Escola

Por mais inacreditável que se possa parecer são nas escolas onde se registram os maiores casos de racismo no Brasil. Pelo menos é o que revelou um levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica onde mostra que o ambiente escolar é o local onde os brasileiros afirmam ter sofrido mais violência racial. Das duas mil pessoas ouvidas, 38% disseram ter sofrido racismo na escola ou na faculdade; 29%, no trabalho; e 28%, em espaços públicos, como ruas e parques. A violência verbal é a forma de racismo mais aparente, sendo citada por 66% dos entrevistados, seguida pelo tratamento desigual (42%) e violência física (39%).

Votação

O arcabouço fiscal vai à votação na semana que vem, garante o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O governo espera aprovar a medida ainda este mês, quando termina o prazo para apresentar a proposta de Orçamento para 2024. A reunião sobre o tema foi cancelada a pedido dos parlamentares, após declarações do ministro Fernando Haddad sobre a Câmara. O relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que o encontro com técnicos e líderes que foi desmarcado ocorrerá na próxima segunda-feira. Mas disse que não há compromisso de calendário. “Feita a reunião na segunda-feira, vamos consensualizar o texto e, a partir daí, a pauta de quando entrará em votação no plenário será definida pelo colégio de líderes e o presidente.”

Minirreforma

Com o aumento da presença do Centrão no governo, a partir da minirreforma ministerial que está para sair, cresce a lista de possíveis candidatos com chances de serem apoiados pelo Palácio do Planalto para substituir Arthur Lira (PP-AL) em fevereiro de 2025. A campanha informal já começou. Republicanos, União Brasil, MDB, PSD e PSB têm nomes cotados para a presidência da Câmara e cortejam o governo. Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) são apontados como pré-candidatos. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP); e o líder do PSB, Felipe Carreras (PE), também aparecem como opções.

Alerta

Segundo Rosean Kennedy: “Desde que assumiu a presidência da Câmara, Lira foi diversas vezes comparado ao ex-presidente da Casa Eduardo Cunha. Depois de atropelar a ala bolsonarista na CPI do MST, parte do Centrão disparou os alertas de que a semelhança poderá ser outra: ‘Cunha se deixou dominar pela soberba do cargo e não via seus erros, depois foi abandonado. Lira precisa ter cuidado para não fazer o mesmo’, afirma um alto dirigente partidário.”

Patacoada

É engraçado testemunhar a patacoada corrupta de bolsonaristas e militares? Se é, garante Flávia Tavares na coluna Cá Entre Nós. Só que por trás da comédia pastelão tem o fato de que instituições brasileiras, inclusive as Forças Armadas, estiveram dispostas a endossar o bolsonarismo sabendo exatamente do que se tratava. Pelo menos 13 militares da ativa — dois generais, nove coronéis, um major e um sargento — estão na mira da Polícia Federal por causa dos ataques de 8 de janeiro, segundo levantamento da Folha. As suspeitas incluem inércia em relação ao acampamento golpista instalado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, inação da guarda do Palácio do Planalto e participação direta nos atos. Entre os alvos estão os generais Gustavo Dutra e Carlos Feitosa Rodrigues. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, aparece com ponto em comum entre os demais militares.
É hora de diminuir de vez o poder dos militares na política?
Outra pergunta hipotética: se fosse preciso escolher o motivo para prender um general, qual o mais desmoralizante, por corrupção ou por golpismo?

Indícios

Apesar de indícios expressivos contra Jair Bolsonaro, no caso das joias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que não há razões para uma eventual prisão preventiva do ex-presidente. “Nesse momento, veja, neste dia em que estamos conversando, não vejo ainda razões para essa medida extrema [a prisão preventiva]”, disse. “Há uma evolução de apurações e, em algum momento, o Judiciário pode decidir por essa medida. Mas as apurações ainda estão evoluindo. O que é importante para a sociedade é a garantia de que a verdade está sendo progressivamente trazida aos autos, ao processo, ao inquérito e demonstrada à sociedade.”

Defesa

...E o criminalista Daniel Bialski, que defendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral até a soltura dele, no começo deste ano, assumiu a defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele já pediu acesso aos autos que eventualmente mencionem Michelle que, segundo o advogado, “está absolutamente tranquila porque não participou e desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude”.

Apagão

Um software de proteção chamado Erac (Esquema Regional de Alívio de Carga) teria sido o motivo para o apagão que atingiu 25 estados e o Distrito Federal ouviu Malu Gaspar de técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por não estar ligado ao sistema nacional, Roraima foi o único estado a não ser afetado pela falta de energia, que durou seis horas. O programa desligou o sistema elétrico após uma brusca alteração de carga durante uma tentativa de transferir energia do Nordeste para o Norte do Brasil, provocando uma sobrecarga. Nesse momento, o Erac entrou em ação e desativou parte do sistema nacional.

Apagão II

Para apurar se houve ação humana no apagão, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a dizer que pediria uma investigação à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele afirmou que o apagão foi causado por um “evento” no Ceará, podendo ter mais um outro ainda não identificado pelo ONS. Como todo acontecimento de grande repercussão, o apagão gerou uma sequência de memes.

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