10 de Dezembro de 2020

VIVER

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem que a vacinação contra a Covid-19, prevista nacionalmente para março, pode começar ainda em dezembro, caso o laboratório Pfizer consiga a autorização emergencial da Anvisa e possa “adiantar algumas doses”. Na terça o governo anunciou um termo de intenção para comprar 70 milhões de doses do imunizante, que já está sendo usado no Reino Unido. Em nota, porém, a Pfizer informou, se confirmada a vacinação em dezembro ou janeiro, seria com uma quantidade pequena de doses, “de uso emergencial”.

A vacina da Pfizer, feita em parceria com o laboratório BioNTech, foi aprovada também pela agência reguladora do Canadá.

Na quarta-feira morreram 848 pessoas no Brasil devido à Covid-19, o maior registro diário desde o dia 12 de novembro. Há tendência de aceleração na média móvel de mortes no Distrito Federal e em 21 estados.

E o Rio Grande do Norte registrou o primeiro caso confirmado de reinfecção por coronavírus no Brasil. A paciente é uma profissional de saúde infectada em junho e novamente em outubro.

A meta climática apresentada pelo Brasil ao acordo de Paris permitirá ao país chegar a 2030 emitindo 400 milhões de toneladas de gases do efeito estufa a mais que na proposta original, de acordo com levantamento do Observatório do Clima.

TECH NO PRÓXIMO NÍVEL

Plataformas de nuvem se tornaram o novo normal para muitas empresas com seus colaboradores trabalhando de casa. E, segundo o Gartner, a tendência é que a mudança não seja passageira: os gastos globais em serviços de nuvem pública devem crescer 18,4% em 2021. Uma das expectativas para o setor, no ano que vem, é que as plataformas como serviços sejam o segmento mais adotado pelas companhias. Também são esperadas mais parcerias entre os provedores de serviços de nuvem e teles. O desafio das empresas, passada essa fase de reestruturação e adaptação, será garantir uma infraestrutura de alto desempenho e que tenha capacidade de ganhar escala rápido, sempre que o cliente precisar.

O Brasil é o principal alvo de hackers que sequestram bancos de dados, ataque conhecido como ransomware. E as empresas brasileiras são as mais vulneráveis. Segundo a desenvolvedora Kaspersky, o país foi o mais atacado das 30 mil tentativas de sequestro de dados empresariais no mundo entre janeiro e maio deste ano. Um dos ataques mais recentes foi à Embraer, por exemplo. Os especialistas apontam que o aumento da adoção de home office contribui. Mas também o uso de tecnologias obsoletas facilita a entrada dos hackers. Na América Latina, 55% dos computadores ainda usam o Windows 7, que teve o suporte encerrado pela Microsoft em janeiro e não recebe mais atualizações de segurança. (Globo)

A pandemia tem atrapalhado a adoção da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) pelas empresas. Segundo uma pesquisa da ICTS Protiviti, de 296 companhias, 82% tiveram pontuação menor que 50 em 100 pontos possíveis, sendo consideradas atrasadas em seu trabalho de adequação. Apenas 18% pontuaram acima de 50. E mesmo dentre aquelas que cumprem algumas das medidas, os números ainda estão baixos: apenas 45,2% adotam políticas ou normativos e 36,6% têm um programa de segurança da informação. Segundo André Cilurzo, da ICTS Protiviti, as companhias focaram na sua sobrevivência nos últimos meses. (Estadão)

ECONOMIA

A apenas duas semanas do recesso do Congresso, o Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado. Segundo a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, esse é um dos maiores atrasos desde a redemocratização. Essa será a primeira vez em 21 anos que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), por exemplo, que dá as premissas básicas ao Orçamento, será aprovada sem passar pela Comissão Mista de Orçamentos (CMO). A Comissão nem sequer foi criada devido a uma disputa pelo comando entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Arthur Lira (PP-AL). O cenário mais provável é que o Congresso acabe fazendo o trabalho pela metade: aprove apenas o básico agora para que a máquina não pare em 2021, e vai fazer isso sem que os textos, propostos pelo governo, sejam debatidos antes pela sociedade e os parlamentares.

Então… Sem especificar, o ministro Paulo Guedes disse que ainda este ano vai dar “um forte sinal para reduzir subsídios e gastos tributários”. Mas técnicos do Ministério da Economia já trabalham com a possibilidade de prorrogar o estado de calamidade e o Orçamento de guerra caso ocorra uma segunda onda de Covid-19. Entre especialistas, a percepção já é que serão necessários gastos extraordinários mesmo que os casos caiam. Pra eles, haverá demanda por serviços de saúde e necessidade de comprar e distribuir vacinas. (Folha)

Pois é… O risco fiscal pode tornar preocupante a alta da inflação, segundo o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Por um lado, a pressão inflacionária está mais relacionada a um aumento de custos causado pela alta do dólar e desorganização das cadeias produtivas. Assim, com o fim do auxílio este ano, a inflação deve ficar em torno das metas tanto de 2020 quanto de 2021. Mas, por um outro, se o governo não levar pra frente as reformas e o controle fiscal, a alta do dólar pode continuar, e em meados de 2021, alimentar uma inflação já mais elevada.

CULTURA

Estreia hoje Teocracia em Vertigem, especial de Natal do Porta dos Fundos para 2020. Desta vez, o programa, que conta a história de Jesus numa paródia ao documentário Democracia em Vertigem, será exibido somente no canal do grupo no Youtube. No ano passado, a sede da produtora foi atacada com bombas caseiras por um grupo neofascista após o lançamento de um especial de Natal – o atentado é mencionado no novo filme.

O Senado aprovou ontem um decreto legislativo que anula portaria da Fundação Palmares retirando 27 nomes da lista de personalidades negras. Publicada em novembro, a portaria entrou em vigor no último dia 1º e suprimiu do site da fundação nomes como Elza Soares, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Milton Nascimento. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Camargo, o objetivo era “moralizar” a lista de acordo com a “relevante contribuição histórica” das personalidades. O decreto precisa ainda passar pela Câmara.

O New York Times divulgou nesta quarta-feira sua prestigiada lista dos melhores atores de 2020, um ano em que o isolamento social mudou a lógica de distribuição de filmes e coroou o entretenimento consumido via internet. Zoë Kravitz encabeça a relação, graças a seu trabalho na série High Fidelity, da Hulu. Jovens talentos dividem espaço na lista com estrelas como Cher, Viola Davis e a eterna Sophia Loren. Mas o que mais chama a atenção é a presença de duas atrizes por publicações no TikTok, Sarah Cooper e Kylie Brakeman.

Fonte: Meio

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