BOLSONARO CORRE ATRÁS DA PFIZER E DE VOTOS

15 de junho de 2021

Após passar o segundo semestre de 2020 ignorando as ofertas de vacinas da Pfizer, o presidente Jair Bolsonaro participou ontem de uma reunião virtual com o presidente da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo. O objetivo foi tentar “antecipar ao máximo as doses contratadas”. A Pfizer tem compromisso de entregar 100 milhões de doses até setembro. Mas o governo, agora, quer que elas cheguem antes, já que o ano que vem tem eleições.

Enquanto isso… A CPI da Pandemia tem em mãos uma troca de e-mails mostrando o forte empenho do governo em obter cloroquina no exterior, mesmo depois de o medicamento ser descartado por autoridades sanitárias internacionais no tratamento da Covid. A ação contrasta com o pouco caso na aquisição de vacinas que agora renderá  votos.

Vacinas da Janssen

A exemplo da FDA americana, a Anvisa ampliou de três meses para quatro meses e meio o prazo de validade das vacinas da Janssen, desde que armazenadas entre -2ºC e -8ºC. Isso evitará que três milhões de doses a serem recebidas pelo Brasil tenham de ser aplicadas de afogadilho, já que a validade original terminaria no dia 27.

A ampliação do prazo veio em boa hora, já que a Janssen adiou o envio das doses, previsto para hoje. O Ministério da Saúde disse esperar o carregamento, dividido em três lotes, ainda esta semana, mas não há prazo oficial.

CoronaVac

Em compensação, o Instituto Butantan, que retomou a entrega de vacinas na última sexta-feira, liberou ontem mais um milhão de doses da CoronaVac para o Programa Nacional de Imunização (PNI). Até o fim do mês, a previsão é entregar mais cinco milhões de doses.

Pfizer e AstraZeneca

Outra boa notícia é que dois estudos independentes no Reino Unido indicam que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca são eficazes contra a temida variante delta do Sars-Cov-2. Identificada primeiro na Índia, a delta, já dominante entre os britânicos, é 60% mais contagiosa que alfa, o coronavírus original.

Na segunda-feira o Brasil registrou 928 mortes por Covid-19, totalizando 488.404 vítimas desde o início da pandemia. A média móvel em sete dias foi 1.970, 5% maior que há duas semanas, mantendo a tendência de estabilidade.

E o Ministério da Saúde confirmou 41 casos de Covid entre jogadores, integrantes de delegações e prestadores de serviços na Copa América.

Racismo explícito

Um caso de racismo explícito no Rio agitou as redes sociais. Um casal de brancos acusou o instrutor de surfe Matheus Ribeiro, de 22 anos, de ter roubado sua bicicleta elétrica. O motivo? Ele estava com uma bicicleta elétrica igual a deles na porta de um shopping center no Leblon e é negro. Matheus, que gravou a abordagem, mostrou fotos suas com o veículo, comprado por R$ 4.500. Com a repercussão do vídeo nas redes, ele decidiu prestar queixa. Impossível não lembrar da tirinha do personagem Armandinho.

Lixo reciclado

O cidadão consciente separa seu lixo pelo que pode ser reciclado, segue as instruções para coleta seletiva e fica feliz por proteger o meio ambiente. Só que não. O repórter Lucas Marchesini, com apoio do Pulitzer Center, instalou rastreadores em lixo reciclável e acompanhou por um mês o destino de rejeitos sólidos em Brasília. O resultado? Mesmo tendo descartado de maneira correta, um terço foi parar no aterro sanitário.

COTIDIANO DIGITAL

Os futuros modelos do Apple Watch vão medir temperatura e glicose. Segundo a Bloomberg, o sensor de temperatura deve vir em 2022, já na próxima geração do relógio inteligente. Contará com processador mais rápido, melhora da conectividade sem fio e tela renovada. A empresa também planeja apresentar um sucessor para o Apple Watch SE, de preço mais popular, além de uma nova versão voltada para praticantes de esportes radicais. Já o sensor do nível de açúcar no sangue deve demorar vários anos para ficar pronto para lançamento comercial. (Globo)

Por falar em novidades… O Google liberou para todos os seus usuários o Workspace, chamado antes de G Suite. É necessário ativar o bate-papo do Gmail para ter acesso as novas funções que incluem sugestões inteligentes em e-mails ou documentos, a capacidade de mencionar outros usuários para adicioná-los a tarefas, e apresentar documentos, planilhas ou apresentações do Google diretamente nas chamadas do Meet.

Os memes continuam sendo populares no mercado de tokens não fungíveis (NFTs) e agora quebrando recorde. A foto de um cachorro com cara de desconfiado foi vendida em leilão por US$ 4 milhões, deixando bem para trás outros memes leiloados recentemente — caso da foto da garotinha à frente de uma casa pegando fogo e do vídeo de um bebê mordendo o irmão.

 

Fonte Canal Meio e Blog do Bosco

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