27 de Agosto de 2020

CULTURA

O cenário é uma sessão de Zoom – já invertendo a máxima de que as reuniões online são uma alternativa segura aos encontros pessoais. Na realidade, é claro, eles são. Mas o filme de Rob Savage retrata a paranóia que assombra os que estão presos em casa. Feito remotamente ao longo de 12 semanas, Host é sobre um grupo de amigos que fazem uma sessão espírita virtual no Zoom em 30 de julho de 2020: o mesmo dia em que o filme estreou no serviço de streaming de terror Shudder. Segundo o The Atlantic, circunstâncias da produção emprestam ao filme um realismo que faz com que os espectadores se sintam como se estivessem na chamada. Quando o filme começa e os personagens se juntam um a um em suas roupas confortáveis e pijamas, o clima é festivo e lembra os primeiros dias do coronavírus, quando o Zoom não relacionado ao trabalho parecia uma novidade. A mensagem não poderia ser mais clara: nenhum lugar é seguro.

COTIDIANO DIGITAL

O Senado derrubou o artigo que adiava a LGPD e a nova lei sobre a proteção de dados entra em vigor assim que o presidente a sancionar. Pelas regras, o usuário terá o direito de consultar gratuitamente quais dos seus dados as empresas têm, como armazenam e até pedir a retirada deles do sistema. A lei não se restringe a processos feitos pela internet. Também abrange informações pessoais coletadas em papel ou meio eletrônico, por som ou imagem. Os dados podem ser desde o CPF até os considerados mais sensíveis, como origem racial ou étnica e orientação sexual. As empresas, agora, sejam estrangeiras ou brasileiras, precisarão, além de de consentimento expresso, deixar claro para quê as informações serão usadas. Também fica proibido o uso ou o armazenamento dos dados para outras finalidades que não sejam as que foram acordadas. E o poder público também não poderá transferir para empresas privadas os dados pessoais que estejam em suas bases e não sejam públicos, como acontece com os bancos. A LGPD, no entanto, não se aplica em alguns casos. Para fins não econômicos, jornalísticos, artísticos ou acadêmicos, e de segurança pública, por exemplo. Do texto aprovado, só duas seções não devem valer imediatamente: as multas às empresas, que serão aplicadas a partir de 3 de agosto de 2021; e a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, órgão responsável pela fiscalização, que ainda depende de um decreto presidencial.

VIVER

No dia em que o Brasil completou seis meses do 1º caso de Covid, o Brasil ultrapassou os EUA em número de mortes, causadas pelo novo coronavírus, por 100 mil habitantes. De acordo com os números da Johns Hopkins University, o Brasil apresenta 55,05 mortes e os Estados Unidos, 54,18.

O estudo aponta a relação dos óbitos e a população de cada país e coloca San Marino na liderança com 124,32 mortes a cada 100 mil habitantes. Em seguida vem a Bélgica (87,51), Peru (86,48), Andorra (68,83) e Reino Unido (62,44). Depois de superar os Estados Unidos, o Brasil está próximo dos números da Suécia (57,08) e Itália (58,65).

O país registrou 1.090 mortes nas últimas 24 horas, chegando ao total de 117.756 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 938 óbitos, uma variação de -5% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, já são 3.722.004 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 47.828 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 37.370 por dia, uma variação de -16% em relação aos casos registrados em 14 dias.

E ao menos 4.132 pessoas morreram antes de conseguir chegar a um leito de terapia intensiva para o tratamento de Covid-19 em seis Estados brasileiros: Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Maranhão. O número foi levantado pelo El País com dados das secretarias estaduais da saúde, e tenta dar pistas sobre o tamanho da pressão sofrida pelo SUS desde fevereiro, quando começou a crise sanitária no Brasil. Essas mais de 4.000 mortes à espera por um leito retratam a situação em menos de um terço do país, já que apenas seis Estados informaram este dado, que pode incluir tanto os casos de desassistência por conta do colapso do sistema de saúde, quanto situações em que pacientes já chegaram tão graves que não houve tempo para colocá-los na terapia intensiva.

Por falar em SUS, seis meses após o primeiro caso de Covid no Brasil, ainda não temos ministro na pasta. Apenas interino. Na pasta da Economia, um está sendo fritado. Já vimos esse filme.

Pois é… mais números. O Brasil superou em julho a marca dos 211 milhões de habitantes. De acordo com a nova estimativa oficial do IBGE, que será divulgada hoje, o país tem precisamente 211.755.692 habitantes. (Lauro Jardim).

O poderoso furacão Laura tocou a terra no começo da madrugada de hoje perto da cidade de Cameron, no estado da Louisiana, como uma tempestade categoria 4 na escala Saffir-Simpson. Dados do boletim meteorológico do Aeroporto Regional de Lake Charles (KLCH), região por onde ingressou Laura, mostram que a estação meteorológica no local chegou a registrar rajadas de vento de 115 nós ou 213 km/h. Um vídeo.

Impossível de sobreviver. Foi como o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) classificou ontem o furacão Laura, que se aproximava horas atrás dos Estados do Texas, da Louisiana e do Arkansas. A tormenta atingirá a costa do Golfo do México na mesma semana em que a tragédia do furacão Katrina, que devastou Nova Orleans e deixou 1,8 mil mortos, completa 15 anos.

John Bel Edwards, governador da Louisiana: “Entenda, nosso estado não vê uma tempestade como essa há muitas, muitas décadas. Não vimos a velocidade do vento como a que vamos experimentar há muito, muito tempo.”

A pressão coE durante o verão, chuvas fortes causaram uma série de inundações devastadoras em partes do centro e sudoeste da China. Reunidas aqui, imagens dos danos causados nos últimos meses.

Hora de Panelinha no Meio. Quinta-feira, fim de semana chegando, e a sugestão é transformar receitas em planos. Com a pandemia, a cozinha voltou a ser o coração da casa e virou um refúgio. E a ideia do Receita pro Fim de Semana é juntar todo mundo na cozinha ao redor de uma mesma receita. É só acompanhar diariamente no perfil @Panelinha_RitaLobo e no grupo do Facebook  os preparativos para todo mundo arrasar. A receita desta semana é torta de banana.

ECONOMIA

A nova CPMF deve ser cobrada sobre todas transações. Segundo a assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado, o governo prepara proposta na qual o novo tributo não incidiria apenas na economia digital, como dito anteriormente por Guedes. Ainda sem dar muitos detalhes, a ideia seria para ajudar a rastrear melhor o fluxo de pagamentos. (G1)

Então… Esse novo imposto pode arrecadar mais que a antiga CPMF. A ideia é cobrar uma alíquota de 0,2%, o que geraria uma receita anual estimada em R$ 120 bilhões. Mesmo assim, ainda não é suficiente para cobrir todos os benefícios esperados em troca de sua criação, como a desoneração da folha de pagamento das empresas. Essas promessas de Guedes podem abrir rombo superior a R$ 200 bilhões. E segundo os analistas, mesmo com essas contrapartidas o novo imposto deve ampliar desigualdade tributária. A própria CPMF já pesava mais que o dobro na renda dos mais pobres em comparação com os mais ricos. (Folha)

O tombo no PIB brasileiro é menor que o de outros países da América Latina e da Europa. O ranking da Austin Rating mostra que em 18 países a queda no 2º trimestre foi superior a 10% na comparação com os primeiros três meses do ano. Enquanto o dado oficial do PIB brasileiro, que será divulgado em 1º de setembro, deve mostrar uma contração de até 10%. As maiores quedas dentre os que já divulgaram foram no Peru (27,2%) e Reino Unido (20,4%). Outros mais impactados da zona do euro foram a Espanha (-18,5%), Portugal (-13,9%) e França (13,8%). Nos EUA, o recuo foi de 9,5%. Já na China, houve alta de 11,5%. (G1)

A melhora nas previsões tem levado o governo a defender que o país vai passar por uma retomada em V. Mas para economistas o risco fiscal mais o desemprego e a incerteza sobre o auxílio devem levar a uma recuperação lenta e diferente para cada setor. (Bloomberg)

Pois é… Preocupado com possíveis manobras do governo para aumentar os gastos públicos para 2021, o TCU vai instaurar um processo para discutir os limites dos recursos do Orçamento de Guerra, como os créditos extraordinários. Os ministérios têm usado esses mecanismos para criar uma espécie de orçamento paralelo para o ano que vem. (Valor)

Mas… O mercado já tem “aceitado” uma flexibilização no teto. Para alguns, como o banco Morgan Stanley, se a violação ao limite em 2021 vier acompanhada de reformas estruturais, os efeitos nos ativos locais podem ser limitados. (Valor)

Na temporada de balanços… A Caixa teve lucro líquido de R$ 2,588 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 39,3% ante o mesmo período de 2019. O resultado foi devido à despesa com provisão de crédito para devedores duvidosos, que saltou 40%. (G1)

O Ibovespa fechou em -1,46% e o dólar subiu para R$ 5,62. Pesou a decisão de Bolsonaro de não seguir a proposta de Guedes para o Renda Brasil. Enquanto nos EUA, o S&P 500 fechou em +1,02% e o Dow Jones em +0,30%, na expectativa com a conferência anual de hoje do banco central americano e com alta nas ações de empresas de tecnologia.

As Bolsas na Ásia fecharam, em sua maioria, em baixa com o aumento da tensão entre China e EUA. Com exceção de Shangai que ficou em +0,61%, Tóquio fechou em -0,35%, Coreia do Sul em -1,05% e Hong Kong em -0,83%. Na Europa, os índices abriram em queda na expectativa do encontro do Fed. Pela manhã, o DAX alemão estava em -0,44%, o FTSE 100 inglês em -0,46% e CAC francês em -0,67%.

Fonte: Meio

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