liberou mais R$ 12 bilhões para o Pronampe, programa de crédito para MPEs, que se esgotou em 20 dias. (Globo)

Na temporada de balanços… A Boeing registrou prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre. A receita da empresa ficou em US$ 11,8 bilhões, uma queda de 25% na mesma comparação. A queda foi causada pela paralisação na produção de aviões. Porém, a empresa informou que retomou a produção, inclusive do modelo 737.

O prejuízo do Spotify aumentou ainda mais, chegando a € 356 milhões, ante € 76 milhões de euros em igual período do ano anterior. A receita total cresceu 13% no período, para € 1,89 bilhão. O Spotify teve crescimento nas assinaturas e dos podcasts. Mas a receita vinda de anúncios — que vinha em um crescimento de dois dígitos antes da pandemia do coronavírus — caiu 21%.

No Brasil, o Santander dobrou a reserva para calote e o lucro caiu 41,2% no 2º trimestre, para R$ 2,136 bilhões. Sem o aumento das provisões, o lucro do banco teria aumentado 7,2% na mesma comparação. A Telefônica Brasil também teve queda de 21% no lucro, para R$ 1,113 bilhão, por causa do aumento da provisão para devedores.

O Ibovespa fechou em +1,44%, no patamar de 105 mil pontos, na esteira da temporada de balanços das companhias brasileiras e acompanhando o bom humor americano. Como esperado o Fed, banco central dos EUA, manteve a taxa de juros na faixa de 0% a 0,25% ao ano. Assim, o S&P 500 fechou em +1,25% e o Dow Jones em +0,62%. Enquanto o dólar subiu para R$ 5,17.

As Bolsas na Ásia fecharam em queda, com exceção da Coreia do Sul, que ficou em +0,17%. Shangai ficou em -0,23%, Hong Kong em -0,69% e Tóquio em -0,26%. Na Europa, os índices abriram em queda em reposta aos dados econômicos decepcionantes na Alemanha e a temporada fraca de balanços. Pela manhã, Frankfurt estava em -2,22%, Londres em -1,37% e Paris em -1,00%.

CULTURA

A excelente QuatroCincoUm, que semanalmente se dedica a explorar os livros que chegam às livrarias, assim como o momento das artes, está com uma campanha de assinatura para tempos de pandemia. A faixas de preço para todos, do universitário ao mecenas.

COTIDIANO DIGITAL

Os deputados da Comissão de Justiça da Câmara dos EUA passaram mais de cinco horas fazendo perguntas aos CEOs de Facebook, Amazon, Google e Apple. Foram duros e, em sua maioria, pareciam convictos de que as quatro gigantes da tecnologia estão envolvidas em práticas anticompetitivas. A compra de empresas como o Instagram e ameaças a outras, como ao Snapchat, por parte do Facebook, foi um dos focos dos parlamentares. Ou então a ameaça de domínio de todo o varejo eletrônico pela Amazon. Muitas vezes, os executivos recorreram a não-respostas, alegando desconhecer detalhes. Os deputados republicanos trouxeram à mesa outra questão — sua desconfiança de que as companhias do Vale limitam espaço para vozes conservadoras. Foi a audiência mais agressiva já feita no Capitólio com estas gigantes do digital no centro. Uma ação antitruste pode estar próxima.

A Huawei ultrapassou a Samsung e se tornou líder mundial em vendas de telefones celulares, no segundo trimestre que se encerrou. A posição foi garantida, principalmente, pelo aumento de vendas no mercado interno chinês. É a primeira vez que a empresa chega ao topo do ranking.

BRASIL CHEGA AOS 90 MIL MORTOS POR COVID

O Brasil registrou 1.554 mortes nas últimas 24 horas. É o maior número num único dia. E é assim, um dia antes do esperado, que cruzamos a marca das 90 mil mortes causadas por Covid-19. O aumento foi impulsionado pelo estado de São Paulo, que voltou a divulgar o seu balanço após dificuldades técnicas. A média móvel de novas mortes nos últimos 7 dias foi de 1.043 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias. No total, 6 estados apresentaram alta de casos fatais: RS, SC, GO, MS, RR e TO.

Temos 90.188 óbitos devidamente computados. Não entram na conta aqueles cujas mortes ocorreram sem confirmação da doença por falta de testes. São também 2.555.518 brasileiros confirmados por terem sido infectados com o novo coronavírus desde o começo da pandemia. Destes, 70.869 confirmados no último dia.

O total de mortes diárias equivale à queda de três grandes aviões comerciais lotados. Conforme o site Our World in Data, o Brasil está na faixa das mil mortes diárias há seis semanas, desde meados de junho. Os EUA permaneceram nessa condição por oito semanas, a partir de meados de abril. Nenhum outro país ficou nesse patamar por tanto tempo. “É como se estivéssemos anestesiados frente ao grande número de mortes”, avalia o sociólogo Rodrigo Augusto Prando, da Universidade Mackenzie. “Depois de um período de crise, todos clamam pela volta do normal e, até como sentido de autodefesa, a pessoa para de olhar o número de mortes. Cansadas, tristes, chegam à conclusão de que a vida tem de seguir, daí o termo novo normal. Estamos vivendo a normalidade dentro da anormalidade”. (Estadão)

Segundo o Imperial College, o Brasil completou três meses com transmissão acelerada. Desde a semana de 27 de abril, o país tem taxa de contágio acima de 1. Na semana que começou neste domingo (26), o índice chamado de Rt, subiu de 1,01 para 1,08. Isso quer dizer que cada 100 infectados contaminam outros 108, e assim sucessivamente. O índice, no entanto, varia por região do país. Dos 25 países que apresentavam transmissão sem controle no começo de maio, 13 controlaram o contágio. Na América do Sul, estão nesse grupo o Chile (0,91) e o Equador (0,90). Enquanto Brasil, Argentina (1,42), Colômbia (1,26) e Peru (1,04) se mantiveram acelerados. (Folha)

Mesmo assim, o governo federal decidiu reabrir as fronteiras aéreas para a entrada de estrangeiros, que estava proibida desde março. (Globo)

A Rússia disse que daqui a duas semanas aprovará sua vacina, com produção prevista para outubro. A substância está sendo desenvolvida pelo instituto estatal Gamaleya. Mas tem levantado preocupações sobre sua eficácia, já que o país não divulgou nenhuma informação científica e ainda não fez teste em larga escala. Mesmo assim, os Estados brasileiros Paraná e São Paulo já demostraram interesse pela vacina. (G1)

A transmissão varia de acordo com o estado do paciente. Estudos preliminares da OMS, ainda não revisados, apontam que pessoas em quadro grave podem transmitir o vírus por até três semanas após início dos sintomas. Enquanto para pacientes com a forma leve ou moderada é de até nove dias. (Estadão)

Para a OMS, os jovens que têm causado a segunda onda na Europa. Especialistas avaliam que, com fadiga psicológica causada pelas medidas de isolamento, as novas restrições não têm sido mais suficientes para conter millennials e a Geração Z, que em sua maioria estão fora do grupo de risco.

Essa fadiga, segundo a pesquisadora chilena Isabel Behncke, faz com que os seres humanos se comportem como animais em cativeiro. Ela passou três anos na selva da República Democrática do Congo estudando os bonobos, que, ao lado de chimpanzés, são nossos parentes evolutivos vivos mais próximos. “Quando observamos os animais enjaulados, sejam cetáceos (baleias e golfinhos), cavalos, elefantes, papagaios, primatas ou grandes predadores, o que vemos são os chamados comportamentos repetitivos, como se coçar até provocar lesões ou dar voltas nas jaulas. Então, quando vejo como começamos a fazer scroll nas redes sociais, sem interagir, simplesmente de maneira passiva, repetitiva, o que observo são humanos em cativeiro. Não é muito diferente dos papagaios enjaulados, que começam a arrancar as (próprias) penas.” (BBC Brasil)

Menor, com distanciamento social e sem poder tocar a Caaba, a peregrinação à Meca começou com restrições. Em fotos.

E recomeça hoje a temporada da NBA, também com novas regras. Todos os confrontos serão sem torcida e disputados no complexo da Disney, o ESPN Wide World of Sports, em Orlando (FL). Os atletas das 22 equipes estão em quarentena desde o começo de julho. Durante os jogos ainda não poderão realizar atividades comuns, como cumprimentar os adversários, cuspir, limpar o nariz, mexer no protetor bucal e usar o uniforme para secar a bola.

Um avanço na pesquisa de Alzheimer. Pesquisadores desenvolveram um novo exame de sangue que pode detectar a doença 20 anos antes dos sintomas. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Experimental Medicine e apresentado na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Chicago. Para ser usada clinicamente, a técnica desenvolvida precisa de mais pesquisas e testes. Mas a estimativa é de que esses exames possam estar disponíveis em até três anos. (New York Times)

Hora de Panelinha. Quem mora sozinho conhece o drama de querer um bolinho, mas não encarar assar uma receita completa para uma pessoa só. E se está difícil resolver café da manhã, almoço e jantar, quem é que vai ter tempo de bater bolo no meio da tarde? Para resolver esses dramas e garantir um bolo quentinho para o café da pausa do trabalho, a Rita Lobo mostra o preparo de um bolo de caneca que é assado no micro-ondas em três minutos! É na medida para matar a vontade de um docinho

Fonte: Meio

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