01 de Fevereiro de 2021

VIVER

A primeira edição digital do Enem foi marcada por uma abstenção estratosférica (68%) e por problemas técnicos. Além da redação manuscrita (o tema foi as desigualdades regionais no país), os alunos responderam às questões em computadores sem ligação com a Internet ou entrada para dispositivos, a fim de evitar fraudes. Os problemas no sistema atrasaram as provas em duas horas em Belo Horizonte e impediram sua realização em vários pontos do país. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que a situação era esperada e que os candidatos prejudicados farão nova prova no fim de fevereiro. A segunda fase do Enem digital está marcada para o próximo domingo.

Desde sexta-feira centenas de milhares de poloneses tomaram as ruas do país em protesto contra uma decisão do governo ultraconservador que restringe drasticamente  o direito ao aborto. A principal mudança na legal foi a proibição do aborto de fetos defeituosos – que representaram 98% dos abortos legais na Polônia em 2019.

Após conquistar a Libertadores vencendo o Santos por 1 a 0 no sábado, o Palmeiras embarca esta semana para o Catar, onde disputa o Torneio Mundial.

CULTURA

Cine mais privê, impossível. A enfermeira sueca Lisa Enroth será a única espectadora do Festival de Cinema de Gotemburgo, o mais importante da Escandinávia. Devido à pandemia, a organização do festival escolheu Lisa entre 12 mil candidatos para assistir aos 70 filmes na ilha remota de Hamneskär, na Suécia.

Também por conta da Covid-19, o Festival Coachella, na Califórnia, foi cancelado. Marcado incialmente para abril de 2020, o evento havia sido transferido para outubro e depois para abril deste ano.

Enquanto uns fecham, outros abrem. Os Museus do Vaticano, incluindo a Capela Sistina, reabrirão para o público hoje, após 88 dias fechados – o maior tempo de fechamento desde a Segunda Guerra.

O ano é 2021. Todo o Brasil está dominado pelo sertanejo. Todo? Não. Segundo Lauro Jardim, um pequeno estado de irredutíveis resiste. No Rio de Janeiro, diz levantamento do Ecad, o pop e a MPB ainda reinam.

Os fãs já podem comemorar. Laerte Coutinho teve alta neste domingo do Hospital das Clínicas de São Paulo, onde estava internada com Covid-19 desde o dia 21. A cartunista, de 69 anos, chegou a ser transferida para a UTI por dois dias, mas se recuperou bem e vai continuar o tratamento em casa.

COTIDIANO DIGITAL

O Google se rendeu à Apple. Em um post no seu blog, anunciou que seus apps, como YouTube e Maps, deixarão de usar uma ferramenta da Apple que permite o compartilhamento de dados entre os apps para a personalização de anúncios. A decisão é devida às mudanças nas regras de privacidade dos usuários com atualização para o iOS 14. Todos que baixarem aplicativos com esse identificador, conhecido como IDFA, receberão uma mensagem pop-up informando-os e pedindo consentimento. O Google preferiu mudar para um novo tipo de rastreador de anúncio da Apple, no entanto, está pressionando a empresa para melhorar essa estrutura, que é considerada menos eficaz em permitir que anunciantes rastreiem os usuários em todos os dispositivos.

Pois é… A posição do Google difere do Facebook, que desde dezembro vem fazendo campanha pública contra a nova política de privacidade da big tech.

O governo liberou a Huawei para participar do leilão da rede 5G. Mas há um porém. Em portaria publicada na sexta, 29, estabelece que as empresas vencedoras deverão construir uma rede de comunicação separada para atender ao governo. Essas regras deverão ser seguidas pela Anatel, que decidirá sobre o edital do leilão em reunião marcada pra hoje.

ECONOMIA

Além da perda de vidas, o atraso na vacinação significa menos R$ 150 bilhões na economia. Cálculos da LCA apontam que, caso 70% dos brasileiros fossem vacinados até agosto, a economia cresceria 5,5% neste ano. Se a vacinação atingir esse patamar apenas em dezembro – hipótese que hoje já é considerada otimista –, o crescimento do PIB deve ficar entre 3% e 3,5%. Apesar de ser uma alta, na prática, significará que a economia passou o ano todo estagnada. Ou seja, é um “carrego estatístico”, quando a base de comparação é baixa, mas o ponto de partida é elevado por conta da recuperação ao longo do último semestre do ano.

José Roberto Mendonça de Barros: “No ano passado, os gastos (públicos) ajudaram a dar início à recuperação da economia. Essa recuperação foi atropelada pela segunda rodada do vírus. Isso vai fazer com que, no primeiro trimestre, a economia esteja muito mais devagar, porque temos novas medidas de distanciamento. Até a indústria, que estava melhor, deve cair nesse primeiro trimestre. O segundo, por melhor que seja, será fraco. As projeções para o ano não apontam nada de especial. O mercado em geral estava mais otimista com 2021 e estamos vendo muita gente revisando as estimativas para baixo.”

O favorito para assumir a presidência da Eletrobras já tem nome. Segundo Lauro Jardim, é Ruy Schneider, oficial da reserva da Marinha e presidente do conselho de administração da estatal.

A combinação de desemprego, inflação alta e fim do auxílio vai levar as classes D e E a uma perda de 25% de suas rendas, o equivalente a R$ 48 bilhões. Segundo a Tendências Consultoria Integrada, isso representaria a maior queda na renda disponível para essa faixa da população desde o início da série, em 2008. Exceto os mais ricos, que terão um avanço na renda de 1,6%, todos os demais estratos devem perder capacidade de consumo. Mas o tombo maior é esperado para os mais pobres.

O Brasil tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia e em relação ao começo da década passada, em 2011. Em janeiro, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), linha de pobreza extrema. No total, são quase 27 milhões de pessoas nessa condição — mais que a população da Austrália.

Pois é… Segundo a Oxfam, a pandemia tem o potencial de, pela primeira vez, aumentar a desigualdade econômica em quase todos os países ao mesmo tempo. Enquanto as mil pessoas mais ricas do mundo recuperaram as perdas econômicas durante a pandemia em apenas nove meses, os mais pobres vão levar pelo menos 14 anos para conseguir repô-las.

Depois das perdas da semana passada, as Bolsas começaram a semana no azul. Os investidores amadores voltaram suas atenções para metais preciosos, prometendo uma pausa para alguns fundos de hedge duramente atingidos. Na Ásia, Tóquio ficou em +1,55%, Shangai em +0,64%, Hong Kong em +2,15% e Coreia do Sul em +2,70%. Na Europa, pela manhã, Frankfurt estava em +1,37%, Londres em +0,83% e Paris em +0,98%.

Fonte: Meio

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