12 de Janeiro de 2021

COTIDIANO DIGITAL

Começou ontem a CES 2021, um dos principais eventos de tecnologia do mundo, e este ano pela primeira vez totalmente virtual. O destaque do dia ficou por conta das diferentes propostas de telas. A LG apresentou um conceito de TV com tela transparente, com tecnologia OLED, de 55 polegadas, que alcança 40% de transparência. Ainda mostrou uma outra de 48 polegadas que pode ser levemente dobrada para ajustá-la para um modo “gamer”. Sem dar muitos detalhes, a companhia também lançou um teaser do LG Rollable, um celular “enrolável”, que permite uma tela expansível. Já a Samsung apresentou avanços na tecnologia MicroLED, um painel que promete melhor qualidade de imagem e maior durabilidade, na comparação com similares OLED e QLED – presentes nos televisores mais avançados atualmente.

Robôs e produtos anti-Covid também não faltaram. A linha de robôs domésticos da Samsung servem tanto para fazer companhia no dia a dia quanto realizar pequenas tarefas, como coletar e guardar objetos. Enquanto os da LG identificam germes nocivos por meio de luz UV-C. O anúncio, aliás, ficou por conta da Reah Keem, uma influencer digital criada virtualmente que tem mais de 600 mil seguidores no Instagram e até uma música.

Outras novidades apresentadas ontem selecionadas pela Wired que vão de fones de ouvido que se encaixam nos óculos até máscara inteligente. Confira.

CULTURA

Um pianista de jazz fracassado e professor de música frustrado morre bestamente no dia da grande chance de sua vida. Para voltar e “cumprir sua missão”, ele conta com a ajuda de uma alminha que não quer encarnar por, literalmente, nada no mundo. Com esse argumento provocador, Soul, animação de Pixar exibida no Disney+, conquistou público e crítica e foi escolhida Melhor Animação pela Critics Choice Association, abrindo a temporada de premiações do cinema e da TV nos EUA.

Julio Maria: “A necessidade inexorável e vital da missão. É essa maldita, nas entrelinhas de Soul, a culpada pela Era do Vazio, uma das maiores catástrofes humanas por trás da aflição, da culpa, da angústia, das ansiedades, da depressão e, no final de toda a linha de montagem das crianças e jovens mais tristes da história, o suicídio. Aliviar o peso das missões para podermos voltar a enxergar a beleza dos dias é uma proposta de Soul que apenas parece ingênua. Mas o que Soul traz, e o que os livros sagrados não têm, é um pouco de poesia, de leveza, de humor e um pedido para olharmos para a vida apenas por olharmos para a vida.” (Estadão)

Janis Joplin não viveu para ver o lançamento de sua obra-prima, Pearl, que chegou ao público três meses após sua morte por overdose de heroína. O disco fez 50 anos ontem sem perder um grãozinho de seu poder, como comprovam Cry Baby (Youtube) e Me And Bobby McGee (Youtube), por exemplo.

VIVER

A exemplo do que já vinha sendo estudado em São Paulo com a CoronaVac, o Ministério da Saúde avalia começar a imunização com apenas uma dose da vacina de Oxford, que aguarda liberação da Anvisa. A Fiocruz, parceira na produção do imunizante no Brasil, recomenda duas doses com intervalo de três meses. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, o objetivo da estratégia seria vacinar um número maior de pessoas para reduzir o avanço da pandemia. Num segundo momento, outra dose traria a imunização completa.

A ideia apresentada por Pazuello não é uma novidade, embora divida opiniões. O Reino Unido, primeiro país do mundo a fazer uma campanha de vacinação contra a Covid-19, aumentou o intervalo entre as doses para imunizar o maior número possível de pessoas em grupos de risco.

Com uma dose ou duas, a bola está com a Anvisa, que recebeu os pedidos de liberação emergencial da vacina de Oxford (Fiocruz) e da CoronaVac (Instituto Butantan). A primeira está tramitando normalmente, mas a agência pediu mais informações à instituição paulista. Segundo Pazuello, a Anvisa está “tendo dificuldades” com os documentos da CoronaVac. Quase 50% dos dados requerem complementação, diz ele. Pazuello disse ainda que estados e municípios devem começar a receber doses em até quatro dias após a liberação pela Anvisa.

O governo de São Paulo promete divulgar hoje a eficácia global da CoronaVac. A informação já estaria com a Anvisa. Na semana passada, o Instituto Butantan disse que o imunizante é 78% eficaz em casos leves e 100% nos mais graves. Mas a Indonésia, que aprovou o uso da CoronaVac, disse que a eficácia global é de 65,3%. Os dados ainda não teriam sido divulgados no Brasil devido a um acordo comercial com a chinesa SinoVac, que desenvolveu o imunizante.

Independentemente de qual a vacina a ser aplicada, questionar a importância da imunização é “voltar ao obscurantismo, uma profunda ignorância”, avalia Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Em entrevista, ele afirma que “estamos voltando ao século XIV” e lembra que, sem vacinas, a expectativa de vida do ser humano não passaria dos 50 anos.

O Brasil atingiu nesta segunda-feira 203.617 óbitos e 8.133.833 casos de Covid-19, com 477 mortes e 29.153 novas infecções. A média móvel de mortos segue acima de mil, o que indica crescimento nesse número.

Quem testou positivo para Covid-19 foi o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, de 72 anos. Franco favorito à reeleição no pleito do próximo dia 24, ele está assintomático, diz o governo.

Morreu ontem, aos 59 anos, o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza, diretor do Inep, responsável pela aplicação do Enem. Fontes ligadas à família dizem que ele tinha Covid-19, mas governo omitiu a causa da morte em seu comunicado. Por conta da pandemia, entidades estudantis e o MP pedem novo adiamento da prova, marcada para o dia 17. O Inep, porém, mantém a data. (Globo)

Panelinha no Meio. Se você acha que o quiabo é a segunda coisa mais babona no planeta, atrás apenas do cão São Bernardo, é porque não conhece a versatilidade desse fruto (sim, ele é um fruto como o tomate). Uma das maneiras de saboreá-lo é o espetinho de quiabo, caprichado na pimenta calabresa, nas raspas e no suco do limão.

Fonte: Meio

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